A lenda de ouro do gol cruzeirense
Em 1965, Felício Brandi, então presidente do Cruzeiro, tinha em mente que um grande time começava por um grande goleiro. Foi com esse pensamento que ele trouxe para o clube um jovem promissor, Raul Guilherme Plassmann, conhecido posteriormente como "o goleiro da camisa amarela". A chegada de Raul, no entanto, não foi cercada de unanimidade, mas sim de ceticismo.
Raul veio como parte de uma negociação com o São Paulo, onde era reserva. Na troca, o Cruzeiro cedeu o goleiro Fábio e o atacante Marco Antônio, recebendo Raul como contrapeso. Ele chegou desacreditado por muitos, não só por sua pouca experiência, mas também por seu estilo excêntrico. Os cabelos longos e a maneira despojada de se vestir destoavam dos padrões da época, gerando críticas e dúvidas.
A primeira grande oportunidade de Raul aconteceu em abril de 1966, durante o Torneio João Havelange, quando o titular Tonho se lesionou. Apesar de uma estreia sem brilho em um clássico contra a América, foi no mesmo ano que Raul se destacou, usando pela primeira vez sua icônica camisa amarela.
A camisa amarela
A origem desse uniforme tão peculiar foi durante um clássico entre Cruzeiro e Atlético, também pelo Torneio João Havelange.
Naquela época, o padrão para goleiros era vestir camisas pretas. No entanto, Raul, ainda novo no clube e buscando seu espaço, enfrentou dificuldades com o material disponível. Antes do jogo, sem uma camisa adequada para usar, recorreu ao lateral-esquerdo Neco, que lhe emprestou uma camisa amarela de manga comprida.
Em 1965, Felício Brandi, então presidente do Cruzeiro, tinha em mente que um grande time começava por um grande goleiro. Foi com esse pensamento que ele trouxe para o clube um jovem promissor, Raul Guilherme Plassmann, conhecido posteriormente como "o goleiro da camisa amarela". A chegada de Raul, no entanto, não foi cercada de unanimidade, mas sim de ceticismo.
Raul veio como parte de uma negociação com o São Paulo, onde era reserva. Na troca, o Cruzeiro cedeu o goleiro Fábio e o atacante Marco Antônio, recebendo Raul como contrapeso. Ele chegou desacreditado por muitos, não só por sua pouca experiência, mas também por seu estilo excêntrico. Os cabelos longos e a maneira despojada de se vestir destoavam dos padrões da época, gerando críticas e dúvidas.
A primeira grande oportunidade de Raul aconteceu em abril de 1966, durante o Torneio João Havelange, quando o titular Tonho se lesionou. Apesar de uma estreia sem brilho em um clássico contra a América, foi no mesmo ano que Raul se destacou, usando pela primeira vez sua icônica camisa amarela.
A camisa amarela
A origem desse uniforme tão peculiar foi durante um clássico entre Cruzeiro e Atlético, também pelo Torneio João Havelange.
Naquela época, o padrão para goleiros era vestir camisas pretas. No entanto, Raul, ainda novo no clube e buscando seu espaço, enfrentou dificuldades com o material disponível. Antes do jogo, sem uma camisa adequada para usar, recorreu ao lateral-esquerdo Neco, que lhe emprestou uma camisa amarela de manga comprida.
Raul entrou em campo com o uniforme improvisado, chamando a atenção de todos por sua aparência incomum para a época. Mais do que o visual, foi sua atuação espetacular naquela partida que ficou gravada na memória dos torcedores. O jovem goleiro teve uma performance brilhante, com defesas decisivas que garantiram a segurança da meta celeste. A camisa amarela, até então apenas uma solução de última hora, passou a ser vista como um talismã.
Felício Brandi, o supersticioso presidente do Cruzeiro, imediatamente tentou que fossem confeccionadas camisas amarelas semelhantes para Raul. A partir daquele dia, a cor se tornou sua marca registrada e acabou quebrando o paradigma da obrigatoriedade das camisas escuras para goleiros.
O uniforme amarelo, que começou por acaso, tornou-se símbolo de resistência e personalidade. Mesmo apresentando críticas e piadas no início, Raul nunca abandonou a cor, que passou a representar sua singularidade e seu papel crucial na história do Cruzeiro. Ele transformou um episódio inusitado em um legado, inspirando gerações de goleiros que também abraçaram o amarelo como marca de identidade.
O ídolo
A confirmação de Raul como ídolo cruzeirense veio com suas atuações decisivas. Ele brilhou na conquista da Taça Brasil de 1966, quando o Cruzeiro venceu o Santos de Pelé em duas partidas históricas. Ao longo de sua trajetória no clube, Raul foi fundamental em outras conquistas, incluindo a Copa Libertadores de 1976 e dez títulos do Campeonato Mineiro .
A confirmação de Raul como ídolo cruzeirense veio com suas atuações decisivas. Ele brilhou na conquista da Taça Brasil de 1966, quando o Cruzeiro venceu o Santos de Pelé em duas partidas históricas. Ao longo de sua trajetória no clube, Raul foi fundamental em outras conquistas, incluindo a Copa Libertadores de 1976 e dez títulos do Campeonato Mineiro .
Recorde Mundial
Um dos momentos mais marcantes de sua carreira foi em 1969, quando atingiu um recorde mundial de 1.016 minutos sem sofrer gols, feito que só seria superado anos depois. Raul ainda se destacou como um exímio pegador de pênaltis, protagonizando defesas históricas em momentos decisivos.
No total, Raul disputou 557 jogos pelo Cruzeiro, tornando-se o segundo goleiro com mais partidas pelo clube. Em 1978, transferiu-se para o Flamengo, onde também teve uma trajetória vitoriosa.
Mesmo após consolidar sua carreira como jogador, Raul manteve uma ligação especial com o Cruzeiro, assumindo o comando técnico interino do tempo em 1987 e, anos depois, trabalhando nas categorias de base do clube. Essa relação, no entanto, era alta e baixa, incluindo disputas judiciais por questões trabalhistas.
Um dos momentos mais marcantes de sua carreira foi em 1969, quando atingiu um recorde mundial de 1.016 minutos sem sofrer gols, feito que só seria superado anos depois. Raul ainda se destacou como um exímio pegador de pênaltis, protagonizando defesas históricas em momentos decisivos.
No total, Raul disputou 557 jogos pelo Cruzeiro, tornando-se o segundo goleiro com mais partidas pelo clube. Em 1978, transferiu-se para o Flamengo, onde também teve uma trajetória vitoriosa.
Mesmo após consolidar sua carreira como jogador, Raul manteve uma ligação especial com o Cruzeiro, assumindo o comando técnico interino do tempo em 1987 e, anos depois, trabalhando nas categorias de base do clube. Essa relação, no entanto, era alta e baixa, incluindo disputas judiciais por questões trabalhistas.
Raul Plassmann é mais do que um ex-jogador; ele é uma lenda que marcou para sempre a história do Cruzeiro e do futebol brasileiro. Sua coragem, habilidade e estilo singular ecoam até hoje na memória de torcedores que testemunharam suas defesas, suas conquistas e o brilho de sua emblemática camisa amarela.