Campeonatos

Em 1995, o Brasil e o mundo viveram tempos de mudanças e adaptações significativas em diversas áreas. No campo político internacional, o ano foi marcado pelo fim da Guerra da Bósnia, após anos de conflitos intensos nos Bálcãs. Com a assinatura do Acordo de Dayton, a paz foi restaurada, encerrando oficialmente um dos episódios mais sangrentos da década. Paralelamente, o mundo auxilia ao fortalecimento dos esforços de desarmamento nuclear, com a prorrogação do Tratado de Não-Proliferação Nuclear, com restrições limitadas a cláusulas de armas atômicas.
No Brasil, Fernando Henrique Cardoso assumiu a presidência em janeiro, impulsionado pelo sucesso do Plano Real, que estabilizou uma economia após anos de hiperinflação. Em seu primeiro ano de governo, FHC iniciou um ciclo de reformas econômicas e administrativas, que incluía a privatização de estatais e a abertura do mercado brasileiro, medidas que buscavam modernizar o país e consolidar o controle inflacionário. Ao mesmo tempo, movimentos sociais como o MST ganharam visibilidade, pressionaram o governo por uma reforma agrária e chamaram atenção para a desigualdade social no campo.
A música refletia o espírito diverso e sonoro da época. Mundialmente, o grunge ainda ecoava, mas 1995 consolidou o britpop, com bandas como Oasis e Blur alcançando enorme sucesso e dominando as paradas. Nos Estados Unidos, o pop e o R&B vivem uma fase de ascensão, com Mariah Carey e Michael Jackson lançando álbuns icônicos que definiram o som da década. No Brasil, o axé e o pagode eram o coração do cenário musical, com grupos como Raça Negra e Banda Eva embalando festas e carnavais. Além disso, o rap nacional, liderado por grupos como Racionais MC's, cresceu e trazia à tona as dificuldades e desafios das periferias urbanas.
A cultura mundial também está passando por inovações importantes. No cinema, Toy Story estreou como o primeiro filme totalmente animado por computador, redefinindo a indústria de animação. No Brasil, o filme Carlota Joaquina, Princesa do Brasil, de Carla Camurati, foi um marco de retomada do cinema nacional, mostrando o potencial da produção brasileira após um período de dificuldades. Na televisão, Friends dominava o entretenimento global, estabelecendo tendências de comportamento e moda que refletiam os anseios de uma nova geração.
No esporte, o futebol europeu foi impactado por Lei Bosman, que transformou o mercado de transferências de jogadores no continente. O Ajax, da Holanda, venceu a Liga dos Campeões com uma equipe jovem e talentosa. Na Fórmula 1, o alemão Michael Schumacher foi bicampeão mundial, consolidando seu lugar como uma lenda do automobilismo. No Brasil, o Botafogo conquistou o Campeonato Brasileiro, e o jovem Ronaldo despontava na Europa, destacando-se pelo PSV Eindhoven, simbolizando a renovação do futebol brasileiro. O vôlei também manteve o Brasil em destaque internacional, enquanto o automobilismo continuou sua tradição com Emerson Fittipaldi competindo na Fórmula Indy.
Em meio a esse cenário dinâmico e cheio de mudanças, o Cruzeiro Esporte Clube vive um ano de desafios e novos rumores, inserindo-se em um contexto esportivo cada vez mais competitivo e diversificado. Como clube de tradição e protagonismo no futebol brasileiro, o Cruzeiro também refletiu as ambições e a busca pela excelência que marcaram o ano de 1995.


ELENCO
O elenco do Cruzeiro Esporte Clube em 1995 era uma mistura interessante de experiência e juventude, com jogadores que viriam a se destacar no cenário nacional e até internacional. No gol, o time contou com Dida, que já mostrou seu talento e se consolidou como um dos grandes goleiros do futebol brasileiro. Ao lado dele estavam William Andem e Harlei, que também contribuíram para a segurança da defesa.
Nas laterais, Nonato e Belletti foram destaques. Belletti, que ainda era jovem, despontava como uma promessa lateral e se tornaria, mais tarde, um nome importante no futebol europeu. Paulo Roberto complementou as opções para a lateral, ajudando a dar estabilidade ao setor defensivo.
A zaga era composta por Rogério, um dos pilares defensivos, Vanderci, Arley Álvares, Zelão e Célio Lúcio, todos focados em manter a solidez da defesa cruzeirense. Esse grupo de zagueiros traz uma combinação de força e técnica, essencial para enfrentar os adversários no Campeonato Brasileiro e em outras competições.
No meio de campo, os volantes Ademir, Donizete Amorim e Rogério Lage foram responsáveis pela marcação e transição defensiva. Esses jogadores equilibravam o setor defensivo com o meio de campo e davam suporte aos meio-campistas mais ofensivos. Luiz Fernando Flores e Macalé, participantes como meias, ajudaram a criar jogadas e a direção o time ao ataque, criando oportunidades de gol para os atacantes.
O ataque foi composto por nomes como Roberto Gaúcho, Cleisson e Careca. Cada um com suas características, esses aventureiros davam ao time velocidade, precisão e habilidade nas finalizações. Roberto Gaúcho, especialmente, tinha uma forte presença em campo, sempre perigoso nas finalizações.
Além do time principal, o Cruzeiro contava com talentos da categoria de base que ajudaram a fortalecer o elenco. Serginho, um jovem lateral, e Tiganá, um meia talentoso, prometeram um futuro brilhante para o clube. Missinho, atacante, completava essa lista de jovens que aspiravam a fazer história no momento principal.
O Cruzeiro também investiu em várias contratações para fortalecer o elenco. No ataque, o clube trouxe nomes de peso como Marcelo Ramos, Dinei, Paulinho McLaren, Maurício Cabedelo e Edmundo, que vieram para dar mais opções agressivas e aumentar a competitividade. Marcelo Ramos, por exemplo, se tornaria um dos grandes artilheiros do futebol brasileiro, conhecido por sua habilidade em marcar gols.
Outras contratações incluíram o meio Pingo, que trazia mais criatividade para o meio-campo, além de Alberto, Sotelo e Piá, que davam mais profundidade e qualidade à equipe. O volante Fabinho e os zagueiros Júnior Paulista e Gelson Baresi fortaleceram a defesa, enquanto o lateral Rodrigo Silva completou os reforços para as laterais.
Esse elenco diversificado, com jogadores experientes, jovens promissores e várias contratações estratégicas, compôs o Cruzeiro de 1995, dando ao clube uma base sólida e opções variadas para enfrentar os desafios da temporada.

COPA MASTER DA SUPERCOPA
A Copa Master da Supercopa foi uma competição oficial de futebol organizada pela CONMEBOL, destinada aos clubes campeões da Supercopa Libertadores, um torneio que reúne apenas equipes vencedoras da Copa Libertadores da América. A competição teve duas edições, uma em 1992 e outra em 1995, e seu objetivo era realizar os campeões da Supercopa em um formato de torneio rápido.
A primeira edição, realizada em 1992, contou com a participação dos quatro campeões da Supercopa até aquele momento: Racing (Argentina), Boca Juniors (Argentina), Olimpia (Paraguai) e Cruzeiro (Brasil). O torneio aconteceu no estádio do Vélez Sarsfield, na Argentina, entre 27 e 31 de maio. No jogo de abertura, o Boca Juniors venceu o Olimpia por 1 a 0, enquanto o Cruzeiro derrotou o Racing nos pênaltis (3 a 1), após um empate de 1 a 1 no tempo normal. Na disputa pelo terceiro lugar, o Olimpia venceu o Racing por 2 a 1. Na final, o Boca Juniors sagrou-se campeão ao vencer o Cruzeiro por 2 a 1, tornando o primeiro clube a conquistar a Copa Master da Supercopa.

Copa Master da Supercopa 1992
Na primeira edição da Copa Master da Supercopa, realizada em 1992 na Argentina, o Cruzeiro teve uma participação marcante. Organizado pela CONMEBOL para reunir campeões da Supercopa Libertadores, o torneio contorno com quatro clubes: Racing e Boca Juniors da Argentina, Olimpia do Paraguai, e o Cruzeiro, representando o Brasil.
O primeiro desafio do Cruzeiro foi contra o Racing, em partida disputada no estádio José Amalfitani, em Buenos Aires, no dia 29 de maio. Em um jogo acirrado, o Racing abriu o placar com um gol de Rubén Paz aos 40 minutos do primeiro tempo. Na segunda etapa, o Cruzeiro conseguiu o empate aos 34 minutos, com um gol de Charles Fabian. Com o placar de 1 a 1 no tempo regulamentar, a decisão foi para os pênaltis. O Cruzeiro venceu por 3 a 1 nas deliberações, garantindo vaga na final.
Na decisão, disputada dois dias depois, o adversário foi o Boca Juniors, que havia vencido o Olimpia na outra semifinal. A final foi realizada novamente no José Amalfitani, em Buenos Aires, no dia 31 de maio. Em um jogo equilibrado, o Boca Juniors abriu o placar com Diego Soñora no primeiro tempo e ampliou com Alejandro Giuntini no segundo. O Cruzeiro descontou com um gol de Édson aos 37 minutos, mas não conseguiu evitar a derrota por 
2 a 1, e o título ficou com o Boca Juniors.
Apesar do resultado, a atuação do Cruzeiro foi bastante elogiada. Durante os 15 minutos finais da partida, o time brasileiro recebeu aplausos dos torcedores argentinos, que destacaram o belo futebol da equipe estrelada, marcado por toques rápidos e boas jogadas.

COPA MASTER 1995
A Copa Master da Supercopa de 1995 foi a segunda e última edição dessa competição oficial organizada pela Confederação Sul-Americana de Futebol (CONMEBOL). Criada para reunir os vencedores da Supercopa Libertadores, a Copa Master contou com os clubes campeões desse torneio continental em uma disputa especial e de prestígio. Inicialmente previsto para acontecer em 1994, a competição foi adiada e realizada apenas no ano seguinte, em 1995. Dessa vez, a edição contou apenas com duas equipes, o Olimpia do Paraguai e o Cruzeiro do Brasil, já que Racing, Boca Juniors e São Paulo optaram por não participar devido à falta de dados no calendário.
Para o Cruzeiro, a Copa Master de 1995 foi mais que uma oportunidade de título: foi uma chance de superar o desempenho modesto nas competições anteriores e reafirmar sua força no cenário sul-americano. Após campanhas abaixo das expectativas nas edições passadas, o clube mineiro entrou com o objetivo de conquistar a taça e demonstrar sua capacidade contra adversários de renome.

PRIMEIRO JOGO
Final da Copa Master da Supercopa 1995
No dia 9 de março de 1995, Cruzeiro e Olimpia se enfrentaram no primeiro jogo da final da Copa Master da Supercopa, realizado no lendário estádio Defensores del Chaco, em Assunção, Paraguai. A partida prometia um duelo acirrado entre duas das equipes mais tradicionais da América do Sul. O Cruzeiro entrou em campo determinado a buscar um resultado positivo fora de casa para ter vantagem na decisão.
O time do Olimpia, comandado por Miguel Ángel Piazza, entrou em campo com Claudio Arbiza no gol, Virginio Cáceres na lateral direita, Luis Caballero e Enrique Saravia como zagueiros e Silvio Suárez na lateral esquerda. No meio, Adolfo Jara Heyn, Vidal Sanabria e Francisco Esteche formavam uma linha sólida para criar e defender. O ataque paraguaio era conduzido por Jorge Luis Campos, Richart Báez e Adriano Samaniego, nomes de destaque do futebol local.
Pelo Cruzeiro, o técnico Carlos Alberto Silva escalou William Andem como goleiro, com Rodrigo Silva e Nonato ocupando as laterais. A zaga foi formada por Júnior Paulista e Rogério. No meio-campo, Pingo e Ricardinho receberam a missão de controlar as ações, enquanto Luiz Fernando Gomes, Marcelo Ramos e Cleisson completavam o ataque, com o apoio de Ademir na contenção defensiva. Durante o jogo, Marcelo Ramos foi substituído no início do segundo tempo por Dinei, e Cleisson, aos 18 minutos da etapa final, foi substituído por Careca, que acabou expulso aos 19 minutos após um lance disputado.
A partida foi intensa e física, com ambos os lados trocando ataques perigosos. Ricardinho, Ademir e Pingo receberam cartões amarelos, evidenciando o esforço e a garra dos jogadores cruzeirenses em um jogo de muita marcação. No lado do Olimpia, Richart Báez também foi advertido, demonstrando que a equipe paraguaia estava igualmente empenhada em conquistar a vitória diante de sua torcida.
Este primeiro confronto terminou em um empate, resultado que manteve viva a disputa para o jogo de volta. Para o Cruzeiro, o desempenho em campo foi uma prova da capacidade do elenco de suportar a pressão fora de casa e manter as esperanças de título. O time retornou ao Brasil com a expectativa de fazer valer seu mando de campo e conquistar a cobiçada Copa Master diante de sua torcida.

SEGUNDO JOGO 
Final da Copa Master da Supercopa 1995
No dia 16 de março de 1995, o Cruzeiro entrou em campo no Estádio Mineirão, em Belo Horizonte, para o segundo jogo da final, contra o Olimpia do Paraguai. A partida estava marcada para às 21h15 e atraiu um público pagante de 17.425 torcedores, que esperavam ansiosamente pelo triunfo do time celeste, com a renda bruta chegando a R$ 143.160,00.
O Cruzeiro, sob o comando do técnico Carlos Alberto Silva, apresentou a seguinte escalação: William Andem como goleiro; Rodrigo Silva e Nonato nas laterais; Júnior Paulista e Rogério na zaga. O meio-campo contou com Ademir, Pingo e Ricardinho, enquanto o ataque foi formado por Luiz Fernando, Cleisson e Marcelo Ramos. Durante o segundo tempo, Cleisson foi substituído por Dinei e Ricardinho por Tiganá, buscando aumentar a dinâmica ofensiva do time.
Por sua vez, o Olimpia, dirigido por Miguel Ángel Piazza, também trouxe um time forte. Claudio Arbiza ocupava a meta; Virginio Cáceres, Enrique Saravia, Luis Caballero e Silvio Suárez formavam a defesa. No meio-campo, Remígio Fernández, Adolfo Jara Heyn, Vidal Sanabria e Francisco Esteche apoiavam o ataque, que contava com Richart Báez e Adriano Samaniego. Durante a partida, Adolfo Jara e Remígio Fernández receberam cartões amarelos, refletindo a intensidade do jogo.
Desde o início da partida, o Olimpia adotou uma postura defensiva, buscando jogar pela segurança do empate conquistado no primeiro jogo. O Cruzeiro, por outro lado, tomou a iniciativa e pressionou em busca do gol, mas encontrou dificuldades para criar oportunidades claras de finalização. O primeiro tempo se desenrolou em um ritmo lento, com o time paraguaio apostando em uma retranca sólida.
O segundo tempo trouxe um cenário mais movimentado. O Cruzeiro se lançou ao ataque com mais determinação e começou a ter chances mais concretas. Foi aos 32 minutos que a partida ganhou emoção. Após uma jogada defensiva, Nonato lançou Dinei em profundidade. O atacante disputou a bola com Luis Caballero e foi derrubado na entrada da área. O árbitro não hesitou e marcou pênalti a favor do Cruzeiro.
Marcelo Ramos, em um momento crucial, se posicionou para a cobrança. Com tranquilidade, ele converteu o pênalti, estufando a rede e colocando o Cruzeiro à frente no placar, 1 a 0. A torcida explodiu em alegria, sabendo que aquele gol poderia ser decisivo para a conquista do título.
Com esse resultado, o Cruzeiro não só venceu a partida, mas também conquistou a Copa Master de 1995, encerrando uma sequência de cinco eliminações consecutivas diante do Olimpia. A imprensa paraguaia não hesitou em chamar o time celeste de “La Bestia Negra”, um apelido que reverberou por toda a América Latina, reconhecendo a força do Cruzeiro como um dos melhores clubes da época e solidificando seu legado no cenário do futebol sul-americano.

TEMPORADA 1995
Na temporada de 1995, o Cruzeiro teve uma participação intensa em diversos campeonatos, mostrando seu potencial em competições nacionais e internacionais.
Copa Ouro: O Cruzeiro foi destaque na Supercopa Libertadores de 1995, avançando até as semifinais. Na primeira fase, o time enfrentou o Colo Colo do Chile, vencendo em casa por 1 a 0 e segurando um empate de 0 a 0 fora. Nas quartas de final, o Cruzeiro se encontrou com o São Paulo. Após uma derrota em São Paulo por 1 a 0, o time se recuperou em casa, vencendo por 1 a 0 e garantindo a classificação nos pênaltis, onde triunfou por 4 a 2. Contudo, nas semifinais, o Cruzeiro foi eliminado pelo Flamengo, perdendo os dois jogos: 1 a 0 fora e 3 a 1 em casa.
Campeonato Mineiro: No torneio regional, o Cruzeiro terminou a competição na terceira colocação. Apesar de não ter conquistado o título, a equipe se manteve competitiva durante todo o campeonato.
Copa do Brasil: O Cruzeiro teve um início promissor na Copa do Brasil. Na rodada preliminar, garantiu a classificação com uma vitória convincente fora de casa, derrotando o CSA de Alagoas por 2 a 1 e 4 a 0. Na primeira rodada, o time avançou após vencer o Bahia, com um empate em casa (1 a 1) e uma vitória fora (1 a 0). Porém, na fase de quartas de final, enfrentou o Flamengo, onde perdeu o primeiro jogo em casa por 1 a 0 e empatou o segundo fora por 1 a 1, sendo assim eliminado da competição.
Supercopa: Na Supercopa, o Cruzeiro enfrentou desafios consideráveis, mas conseguiu demonstrar resiliência ao longo do torneio, culminando na conquista da Copa Master, que marcou sua força no cenário sul-americano.
Campeonato Brasileiro de 1995: O Cruzeiro teve uma participação destacada, apresentando um desempenho sólido na primeira fase em que disputou 11 partidas, obtendo 8 vitórias, 1 empate e 2 derrotas, com um saldo de 23 gols a favor e 11 contra. A equipe mostrou consistência ao conquistar 25 pontos, o que garantiu a sua classificação para as semifinais, mas foi na primeira fase, contra o Botafogo que o time protagonizou um dos jogos mais memoráveis da competição.

CRUZEIRO 5x3 BOTAFOGO
O Cruzeiro teve uma participação notável, culminando em uma campanha que o levou até as semifinais. Um dos destaques da primeira fase foi a emocionante partida contra o Botafogo, realizada no dia 1º de outubro, no Mineirão.
Naquela tarde ensolarada, quase 35 mil torcedores compareceram para apoiar o time, que buscava a vitória para se aproximar da liderança da tabela. O Cruzeiro entrou em campo com a seguinte escalação:
Cruzeiro: Willian Andem, Paulo Roberto, Vanderci, Júnior (substituído por Serginho), Nonato, Fabinho, Ricardinho, Alberto (substituído por Luis Fernando), Marcelo Ramos, Paulinho Maclaren e Roberto Gaúcho (substituído por Dinei). Técnico: Ênio Andrade
Botafogo: Vágner, Wilson Goiano, Gottardo, Gonçalves, André Silva (substituído por Iranildo), Leandro, Jamir (substituído por Marcelo Alves), Beto (substituído por Dauri),
Sérgio Manoel, Túlio Maravilha e Narcísio. Técnico: Paulo Autuori.

A partida começou com o Cruzeiro pressionando o Botafogo, e o primeiro gol saiu aos 24 minutos, quando Marcelo Ramos foi derrubado na área e converteu o pênalti (1x0). Apenas seis minutos depois, ele marcou novamente, aumentando a vantagem para 2 a 0. No entanto, o Botafogo reagiu rapidamente, com Túlio e Narcísio marcando dois gols em sequência, virando o jogo para o Botafogo (2x3) ainda no primeiro tempo.
No vestiário, o técnico Ênio Andrade fez ajustes na equipe e motivou os jogadores a buscarem a virada. No segundo tempo, a mudança de atitude foi evidente. Paulinho Mclaren empatou o jogo logo aos 6 minutos (3x3). A pressão do Cruzeiro continuou, e Paulinho novamente marcou, colocando a equipe à frente com 4 a 3. Para selar a vitória, Marcelo Ramos fez o quinto gol aos 34 minutos, garantindo a vitória do Cruzeiro por 5 a 3.
Com essa vitória, o Cruzeiro conquistou mais três pontos e se firmou na luta pelas primeiras posições do campeonato. A partida se tornou um marco na campanha da equipe, sendo lembrada como um divisor de águas, que mostrou que o time tinha potencial para enfrentar qualquer adversário. A vitória não apenas animou a torcida, mas também solidificou a confiança dos jogadores na busca pelo título.

Semifinais
O Cruzeiro enfrentou o Botafogo nas semifinais, e os jogos foram intensos e emocionantes. No primeiro confronto, realizado em 6 de dezembro, o jogo terminou em 1 a 1, com Paulinho Vieira marcando para o Cruzeiro e Túlio Maravilha empatando para o Botafogo. No jogo de volta, em 10 de dezembro, o resultado foi um 0 a 0, que acabou sendo suficiente para o Botafogo, que avançou à final por ter um melhor retrospecto na temporada.
O Botafogo acabou se consagrando campeão do Campeonato Brasileiro de 1995, mas a participação do Cruzeiro na competição foi elogiada, destacando a força e o potencial do time, que se preparou para novas conquistas nos anos seguintes.
Em resumo, a temporada de 1995 foi repleta de emoções para o Cruzeiro, com momentos de glória e desafios. O time mostrou um desempenho competitivo nas principais competições, solidificando sua posição como uma das grandes equipes do futebol brasileiro e sul-americano.

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