Heróis Imortais

O craque versátil
que fez história no Cruzeiro

Zé Carlos, um dos maiores ícones da história do Cruzeiro, deixou um legado inesquecível no futebol brasileiro. Natural de Juiz de Fora, Minas Gerais, ele vestiu a camisa celeste de 1965 a 1977, integrando uma geração estrelada ao lado de Tostão, Dirceu Lopes, Piazza e outros craques. Versátil e técnico, Zé Carlos marcou época com sua habilidade, lealdade em campo e conquistas memoráveis.

Títulos e Conquistas
Com 12 títulos, Zé Carlos é o quarto jogador mais vitorioso da história do Cruzeiro. Sua coleção inclui o Campeonato Brasileiro de 1966, a Libertadores de 1976, dez Campeonatos Mineiros e a Taça Minas Gerais de 1973. Ele foi peça fundamental em momentos cruciais do clube, como na conquista histórica da Libertadores, que consolidou o Cruzeiro como uma potência internacional.
  - Copa Libertadores da América: 1976
  - Campeonato Brasileiro: 1966
  - Campeonato Mineiro: 1965, 1966, 1967, 1968, 1969, 1972, 1973, 1974, 1975 e 1977
  - Torneio Início: Torneio Início 1966
  - Taça Minas Gerais: 1973

Artilheiro e Recordista
Com 87 gols marcados, Zé Carlos ocupa a 20ª posição entre os maiores artilheiros do clube, mesmo sendo um meio-campista. Seus gols vinham de diferentes situações, incluindo cobranças de falta, pênaltis e jogadas de bola rolando. Ele também foi recordista de partidas pelo Cruzeiro durante 37 anos, com impressionantes 633 jogos, até ser superado por Fábio em 2015.

Estilo de Jogo e Liderança
As opiniões eram sua marca registrada. Com Piazza em campo, Zé Carlos ganhou liberdade para armar o jogo, atuando como um criador de jogadas. Sem Piazza, recuava para a função de volante, destacando-se pela eficiência na marcação e desarmes limpos. Sua inteligência tática e técnica refinada fez dele um jogador completo e confiável em qualquer situação.

Trajetória e Curiosidades
Zé Carlos iniciou sua carreira no Sport de Juiz de Fora, onde foi descoberto pelo técnico Sargento Fonseca, a quem ele atribuiu sua formação como jogador. Chegou ao Cruzeiro em 1965, assinando um contrato que triplicava seu salário anterior. Apesar de não ter sido titular absoluto na campanha da Taça Brasil de 1966, deixou sua marca com dois gols importantes.
Em 1974, protagonizou um dos episódios mais polêmicos da história do futebol brasileiro. Em uma decisão contra o Vasco, teve um gol legítimo anulado que poderia ter dado ao Cruzeiro mais um título nacional. Mesmo assim, sua trajetória brilhante, incluindo o papel de liderança no Guarani campeão brasileiro de 1978 e um gol complementar pelo Villa Nova em 1983.

Legado Eterno
Além de suas façanhas no Cruzeiro, Zé Carlos teve passagens pela Seleção Brasileira, disputando a Copa América de 1975 e integrando o álbum da Copa do Mundo de 1970. Sua dedicação ao futebol e sua ética em campo são lembradas até hoje como um exemplo para novas gerações.
Zé Carlos não foi apenas um jogador; ele foi um símbolo de paixão, talento e lealdade ao futebol e ao Cruzeiro. Sua memória permanecerá viva no coração dos torcedores celestes e na história do esporte.

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