Heróis Imortais

Tostão:
Um Gênio Eterno na História do Cruzeiro

Eduardo Gonçalves de Andrade, eternizado como Tostão, é um dos maiores nomes da história do futebol brasileiro e uma verdadeira lenda do Cruzeiro Esporte Clube. Vestindo a camisa celeste entre 1964 e 1972, Tostão construiu uma carreira vencedora, tornando-se o maior artilheiro da história do clube, com impressionantes 245 gols em 383 jogos.

Sua trajetória no Cruzeiro começou de forma precoce e marcante. Iniciando no futebol de salão do clube em 1961, ele rapidamente declarou talento e determinação, passando para a equipe júnior de futebol de campo. Após uma breve passagem pelo América-MG, Tostão retornou ao Cruzeiro em 1963, um movimento que moldaria sua história e o do clube. Seu retorno foi tão significativo que o então diretor Felício Brandi chegou atrasado ao próprio casamento para garantir sua contratação.

No Cruzeiro, Tostão formou uma das parcerias mais icônicas do futebol brasileiro ao lado de Dirceu Lopes e Piazza. Essa trinca liderou o clube em uma era dourada, culminando na conquista histórica do Brasil de 1966. O Cruzeiro, um time jovem, desbancou o poderoso Santos de Pelé com atuações inesquecíveis, consolidando-se como uma força nacional.

Além do sucesso no clube, Tostão brilhou na Seleção Brasileira. Disputou a Copa do Mundo, em 1966, e fez parte do lendário elenco do tricampeão mundial de 1970. Jogando ao lado de Pelé e Jairzinho, ele foi peça-chave no ataque brasileiro, sendo aclamado pela imprensa internacional como um dos craques do torneio.

Pela Seleção, Tostão marcou 36 gols em 59 partidas, um feito que também o consagrou como o maior artilheiro do Cruzeiro em competições internacionais.

Entretanto, a carreira de Tostão foi marcada por superações. Em 1969, um acidente em campo resultou no descolamento de retina do olho esquerdo, colocando em risco não apenas sua participação no Mundial de 1970, mas também sua própria visão. Após uma cirurgia delicada nos Estados Unidos e meses de recuperação, ele voltou a brilhar, desafiando as adversidades e solidificando sua posição como um dos maiores jogadores de sua geração.

Mesmo com toda a glória, Tostão sempre manteve uma postura humilde e exemplar. Fora de campo, foi conhecido por sua inteligência e paixão pela literatura, além de seu compromisso com a justiça social e a democracia. Seu impacto transcende o futebol, inspirando gerações dentro e fora das quatro linhas.

Em 1972, aos 25 anos, Tostão anunciava sua saída do Cruzeiro, marcando o fim de uma era. Após uma breve passagem pelo Vasco, ele encerrou a carreira em 1973 devido às consequências decorrentes do descolamento de retina.

Décadas depois, seu legado permanece vivo. Em 2014, Tostão foi homenageado na Calçada da Fama do Cruzeiro, onde gravou seus pés e deu nome a uma sala dedicada às categorias de base do clube. Seu nome é sinônimo de excelência, simplicidade e paixão pelo futebol, qualidades que continuam a inspirar torcedores e jogadores.

Tostão não é apenas um capítulo da história do Cruzeiro; ele é uma das páginas mais detalhadas da história do futebol mundial.
TÍTULOS
 Campeonato Brasileiro: 1966
 Campeonato Mineiro: 1965, 1966, 1967, 1968, 1969 e 1972
 Torneio Início: 1966
TÍTULOS INDIVIDUAIS
Bola de Prata: 1970
Melhor da América (Pelo El Pais): 1971
PELA SELEÇÃO
Copa do Mundo: 1970
ARTILHARIA
Campeonato Brasileiro: 1970
Campeonato Mineiro: 1965, 1966, 1967, 1968
PELA SELEÇÃO
Eliminatórias da Copa do Mundo: 1970
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