Heróis Imortais

Um Capitão de respeito 

Ademir Roque Kaefer, conhecido por sua liderança em campo e entrega irrepreensível, foi um dos grandes nomes da história do Cruzeiro Esporte Clube. Nascido em Toledo, no Paraná, em 6 de janeiro de 1960, Ademir acumulou 442 jogos com a camisa celeste entre 1986 e 1995, marcando nove gols e conquistando oito títulos importantes, além do respeito eterno da torcida.
Após iniciar sua carreira no Toledo e brilhar no Internacional, onde foi tetracampeão gaúcho, Ademir chegou ao Cruzeiro em outubro de 1986, após uma breve passagem pelo Santo André. Já no ano seguinte, integrou a equipe que conquistou o Campeonato Mineiro de 1987. Em sua primeira passagem pelo clube, foi convocado para os Jogos Olímpicos de Seul, em 1988, tornando-se um dos poucos jogadores brasileiros a conquistar duas medalhas de prata olímpicas no futebol, também presente nos Jogos de Los Angeles, em 1984.
Um dos momentos mais emblemáticos de Ademir no Cruzeiro foi a final da Supercopa Libertadores de 1991, contra o River Plate. Após perder o jogo de ida por 2 a 0 no Monumental de Núñez, o Cruzeiro precisava de uma virada histórica no Mineirão. Foi Ademir quem abriu o placar de cabeça, conduzindo a equipe à vitória por 3 a 0, selada com dois gols de Mário Tilico, que garantiu ao clube celeste seu primeiro título internacional em 15 anos.
Além do título da Supercopa, Ademir também foi fundamental na conquista do Campeonato Mineiro em 1987, 1990, 1992 e 1994, da Copa do Brasil em 1993, e de dois troféus internacionais em 1995: a Copa Ouro e a Copa Master da Supercopa.
Entre 1992 e 1993, Ademir teve uma breve passagem pelo Racing, da Argentina, em uma transferência que ele mesmo relata ter sido forçado. Curiosamente, foi justamente contra o Racing que o Cruzeiro conquistou a Supercopa de 1992, enquanto Ademir assistia, frustrado, da arquibancada.
Ademir retornou ao Cruzeiro em 1993 e permaneceu até 1995, encerrando sua carreira com uma trajetória repleta de títulos e momentos inesquecíveis. Capitão em muitas ocasiões, ele foi mais do que um jogador: foi uma referência de dedicação e liderança, marcando seu nome na história da Raposa.

Ademir é lembrado como um símbolo de superação e amor pelo Cruzeiro, representando com maestria a essência de um clube que valoriza garra, história e conquistas.


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