Campeonatos

O ano de 1996 foi marcado por profundas transformações e tendências nas esferas política, musical, cultural e esportiva, no Brasil e no mundo. No cenário internacional, Bill Clinton foi reeleito nos Estados Unidos, enquanto a Europa avançava rumo à integração económica, e a China intensificava a sua modernização. No Brasil, o governo de Fernando Henrique Cardoso consolidou o Plano Real e iniciou um amplo processo de privatizações, trazendo estabilidade econômica, mas também desafios sociais.
Musicalmente, o rock britânico vivia o auge do britpop com Oasis e Blur, enquanto o hip-hop americano ganha força, abalado pela morte de Tupac
No esporte, os Jogos Olímpicos de Atlanta trouxeram glórias para o Brasil, com destaques como o ouro no vôlei de praia e a prata no basquete feminino. O futebol brasileiro viveu um momento de prestígio após o tetracampeonato mundial de 1994, e o Campeonato Brasileiro atraiu grandes audiências. Nesse contexto, o Cruzeiro Esporte Clube enfrentou seus próprios desafios e glórias, refletindo o clima competitivo e cheio de mudanças que caracterizou o ano de 1996.


ELENCO
Em 1996, o Cruzeiro Esporte Clube montou um dos plantéis mais fortes e diversificados da década, resultado de negociações inteligentes e trocas vantajosas. Em março, o São Paulo ofereceu seis jogadores do Cruzeiro em troca do meio-campista Belletti e do lateral Serginho. A negociação trouxe o Cruzeiro o zagueiro Gilmar, o volante Donizete, o atacante Ailton e os laterais Vítor e Ronaldo Luiz. Além disso, a meia Palhinha, de grande prestígio, foi cedida em definitivo, o que isentou o clube de um pagamento de R$ 300 mil por empréstimo, permitindo ao Cruzeiro formar uma equipe robusta sem gastar praticamente nada.
O elenco contava com grandes talentos em todos os cargos. No gol, Dida foi o destaque, com sua presença imponente e defesas espetaculares. Ele tinha como reservas William Andem e Harlei, ambos competentes e preparados para entrar em campo quando necessário. As laterais foram disputadas por jogadores de alta qualidade, como Nonato, Vítor e Ronaldo, além dos próprios Belletti e Serginho, que ainda estavam no clube antes da finalização da troca.
Na defesa, o time contou com um grupo sólido de zagueiros, incluindo Célio Lúcio e Marcos Teixeira, além de Gilmar, recém-chegado do São Paulo, que agregou experiência e técnica. Completaram a defesa Gelson Baresi e João Carlos.
No meio-campo, os volantes Ricardinho, Fabinho e Donizete Oliveira formaram um setor de marcação forte e resistente, garantindo proteção à zaga. Entre os meias, Palhinha, Cleisson e Luís Fernando Flores se destacaram pela criatividade e capacidade de organização do jogo, enquanto outros nomes como Léo Mineiro e Tico traziam inovações ao setor.
O ataque, por sua vez, foi poderoso e diversificado, com jogadores habilidosos e com faro de gol. Roberto Gaúcho e Ailton, que vieram na troca com o São Paulo, eram algumas das estrelas desse setor, ao lado de Marcelo Ramos, um dos principais artilheiros do time. Uéslei, Edmundo (que não era o "Animal"), Da Silva, Paulinho McLaren, Leto e Dinei completaram o ataque, cada um com características próprias que enriqueceram as opções do técnico.
Com essa formação, o Cruzeiro tinha à disposição um plantel equilibrado e competitivo, com um bom mix de experiência e juventude, pronto para enfrentar os desafios da temporada.

CAMPEONATO MINEIRO DE 1996
O Campeonato Mineiro de 1996 foi a 82ª edição do principal torneio estadual de Minas Gerais. A competição teve um sistema de disputa em duas fases. Na primeira, as 13 equipas se enfrentaram em dois turnos distintos, e os vencedores de cada turno, somados aos quatro melhores colocados na classificação geral, avançaram para a fase final. Além disso, os dois últimos apresentados na primeira fase foram rebaixados. A fase final começou com os pontos zerados, mas os vencedores de cada turno da fase inicial receberam um ponto extra. Caso uma equipe tivesse vencido os dois turnos, ela teria recebido três pontos extras. Na fase final, os times se enfrentaram em turno e retorno, e o time que acumulasse mais pontos seria o campeão mineiro. Em caso de empate, os critérios de desempate seguem a ordem de vitórias, saldo de gols, gols pró, gols contra, confronto direto e, se necessário, sorteio.
O Campeonato foi marcado pela interdição de cinco meses do Mineirão, que pela primeira vez passou por uma troca de gramado. Com isso, todas as partidas da primeira fase foram realizadas no Estádio Independência. Embora as partidas tenham sido transmitidas pela televisão para Belo Horizonte, a ausência do Mineirão impactou as arrecadações de bilheteria, mesmo com a implementação de promoções nos preços dos ingressos. No fim, o torneio gerou um prejuízo de R$ 2,5 milhões ao Cruzeiro, o que gerou indignação do presidente Zezé Perrella. Ele chegou a sugerir uma redução nas datas e no período de disputa do campeonato, mas sua proposta foi rejeitada pelos clubes, levando-o a criticar o torneio como um "Campeonato Rural", pois considerou que o certo se beneficiou apenas dos times do interior.
Para o Cruzeiro, a disputa do Campeonato Mineiro de 1996 trazia uma série de expectativas, especialmente considerando o histórico de sucesso nas edições anteriores. O time buscava mais uma conquista estadual e, apesar das dificuldades impostas pelo calendário e pela ausência do Mineirão, a equipe celeste esperava um desempenho sólido que reafirmasse sua força no futebol mineiro. Essa expectativa ficou ainda mais acentuada diante do cenário atípico da competição e das críticas ao formato do campeonato.
 
Primeiro Turno
No primeiro turno do Campeonato Mineiro de 1996, o Cruzeiro iniciou sua campanha com uma sequência de jogos que mostrou uma força de ataque e a consistência da equipe. A estreia foi no dia 4 de fevereiro, contra o Villa Nova, fora de casa, onde o time celeste venceu por 1 a 0 com um gol de Marcelo Ramos aos 50 minutos. Na sequência, a URT em casa garantiu mais três pontos com um placar de 2 a 0, gols de Roberto Gaúcho e novamente de Marcelo Ramos.
A boa fase contínua na terceira rodada, em que o Cruzeiro superou o Democrata por 2 a 1, com gols de Palhinha e Dinei, garantindo uma vitória importante fora de seus domínios. Na quarta rodada, o Cruzeiro empatou com a Caldense em 1 a 1, mas logo retomou o ritmo vitorioso ao bater o Uberlândia por 2 a 0 na quinta rodada, com um gol relâmpago de Marcelo Ramos e outro de Ueslei em cobrança de falta. Porém, na sexta rodada, o Cruzeiro sofreu sua primeira derrota, caindo para o América por 3 a 0.
Na sétima rodada, o time voltou com tudo e venceu o Mamoré por 3 a 1, com gols de Roberto Gaúcho, Marcelo Ramos e Palhinha, mantendo-se entre os líderes da etapa. A melhor atuação do Cruzeiro no turno aconteceu na rodada seguinte, contra o Paraisense, quando goleou por 5 a 0. Palhinha, Marcelo Ramos, Ueslei, Roberto Gaúcho e Marcos Teixeira foram os responsáveis pelo espetáculo. Após a vitória, o time ainda venceu o Guarani por 1 a 0, com gol de Cleisson, e o Valeriodoce, com um gol de falta de Marcelo Ramos.
A campanha do Cruzeiro seguiu firme até a penúltima rodada, quando venceu o Rio Branco por 2 a 0, com gols de Marcelo Ramos e Edmundo. Porém, no clássico contra o Atlético no Ipatingão, o Cruzeiro foi derrotado por 2 a 1, encerrando o primeiro turno com uma campanha sólida e bem posicionada para avançar à fase final, buscando o título estadual.

Segundo Turno
No segundo turno do Campeonato Mineiro de 1996, o Cruzeiro manteve o alto nível e continuou mostrando sua superioridade no torneio. A equipe começou com uma vitória apertada sobre o Villa Nova por 2 a 1, com gols de Marcelo Ramos e Roberto Gaúcho, garantindo os três pontos no final da partida. Na rodada seguinte, o Cruzeiro visitou a URT e conquistou uma goleada de 4 a 1, com grande atuação de Palhinha e Marcelo Ramos.
O bom desempenho seguiu na terceira rodada, com uma vitória de 2 a 0 sobre o Democrata, ambos os gols marcados por Palhinha. Depois, na quarta rodada, o Cruzeiro superou a Caldense por 4 a 1, em uma partida em que se destacou com gols de Palhinha e Roberto Gaúcho, além de um gol contra de Renê.
O clássico contra o América na sexta rodada terminou empatado em 2 a 2, e o Cruzeiro somou mais um ponto importante. Em seguida, a equipe celeste voltou a golear, desta vez o Mamoré, por 5 a 0, com uma atuação inspirada de Marcelo Ramos, autor de dois gols. Na sequência, o Cruzeiro venceu o Paraisense por 4 a 0 e o Uberlândia por 1 a 0, mantendo a sequência de bons resultados.
Nas últimas rodadas, o Cruzeiro mostrou consistência: venceu o Guarani por 3 a 0, mas sofreu sua primeira derrota no turno para o Valeriodoce por 2 a 0. Mesmo assim, o time celeste rapidamente se recuperou ao bater o Rio Branco por 3 a 0 e, finalmente, empatou com o Atlético em um disputado 0 a 0 no clássico.
Com uma campanha praticamente impecável, o Cruzeiro encerrou o segundo turno na liderança com 29 pontos e assegurou a classificação para a fase final, além de um ponto de bônus. A equipe demonstrou solidez e eficiência ao longo do turno, consolidando-se como um dos principais candidatos ao título estadual daquele ano.


HEXAGONAL FINAL
Após os dois turnos do Campeonato Mineiro de 1996, o Cruzeiro encerrou a fase classificatória como o grande destaque, liderando a tabela geral com 57 pontos e uma campanha dominante de 18 vitórias, 3 empates e apenas 3 derrotas. A equipe apresentou um ataque poderoso, marcando 51 gols e sofrendo apenas 15, o que garantiu uma sólida diferença de gols de +36. Além de assegurar a classificação para a fase final, o Cruzeiro também conquistou um ponto de bônus por ter vencido um dos turnos, reforçando sua posição como favorito ao título.
O Atlético, seu principal rival, também teve um desempenho forte, somando 51 pontos com 15 vitórias e obtendo o segundo ponto de bônus. Com uma campanha consistente, o Atlético teve um ataque tão prolífico quanto o Cruzeiro, marcando 51 gols, mas sofreu mais gols, totalizando 17, o que o deixou na segunda colocação.
Além de Cruzeiro e Atlético, o Uberlândia, o Villa Nova, a Caldense e o América garantiram vaga para a fase final, após campanhas equilibradas e consistentes, especialmente o Uberlândia, que terminou em terceiro lugar com 44 pontos. Já o Villa Nova obteve 41 pontos, enquanto Caldense e América ficaram com 34 pontos cada.
Entre as equipes que não se classificaram, o Democrata esteve próximo da zona de classificação, ficando em sétimo com 33 pontos. No entanto, o destaque negativo foi para o Paraisense e a URT, que não conseguiram manter-se competitivos e acabaram rebaixados para a segunda divisão do Campeonato Mineiro. A URT, especialmente, teve um desempenho fraco, somando apenas 12 pontos e marcando apenas 5 gols em toda a competição, encerrando sua participação na última colocação.
Com a classificação garantida e o ponto de bônus, o Cruzeiro entrou na fase final com confiança, tendo demonstrado ao longo da fase de grupos um futebol ofensivo e uma defesa sólida, características que indicavam boas chances de conquistar o título estadual de 1996.

Primeiro turno do Hexagonal Final
No primeiro turno do Hexagonal Final do Campeonato Mineiro de 1996, o Cruzeiro teve uma participação sólida, mas com alguns altos e baixos. A equipe começou sua jornada com um grande desempenho, vencendo a Caldense por 2 a 0 em casa, mostrando o poder do seu ataque e o bom momento do time. Na rodada seguinte, o Cruzeiro confirmou sua boa fase ao vencer o Uberlândia por 3 a 0, mais uma vez se destacando pela sua ofensividade.
No entanto, o time sofreu sua primeira derrota no Hexagonal contra o América, por 2 a 1, um revés que fez com que a equipe refletisse sobre ajustes necessários para seguir forte na disputa. No clássico contra o Villa Nova, o Cruzeiro se recuperou com uma vitória convincente por 1 a 0, mantendo-se competitivo na luta pelo título.
A sequência de jogos também trouxe desafios para o Cruzeiro, que perdeu por 1 a 0 para o Atlético, mostrando que a competição estava acirrada, especialmente contra seu maior rival.
O Cruzeiro demonstrou força, mas também a necessidade de aprimorar sua consistência, principalmente nas partidas contra os rivais mais diretos. Ainda assim, a equipe se manteve na briga pelo título, com um desempenho geral positivo que refletia a qualidade do elenco e o desejo de seguir em frente na competição.


Returno do Hexagonal Final
No segundo turno do Hexagonal Final do Campeonato Mineiro de 1996, o Cruzeiro mostrou toda sua força e superação, conquistando o título estadual de forma emocionante e dramática. O time teve altos e baixos, mas ao final, foi a equipe que se manteve firme e aproveitou as oportunidades para garantir o troféu.
O Cruzeiro começou o segundo turno com uma goleada de 5 a 0 sobre o Villa Nova, retomando a confiança e terminando a fase inicial com boas chances de conquistar o campeonato. A partida contra a Caldense, em Poços de Caldas, foi um teste para a equipe, que buscava embalar na competição. O time venceu por 2 a 1, com gols de Ricardinho e Marcelo Ramos, com a Caldense descontando com Gol de Raí. A vitória foi fundamental para dar confiança ao time, mantendo a esperança de que o título ainda era possível.

Cruzeiro 2 x 0 Atlético
No dia 14 de julho, o Cruzeiro entrou em campo contra o Atlético com uma missão clara: vencer para reduzir a vantagem do rival e continuar sonhando com o título. O Atlético, que liderava a competição com boa margem de pontos, jogava em casa e precisava de apenas um empate para garantir o campeonato. A tensão era grande, mas o Cruzeiro, sob a direção de Levir Culpi, mostrou sua força no Mineirão.
Aos 11 minutos, o defensor Gelson abriu o placar para o Cruzeiro, em um gol de cabeça após escanteio. O Atlético, pressionado pela situação, tentou reagir, mas o time alvinegro não conseguiu furar a defesa cruzeirense. Já aos 78 minutos, Cleison selou a vitória do Cruzeiro com um belo gol, ampliando a vantagem e garantindo os três pontos para o time azul. Com a vitória, a diferença entre o Atlético e o Cruzeiro foi reduzida para apenas um ponto, aumentando ainda mais a emoção na reta final do campeonato.
Escalações do jogo Cruzeiro 2 x 0 Atlético:
Cruzeiro: Willian Andem, Vitor (Marcos Teixeira), Célio Lúcio, Gelson, Nonato, Fabinho, Ricardinho, Cleison, Palhinha (Aílton), Marcelo Ramos (Donizete), Roberto Gaúcho. Técnico: Levir Culpi.
Atlético: Tafarell, Paulo Roberto, Rogério Pinheiro, Alexandre, Lira (Daniel), Doriva, Fábio Augusto, Bruno, Cleiton (Leandro), Euller, Renaldo (Ézio). Técnico: Procópio.

Uberlândia 0 x 2 Cruzeiro 
Em Uberlândia, o Cruzeiro foi superior e conquistou mais uma vitória crucial para a busca pelo título. O time venceu por 2 a 0, com gols de Ricardinho e Aílton. A equipe mostrou consistência, controlando o jogo e se aproximando cada vez mais da liderança, enquanto o Atlético, que jogava fora de casa contra o Uberlândia, viu suas chances de título diminuírem. A vitória do Cruzeiro trouxe um novo fôlego para a equipe, que agora estava em posição privilegiada para conquistar o campeonato.

Cruzeiro 1 x 0 América 
A última rodada trouxe mais emoção ao campeonato. O Cruzeiro, jogando no Mineirão, enfrentou o América em uma partida decisiva para o título. Com a vitória contra o Atlético, o time azul precisava de uma nova vitória e torcer para que o Uberlândia segurasse o Atlético na outra partida, para que o título fosse conquistado de forma surpreendente.
O único gol da partida saiu no início do segundo tempo, aos 48 minutos, quando Aílton, de cabeça, marcou e garantiu a vitória cruzeirense. No entanto, a comemoração não foi imediata, pois o Cruzeiro dependia do resultado do jogo entre Uberlândia e Atlético para saber se seria campeão. O nervosismo tomou conta dos jogadores e da torcida até que a confirmação de um empate entre Uberlândia e Atlético veio, selando a incrível virada do Cruzeiro, que havia começado o turno com seis pontos atrás do rival. Com o empate do Atlético, o Cruzeiro se consagrou campeão mineiro, superando as expectativas e garantindo mais um título estadual em sua história.
Escalações do jogo Cruzeiro 1 x 0 América:
Cruzeiro: Willian Andem, Vítor, Gilmar, Célio Lúcio, Nonato; Donizete, Ricardinho, Cleilson (Marcos Teixeira), Palhinha (Luís Fernando); Marcelo Ramos (Edmundo), Ailton. Técnico: Levir Culpi.
América: Milagres; Estevam, Marins, Ricardo, Welligton Paulo (Baiano), Taú; Evanilson, Alex, Celso, Renato (Flávio) e Cláudio (Guiba). Técnico: Ricardo Drubscky.
Com esses dois jogos decisivos, o Cruzeiro mostrou sua resiliência e competência, tornando-se campeão do Campeonato Mineiro de 1996 de maneira dramática e histórica. A equipe, liderada por Levir Culpi, soube administrar a pressão, conquistar os pontos necessários e, de forma emocionante, assegurar o título nas últimas rodadas. Marcelo Ramos foi o artilheiro do campeonato com 23 gols marcados.


A TEMPORADA
Em 1996, o Cruzeiro Esporte Clube viveu uma temporada marcante e de grandes emoções, com atuações de destaque em competições nacionais e internacionais. 
No Campeonato Brasileiro, o time estrelado fez uma primeira fase sólida, garantindo a classificação em primeiro lugar com 44 pontos, frutos de 13 vitórias, cinco empates e apenas cinco derrotas. A campanha incluiu vitórias significativas, como o clássico contra o Atlético-MG, em que Paulinho McLaren marcou o gol da vitória por 2 a 1 e celebrou imitando uma galinha, provocando os rivais. Além disso, o Cruzeiro teve triunfos expressivos sobre times como Portuguesa, Flamengo e Santos, além de uma goleada de 4 a 0 sobre o Bragantino.
Nas quartas de final, o Cruzeiro enfrentou a Portuguesa em um duelo difícil. A equipe paulista venceu a primeira partida por 3 a 0, um resultado que colocou o Cruzeiro em uma posição complicada. Na partida de volta, o Cruzeiro venceu por 1 a 0, mas o resultado não foi suficiente para reverter a desvantagem, encerrando sua participação no campeonato.

Na Supercopa Libertadores, o Cruzeiro fez uma campanha histórica. Nas oitavas de final, eliminou o Nacional do Uruguai com um empate em 1 a 1 fora de casa e uma vitória por 3 a 1 em Belo Horizonte. Em seguida, nas quartas de final, o Boca Juniors resolveu em dois confrontos equilibrados. Após um empate sem gols na Argentina, o Cruzeiro empatou novamente no Mineirão por 1 a 1 e venceu nos pênaltis por 7 a 6, avançando para as semifinais.
Nas semifinais, o Cruzeiro derrotou o Colo Colo e, no jogo de ida, venceu por 3 a 2 em Belo Horizonte. Mas o destaque da campanha veio no jogo de volta, em Santiago. No estádio Monumental, o Cruzeiro deu uma aula de futebol, goleando o Colo Colo por 4 a 0, com uma atuação brilhante de Palhinha, que marcou três vezes, e Ailton, que fechou a conta. Esse triunfo entrou para a história do clube como uma das maiores exibições do Cruzeiro em competições internacionais.
Na final, o Cruzeiro encarou o Vélez Sarsfield da Argentina. No primeiro jogo, em Belo Horizonte, o Time perdeu por 1 a 0, com o gol de Chilavert, famoso goleiro do Vélez, na cobrança de pênalti. Na partida de volta, na Argentina, o Cruzeiro foi derrotado novamente, dessa vez por 2 a 0, ficando com o vice-campeonato.

Apesar da eliminação no Campeonato Brasileiro e do vice-campeonato na Supercopa, o Cruzeiro fechou o ano de 1996 com dois títulos importantes: o Campeonato Mineiro e a Copa do Brasil. A conquista marcou o time como um dos grandes clubes do país, garantindo uma vaga na Taça Libertadores de 1997 e mantendo o Cruzeiro no centro do futebol brasileiro e sul-americano.

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