Heróis Imortais

O maior lateral direito da história do Cruzeiro

Manoel Rezende de Mattos Cabral, mais conhecido como Nelinho, marcou época no Cruzeiro Esporte Clube, onde se tornou uma lenda. Nascido no Rio de Janeiro em 26 de julho de 1950, Nelinho chegou ao clube em 1973, de forma aparentemente discreta, mas deixou um legado inesquecível.

A trajetória de Nelinho no Cruzeiro começou quase por acaso. No final de 1972, o Cruzeiro buscou um substituto para o ídolo Pedro Paulo, campeão da Taça Brasil de 1966, que estava encerrando sua carreira. O clube tinha como alvo Aranha, lateral do Remo e eleito o melhor do Campeonato Brasileiro daquele ano. No entanto, após Aranha optar pelo rival Atlético, o Cruzeiro voltou suas atenções para um jovem reserva do mesmo Remo que apareceu no empate entre as equipes do Campeonato Brasileiro: Nelinho.

Contratado após elogios do goleiro Raul por sua impressionante potência e efeito nos chutes, Nelinho rapidamente mostrou seu valor nos treinos e jogos. Seus cruzamentos precisos e chutes de longa distância o tornaram uma peça essencial do elenco.Em sua primeira passagem pelo Cruzeiro, entre 1973 e 1980, Nelinho conquistou quatro títulos mineiros (1973, 1974, 1975 e 1977) e viveu seu auge em 1976, ao ser um dos protagonistas na conquista da Copa Libertadores. Na decisão contra o River Plate, marcou gols decisivos, incluindo uma cobrança de falta na vitória por 4 a 1 no Mineirão e outro de pênalti na finalíssima em Santiago, vencida por 3 a 2.
Ao todo, Nelinho disputou 411 jogos pelo Cruzeiro, anotou 104 gols — um número impressionante para um lateral — e se tornou o 13º maior artilheiro da história do clube. Suas atuações também o levaram a ser eleito quatro vezes para a Bola de Prata da revista Placar (1975, 1979, 1980 e 1983).
Além de suas conquistas no Cruzeiro, Nelinho brilhou com a Seleção Brasileira, disputando as Copas do Mundo de 1974 e 1978. No Mundial da Argentina, em 1978, marcou um dos gols mais bonitos da história das Copas, com um chute de trivela que abriu o placar na vitória sobre a Itália, por 2 a 1, na disputa do terceiro lugar.
Após um período específico ao Grêmio, Nelinho retornou ao Cruzeiro em 1981 para sua segunda passagem, que durou até 1982, quando deixou o clube devido a discordâncias com o técnico Yustrich.
Com sua habilidade, carisma e comprometimento, Nelinho se consolidou como o maior lateral-direito da história do Cruzeiro e um dos maiores nomes do futebol brasileiro, eternizando seu nome na memória da torcida celeste e na história do esporte.

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