Heróis Imortais

O Pássaro Azul
Juan Pablo Sorín, um dos maiores ídolos da história do Cruzeiro Esporte Clube, chegou ao clube em 2000, tornando-se a contratação mais cara do futebol brasileiro na época. O clube mineiro desembolsou US$ 5,08 milhões para tirá-lo do River Plate, e o lateral-esquerdo argentino justificou cada centavo do investimento com sua garra, liderança e paixão em campo.
Logo em sua chegada, Sorín conquistou o coração da torcida ao liderar o time na emocionante campanha da Copa do Brasil de 2000, marcada pela vitória por 2 a 1 sobre o São Paulo na final, no Mineirão. Sua identificação com a camisa celeste só aumentou ao levantar a taça da Copa Sul-Minas de 2001, título que repetiria em 2002, ano que marcou sua primeira despedida do clube.
Na decisão da Sul-Minas de 2002, diante do Athletico-PR, Sorín protagonizou um momento épico. Mesmo após sofrer um corte na cabeça e jogar com a cabeça enfaixada, foi dele o gol do título, selando a vitória por 1 a 0 no Mineirão lotado. Este gol, descrito pelo próprio Sorín como "inesquecível", tornou-se um símbolo de sua entrega e determinação.

Após sua saída para a Lazio, por US$ 9,5 milhões, a crise econômica da equipe italiana resultou em seu retorno ao Cruzeiro em setembro de 2004. Após uma breve passagem, o lateral foi novamente vendido, desta vez para o Villarreal, onde viveu um dos melhores momentos de sua carreira europeia.
Sorín retornou ao Cruzeiro pela terceira vez em 2008, já enfrentando sérios problemas físicos. Mesmo assim, participou da conquista do Campeonato Mineiro de 2009, um título que coroou sua dedicação ao clube. No mesmo ano, decidiu encerrar sua carreira no Cruzeiro devido a sucessivas lesões. Sua despedida oficial aconteceu em um amistoso contra o Argentinos Juniors, no Mineirão, onde celebrou sua trajetória com um sorriso no rosto e o carinho da torcida.

Ao longo de sua trajetória no Cruzeiro, Sorín disputou 126 jogos, marcou 18 gols e ergueu os seguintes títulos:
 - Copa do Brasil: 2000
 - Copa Sul-Minas: 2001, 2002
 - Campeonato Mineiro: 2009

Além dos títulos coletivos, Sorín colecionou honrarias individuais, como a Bola de Prata da Revista Placar em 2000 e o prêmio de Melhor Lateral-Esquerdo das Américas em 2000 e 2001 pelo jornal uruguaio El País.

Fora dos gramados, Sorín tornou-se cidadão honorário de Belo Horizonte em 2010 e sempre manteve laços estreitos com Minas Gerais, apaixonado pela cultura e pelas cidades históricas da região. Após pendurar as chuteiras, seguiu uma carreira na mídia como comentarista esportivo e apresentador, consolidando ainda mais seu papel como uma figura querida pelos brasileiros.

Juan Pablo Sorín é mais do que um jogador; é um símbolo de raça, liderança e paixão que ficará para sempre na história do Cruzeiro e no coração de sua torcida.


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