Campeonatos

O ano de 2011 foi marcado por transformações e desafios em diversas áreas. No cenário global, a Primavera Árabe impulsionou mudanças políticas no Oriente Médio, enquanto a morte de Osama bin Laden representou um marco na luta contra o terrorismo. A crise económica europeia abalou países como a Grécia, exigindo pedidos financeiros. No Brasil, Dilma Rousseff assumiu como primeira mulher presidente, tragédias como as enchentes na região serrana do Rio e denúncias de corrupção em seu governo.

Na cultura, o mundo se emocionou com o fim da saga Harry Potter nos cinemas, enquanto Adele conquistou corações com o álbum 21. No Brasil, o sertanejo universitário e o funk carioca dominaram as paradas, e o Rock in Rio voltou ao país com shows históricos. 

No esporte, o Corinthians conquistou o Campeonato Brasileiro, e o Santos de Neymar disputou o Mundial de Clubes, apesar da derrota para o Barcelona. Internacionalmente, Sebastian Vettel sagrou-se bicampeão da Fórmula 1 e o Uruguai venceu a Copa América.
Em meio a este contexto, o Cruzeiro Esporte Clube viveu um ano de intensos desafios e superações, refletindo as transformações e a resiliência que marcaram 2011 no Brasil e no mundo.
A PRIVATIZAÇÃO E REFORMA DO MINEIRÃO
O ano de 2011 foi um período de transição para o futebol mineiro, marcado pela ausência do Mineirão, tradicional palco das grandes conquistas do Cruzeiro Esporte Clube. Desde 2010, o estádio estava fechado para obras de modernização, resultado de uma parceria público-privada (PPP) firmada durante a gestão do governador Aécio Neves. Por meio dessa PPP, a Minas Arena substituiu a administração e reforma do estádio, em um contrato de 25 anos.
O projeto de proteção do Mineirão, juntamente com o Estádio Independência, foi parte dos preparativos para a Copa do Mundo de 2014. A reforma do Mineirão trouxe uma estrutura mais moderna.
Durante as obras, que se estenderam até fevereiro de 2012, o Cruzeiro adaptou-se mandando seus jogos na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas. Essa mudança representou um desafio para o clube e sua torcida, que precisavaram lidar com posições e a ausência de sua casa histórica. 


A FORMAÇÃO DO ELENCO DO CRUZEIRO EM 2011
O elenco do Cruzeiro Esporte Clube em 2011 foi composto por jogadores que carregavam a responsabilidade de manter o clube competitivo em todas as competições disputadas. Entre os destaques do time estavam o meia argentino Walter Montillo e o experiente Roger Flores, que foram peças-chave na criação de jogadas e no controle do meio-campo.
No gol, a segurança era garantida por Fábio, ídolo e referência do time, que contava ainda com Rafael como reserva imediata. Na defesa, jogadores como Maurício Victorino e Gil davam solidez ao sistema defensivo, enquanto Marquinhos Paraná, Henrique, Leandro Guerreiro e Fabrício eram fundamentais no setor de contenção do meio-campo, unindo marcação eficiente e qualidade na transição.

Walter Montillo, um dos principais jogadores da equipe, destacou-se pela sua habilidade técnica, visão de jogo e capacidade de decisão em momentos cruciais. Sua presença não elevava o nível do setor ofensivo, sendo frequentemente o responsável por assistências e gols importantes. Já Roger Flores, com sua experiência e inteligência tática, complementou o talento de Montillo, trazendo um toque refinado ao meio-campo. Juntos, desempenhou uma dupla que era a base criativa da equipe.

No ataque, o time contou com uma ampla gama de opções, que iam desde jogadores experientes, como Wellington Paulista e Brandão, até promessas como Wallyson e Dudu. Thiago Ribeiro, com sua velocidade e precisão, foi outro nome de destaque pelas pontas, contribuindo tanto com gols quanto com assistências.

Nas laterais, Everton, Diego Renan e Vítor foram peças importantes, enquanto Gilberto, polivalente, alternava entre a lateral esquerda e o meio-campo, trazendo equilíbrio e experiência à equipe.

Apesar das adversidades enfrentadas ao longo da temporada, a formação do elenco de 2011 reflete um equilíbrio entre talento individual e trabalho coletivo, com Montillo e Roger assumindo papéis centrais no momento. Suas atuações marcaram o ano, deixando momentos memoráveis para a torcida cruzeirense.
Outros jogadores que compuseram o elenco:

Goleiros: Gabriel, Douglas Pires
Zagueiros: Cribari, Edcarlos, Marcelo Oliveira, Bruno Simões, Naldo, Murilo
Laterais Esquerdos: Gílson e Gabriel Araújo
Laterais Direitos: Vítor, Paulo, Marcos Martins e Gil Bahia
Volantes: Carlos, Sandro Manoel, Geovane e Diego Árias
Meios Ofensivos: Pedro Ken, Bruninho e Éber Bessa
Atacantes: Keirrison, , Bobô, Ernesto Farías, José Ortigoza, Anderson Lessa, André Dias, Anselmo Ramón, Reis, Dudu, Sebá e Élber.


O CAMPEONATO MINEIRO DE 2011
A 97ª edição do Campeonato Mineiro, realizada entre 29 de janeiro e 15 de maio de 2011, reuniu 12 clubes na busca pelo título estadual. A competição alterou o formato tradicional: na primeira fase, todos os times se enfrentaram no turno único, com os quatro melhores avançando para as semifinais. A fase eliminatória, composta por semifinal e final, foi disputada em jogos de ida e volta, onde as equipes de melhor campanha tiveram a vantagem de decidir em casa. Ao mesmo tempo, os dois últimos colocados na classificação geral foram rebaixados ao Módulo II.
Os critérios de desempate, específicos e detalhados, priorizavam número de vitórias, saldo de metas e gols marcados, garantindo justiça na definição das vagas e metas
O Cruzeiro entrou na edição de 2011 como um dos favoritos, trazendo grandes expectativas após desempenhos regulares nos anos anteriores. Costumado a ser protagonista no cenário estadual, o clube buscava manter sua hegemonia e consolidar-se como potência regional. O objetivo era claro: conquistar mais um título para enriquecer sua história, reafirmando sua força em Minas Gerais.
Com um elenco forte e um trabalho consistente, a torcida celeste acreditou que o campeonato seria uma oportunidade de celebrar mais uma conquista e preparar o time para os desafios da temporada.

PRIMEIRO TURNO 
A trajetória do Cruzeiro na primeira fase do Campeonato Mineiro de 2011 foi marcada por uma campanha sólida, com 11 jogos, 9 vitórias, 1 empate e apenas 1 derrota. O time encerrou a fase na liderança, somando 28 pontos e garantindo a classificação às semifinais com o melhor desempenho entre todas as equipes.
O início foi promissor, com uma vitória convincente por 3 a 0 sobre a Caldense, com gols de Wellington Paulista, Diego Renan e Dudu. Na sequência, a equipe derrotou o Villa Nova por 1 a 0, com André Dias garantindo o triunfo no final do jogo. No entanto, a terceira rodada trouxe uma única derrota, em um clássico eletrizante contra o Atlético-MG, onde, apesar dos gols de Wellington Paulista, Henrique e Gil, o Cruzeiro perdeu por 4 a 3.
A equipe rapidamente se recuperou, vencendo o Ipatinga por 2 a 0 com gols de Thiago Ribeiro e Wallyson, e o América de Teófilo Otoni por 2 a 1, em uma partida decidida nos minutos finais. A maior goleada veio contra o Democrata: um expressivo 7 a 0, com destaque para Thiago Ribeiro, autor de três gols, e uma atuação coletiva avassaladora.
Nos jogos seguintes, o Cruzeiro continua dominando. Venceu o Funorte por 3 a 0 e protagonizou uma virada emocionante contra o América-MG, vencendo por 3 a 2, com um gol decisivo de Montillo nos minutos finais. Na penúltima rodada, goleou o Guarani por 4 a 1, novamente com grande contribuição de Montillo e Thiago Ribeiro.
O time encerrou uma fase com um empate sem gols contra o Tupi e uma vitória apertada por 1 a 0 sobre o Uberaba, em que Montillo garantiu os três pontos.
Com um ataque poderoso que marcou 29 gols e uma defesa sólida, o Cruzeiro confirmou o favoritismo e avançou às semifinais embaladas por uma campanha consistente e repleta de grandes atuações.


SEMIFINAIS Cruzeiro x América-TO

Nas semifinais do Campeonato Mineiro de 2011, o Cruzeiro derrotou o América de Teófilo Otoni com uma postura dominante e mostrada por que era o favorito ao título. Após encerrar a fase classificatória na liderança, o time Celeste entrou em campo com a vantagem de jogar por dois empates ou um saldo agregado igual a zero. Mas o elenco comandado por Cuca preferiu não se apoiar na vantagem e tratou de definir a classificação de forma categórica.
Primeiro Jogo: América-TO 1x8 Cruzeiro
O primeiro jogo, realizado por Nassari Matar, em Teófilo Otoni, foi um verdadeiro atropelo. Com uma atuação impecável, o Cruzeiro goleou por 8 a 1. Henrique abriu o placar aos 21 minutos, seguido por Gilberto ainda no primeiro tempo. No segundo, o show contínuo: Léo marcou duas vezes antes que Montillo, em uma atuação de gala, balançou as redes três vezes, incluindo um gol de pênalti. Wellington Bruno descontou para o América-TO, mas Wallyson fechou a conta também na cobrança de penalidades.

Segundo Jogo: Cruzeiro 5x1 América-TO
Mesmo com a ampla vantagem construída, o Cruzeiro não relaxou para o segundo confronto, realizado na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas. Jogando com um tempo misto, poupando titulares para o compromisso da Libertadores, o tempo celeste venceu novamente, desta vez por 5 a 1. Edcarlos foi o destaque, marcando dois gols. Pedro Ken, Dudu e Farías também desenvolveram para a vitória. O América-TO até tentou reagir com um gol de Rodrigo Sena, mas não foi suficiente para evitar nova derrota.
O técnico Cuca destacou a força do grupo e a consistência do tempo, que em 20 jogos até aquele momento apenas uma derrota. Com atuações de alto nível e a classificação garantida, o Cruzeiro avançou para a final do Mineiro com a confiança renovada e o olhar voltado para mais um título estadual.


 
FINAIS Cruzeiro x Atlético MG

Primeira Partida da Final: Atlético-MG 2x1 Cruzeiro
No dia 1º de maio de 2011, Atlético e Cruzeiro se enfrentam na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, pela primeira partida da final do Campeonato Mineiro. O Cruzeiro entrou em campo com a vantagem do empate no placar agregado, mas encontrou um adversário que pretendia levar a decisão ao limite.
A partida começou intensa, e o Atlético abriu o placar logo aos 9 minutos, com Mancini aproveitando um índice preciso e finalizando sem chances para Fábio. O Cruzeiro reagiu aos 26 minutos, com Wallyson mostrando oportunismo para igualar o marcador. No entanto, ainda no primeiro tempo, aos 36 minutos segundos, o lateral Patric marcou o gol do Atlético, aproveitando uma sobra na área.
O jogo foi marcado por muita disputa e alguns lances polêmicos. Montillo, principal jogador do Cruzeiro, foi expulso após uma entrada considerada violenta, deixando o tempo celeste com um a menos e dificultando ainda mais o fato.
Apesar das dificuldades, o Cruzeiro manteve-se organizado e buscou o empate, mas a defesa atleticana, vencida por Réver e Leonardo Silva, conseguiu manter a vantagem.
Escalações:
Atlético-MG: Renan Ribeiro; Patric, Réver, Leonardo Silva e Guilherme Santos; Serginho, Fillipe Soutto, Giovani Augusto e Bernard (Daniel Carvalho); Mancini (Wendel) e Magno Alves (Neto Berola). Técnico: Dorival Júnior.
Cruzeiro: Fábio; Pablo (Leandro Guerreiro), Gil, Victorino e Everton; Marquinhos Paraná, Henrique, Gilberto (Dudu) e Montillo; Ortigoza (Fabrício) e Wallyson. Técnico: Cuca.


Segunda Partida da Final: Cruzeiro 2x0 Atlético
No dia 15 de maio de 2011, Cruzeiro e Atlético decidiram o título do Campeonato Mineiro na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas. Depois de perder a primeira partida por 2x1, o Cruzeiro teve que vencer para conquistar o título, e foi exatamente o que aconteceu. Com gols de Wallyson e Gilberto, ambos no segundo tempo, o time celeste superou o rival por 2x0 e conquistou o troféu estadual, mostrando força e poder de ocorrência após a eliminação precoce na Libertadores.
O jogo começou com o Cruzeiro mais agressivo e buscando avançar o adversário. Mesmo sem Montillo, suspenso após ser expulso no primeiro jogo, o time celeste contou com os retornos de Thiago Ribeiro e Roger para fortalecer o setor ofensivo. Do lado atleticano, Dorival Júnior manteve a base jovem que vinha como participante, mas a equipe não conseguiu repetir a boa atuação da partida anterior.

O Cruzeiro teve maior posse de bola e criou as melhores oportunidades, mas pecou na finalização. Aos 22 minutos, Roger teve uma chance clara após classificações de Thiago Ribeiro, mas Renan Ribeiro fez uma boa defesa. O Atlético, por sua vez, explorava os contra-ataques, mas encontrou dificuldades para superar a defesa celeste vencida por Gil e Victorino.
No segundo tempo o Cruzeiro voltou ainda mais ofensivo e conseguiu abrir o placar aos 30 minutos. Após uma bela troca de passes, Wallyson recebeu na área, cortou para o meio e finalizou no canto, sem chances para o goleiro Renan Ribeiro. O gol trouxe ainda mais confiança ao time celeste, que ampliou aos 41 minutos em uma jogada ensaiada de cobrança de falta. Fabrício rolou a bola para Gilberto, que chutou forte e marcou o segundo gol, garantindo o título.
A partida teve momentos de tensão nos minutos finais, com expulsões de Serginho, pelo Atlético, e Roger e Gilberto, pelo Cruzeiro, mas o resultado já estava consolidado.
Escalações:
Cruzeiro: Fábio; Leandro Guerreiro, Gil, Victorino e Everton (André Dias); Marquinhos Paraná, Henrique (Fabrício), Roger (Léo) e Gilberto; Wallyson e Thiago Ribeiro. Técnico: Cuca.
Atlético: Renan Ribeiro; Patric, Réver, Leonardo Silva e Guilherme Santos (Bernard); Fillipe Soutto, Serginho, Mancini (Cláudio) e Giovani Augusto; Renan Oliveira (Richarlyson) e Magno Alves. Técnico: Dorival Júnior.

Com uma vitória, o Cruzeiro conquistou o Campeonato Mineiro de 2011, superando a eliminação na Copa Libertadores e a derrota no primeiro jogo da final. Para o técnico Cuca, o título foi uma importante conquista, dando um rompimento após a pressão que o tempo passou. Já o Atlético viu sua invencibilidade de sete jogos quebrada, e o técnico Dorival Júnior não conseguiu levar o tempo ao seu primeiro título mineiro.
A torcida do Cruzeiro, única presente no estádio, comemorou o título com o tempo, enquanto o Atlético se prepara para a estreia no Campeonato Brasileiro, com foco no próximo desafio da temporada.


TEMPORADA
Em 2011, a temporada do Cruzeiro foi marcada por altos e baixos em suas duas principais competições: a Libertadores e o Campeonato Brasileiro.
O Cruzeiro disputou a Copa Libertadores como um dos representantes do Brasil após garantir a vaga com o segundo lugar no Campeonato Brasileiro de 2010. A equipe iniciou uma competição com confiança, e na fase de grupos, teve um desempenho impressionante. O tempo terminou em primeiro lugar no Grupo 7, invicto, com 16 pontos conquistados. Durante essa fase, o Cruzeiro mostrou um futebol de qualidade, com destaque para uma goleada histórica de 5 a 0 sobre o Estudiantes, que havia sido seu algoz na edição de 2009. O jogo foi tão marcante que o técnico Uruguaio do Peñarol comparou o time celeste ao Barcelona, tamanha a superioridade do futebol apresentado.
Apesar de um desempenho sólido na fase de grupos, a jornada do Cruzeiro na Libertadores teve um fim precoce e inesperado nas oitavas de final. O time foi eliminado pelo Once Caldas, da Colômbia, em uma noite trágica para o futebol brasileiro. O Cruzeiro havia vencido na Colômbia por 2 a 1, mas no jogo de volta, na Arena do Jacaré, o Cruzeiro foi surpreendido e acabou eliminado da competição, perdendo por 2 a 0, deixando os torcedores com um sentimento de frustração pela eliminação precoce. Foi um grande golpe para o time, que estava demonstrando uma promessa de futebol.
No Campeonato Brasileiro, a temporada do Cruzeiro foi bem abaixo das expectativas. O time fez uma campanha irregular, acumulando 11 vitórias, 10 empates e 17 derrotas ao longo dos 38 jogos, somando apenas 43 pontos e terminando em uma preocupante 16ª posição. Essa campanha ruim colocou o clube na zona de rebaixamento por boa parte da competição, o que gerou grande apreensão entre a torcida e uma pressão constante sobre os jogadores e a comissão técnica.
Contudo, a última rodada do campeonato foi inesquecível para os cruzeirenses. Com o risco de ser rebaixado, o Cruzeiro derrotou o Atlético-MG em um clássico decisivo. 
6 a 1
O clássico entre Cruzeiro e Atlético-MG, disputado no dia 4 de dezembro de 2011, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, ficará eternamente marcado na história do futebol mineiro. Em uma das maiores goleadas já registradas em clássicos, o Cruzeiro aplicou um impressionante 6 a 1 no rival, selando a permanência na Série A do Campeonato Brasileiro e garantindo o rompimento de sua torcida.
A partida, válida pela última rodada do campeonato, foi cercada de enorme tensão, especialmente para o time celeste, que lutava contra o rebaixamento. O Cruzeiro, com 40 pontos, precisava da vitória para se livrar da temida queda para a Segunda Divisão, uma realidade que até então nunca havia atingido o clube. A semana que antecedeu o jogo foi de grande apreensão, pois a possibilidade de ser rebaixado pelo maior rival era um pesadelo para os cruzeirenses. Já o Atlético-MG, com 45 pontos, vinha de uma vitória importante na rodada anterior e jogava para atrapalhar ainda mais a vida do Cruzeiro, já que o time de Lourdes queria rebaixar o rival.
Com mais de 19 mil torcedores celestes na Arena do Jacaré, o jogo começou nervoso, com entradas duras e disputas acirradas. Mas, aos 9 minutos do primeiro tempo, o Cruzeiro mostrou que estava mais focado e disposto a fazer história. Roger, substituto do suspenso Montillo, abriu o placar de cabeça, após um índice preciso de Anselmo Ramon (1x0). O gol deu um rompimento à equipe, que seguiu dominante no campo. Aos 28 minutos, Leandro Guerreiro ampliou com um gol de cabeça na cobrança de falta de Roger (2x0). O Atlético-MG parecia não conseguir reagir, e o Cruzeiro continuou a atacar. Aos 33 minutos, Anselmo Ramon fez o terceiro, aproveitando falha da defesa adversária (3x0). Já nos acréscimos do primeiro tempo, Fabrício arriscou de longe e viu sua bola desviar em Leonardo Silva, enganando o goleiro Renan Ribeiro e decretando o quarto gol celeste (4x0).
O segundo tempo foi um verdadeiro pesadelo para o Atlético-MG. O Cruzeiro não puxou o pé do acelerador e, logo aos 11 minutos, Wellington Paulista fez o quinto gol com um cabeceio preciso após cruzamentos de Roger (5x0). O rival até tentou diminuir a diferença aos 15 minutos, quando Réver aproveitou uma falha da defesa cruzeirense para marcar o gol de honra (5x1). No entanto, o Cruzeiro já estava com o jogo sob controle e não deu espaço para mais respostas.
Aos 32 minutos, os ânimos se acirraram, e o árbitro expulsou Werley, do Atlético, e Wellington Paulista, do Cruzeiro, após um desentendimento entre os dois. Mas o Cruzeiro ainda teve tempo de fechar a goleada histórica. Aos 45 minutos, Everton, que havia entrado no lugar de Paulista, recebeu classificações de Ortigoza e fez o sexto gol, selando a maior goleada da história do clássico.
O placar de 6 a 1 foi um alívio para o Cruzeiro, que escapou do rebaixamento com estilo e ainda eliminava o Atlético-MG de uma vaga na Copa Sul-Americana. A vitória também consolidou o feito de se manter na Série A, algo que parecia distante até um pouco antes. Com o resultado, o Cruzeiro chegou a 43 pontos, na 16ª posição, enquanto o Atlético-MG ficou com 45 pontos, na 15ª posição. Ambas as equipes se livraram do rebaixamento, mas o Cruzeiro teve a grandeza de comemorar essa vitória histórica de uma forma que jamais seria esquecida por seus torcedores.
Esse 6 a 1 ficou para sempre gravado na memória do torcedor cruzeirense como um símbolo de superação, quebra e, acima de tudo, como uma das maiores vitórias da história do clube.

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