O ano de 1997 foi marcado por transformações e eventos de grande impacto ao redor do mundo e no Brasil, em política, cultura, música e esporte. Globalmente, o Reino Unido viu a ascensão de Tony Blair e do New Labour, enquanto Hong Kong retornou ao domínio chinês, representando uma nova era política. No Brasil, o presidente Fernando Henrique Cardoso avançou com o Plano Real e as privatizações, buscando estabilidade econômica em meio aos desafios sociais, como o desemprego e a desigualdade.
Na música, 1997 foi o auge da música pop, com o sucesso de grupos como Spice Girls e Backstreet Boys, enquanto no Brasil o axé e o pagode lideravam as paradas com É o Tchan! e Raça Negra. No cenário do rock nacional, bandas como Raimundos e Charlie Brown Jr. despontavam, enquanto o rap dos Racionais MC's crescia com seu forte teor social.
Na cultura, o lançamento de Titanic se tornou um público de bilheteria e a publicação do primeiro Harry Potter marcou o início de uma das franquias mais populares da literatura moderna. No Brasil, a novela A Indomada e o filme O Que é Isso, Companheiro? foram sucessos, e a produção cultural nacional começou a dar sinais de retomada.
No esporte, Jacques Villeneuve conquistou a Fórmula 1, e Michael Jordan levou o Chicago Bulls ao título da NBA. O futebol europeu surpreendeu o Borussia Dortmund na Liga dos Campeões. No Brasil, a seleção brasileira conquistou a Copa América na Bolívia, com uma vez que contava com jovens promessas como Ronaldo e Rivaldo. No Campeonato Brasileiro, o Vasco da Gama foi campeão com destaque para Edmundo, o “Animal”, que viveu um dos melhores momentos de sua carreira. Em outras modalidades, Gustavo Kuerten, conhecido como Guga, emergia no tênis internacional, vencendo seu primeiro Grand Slam em Roland Garros no ano seguinte, um feito que começou a consolidar o tênis como esporte popular no Brasil.
ELENCO
O elenco do Cruzeiro Esporte Clube em 1997 era composto por jogadores de talento e experiência, formando uma equipe sólida e competitiva. Na posição de goleiro, o time contou com Dida, uma das maiores referências do futebol brasileiro, e Harlei, outro grande nome que contribuiu para a segurança da meta cruzeirense.
O elenco do Cruzeiro Esporte Clube em 1997 era composto por jogadores de talento e experiência, formando uma equipe sólida e competitiva. Na posição de goleiro, o time contou com Dida, uma das maiores referências do futebol brasileiro, e Harlei, outro grande nome que contribuiu para a segurança da meta cruzeirense.
A defesa era composta por uma variedade de zagueiros experientes e promissores, incluindo Gélson Baresi, Célio Lúcio, Marcos Teixeira, Wilson Gottardo, Odair, Rogério, João Carlos e Cléber Lima, que formavam uma linha de proteção robusta e versátil, pronta para enfrentar os desafios da temporada.
Nas laterais, o Cruzeiro tinha opções de velocidade e habilidade com jogadores como Nonato, Vítor, Ricardo, Maguinho e Alex Carvaline, que garantiram um bom apoio tanto na defesa quanto no ataque, proporcionando mobilidade e jogadas pelas alas.
O meio-campo era uma peça-chave do time, com volantes e meias que combinavam técnica e visão de jogo. Nos volantes, Fabinho, Donizete Amorim, Ricardinho e Donizete Oliveira trazem força defensiva e equilíbrio ao setor. Já os meias Cleisson, Palhinha, Gustavo, Reginaldo, Geovanni, Léo Mineiro, Tico, Caio, Macalé, Alexandre, Palácios e Luís Fernando Flores eram responsáveis pela criação das jogadas, fornecimento de assistência e controle de bola ao ataque.
O setor ofensivo do Cruzeiro foi reforçado por aventureiros de qualidade, como Elivélton, Alex Mineiro, Marcelo Ramos, Da Silva, Reinaldo Rosa, Aílton, Fábio Júnior, Roberto Gaúcho e Dé, que davam ao time diversidade para o ataque, com habilidade em finalizações e transferências para romper defesas adversárias.
Essa formação de 1997 mostrou-se capaz de enfrentar grandes adversários e alcançar feitos expressivos, refletindo um time bem estruturado e com peças em todas as posições para brilhar em competições importantes daquele ano.
A TAÇA LIBERTADORES DA AMÉRICA
A Taça Libertadores da América foi criada em 1960 pela Confederação Sul-Americana de Futebol (CONMEBOL) com o objetivo de reunir os melhores clubes de futebol do continente sul-americano para disputar o título de campeonato continental. Desde sua fundação, a competição se tornou a principal vitrine para os clubes da América do Sul, sendo considerada a mais prestigiosa do futebol da região.
A Taça Libertadores da América foi criada em 1960 pela Confederação Sul-Americana de Futebol (CONMEBOL) com o objetivo de reunir os melhores clubes de futebol do continente sul-americano para disputar o título de campeonato continental. Desde sua fundação, a competição se tornou a principal vitrine para os clubes da América do Sul, sendo considerada a mais prestigiosa do futebol da região.
Nos primeiros anos, o torneio teve um grande destaque com a vitória do Santos em 1961, sendo o primeiro clube brasileiro a conquistar o título. A equipe liderada por Pelé repetiu o feito em 1963, consolidando a hegemonia do futebol brasileiro na competição. Outros clubes, como o Botafogo, também se destacaram, chegando à final em 1963, mas sem conseguir conquistar o título.
A Taça Libertadores passou a ser vista como um torneio essencial, não só pelo prestígio de vencer, mas também pela possibilidade de garantir uma vaga em outras competições internacionais, ampliando ainda mais a importância da competição para os clubes sul-americanos.
Com o passar dos anos, a rivalidade entre brasileiros e argentinos cresceu, proporcionando confrontos emocionantes e muito aguardados pelos torcedores. No entanto, a competição não foi isenta de polêmica. Durante a década de 1970, episódios de violência nos estádios e dentro de campo tornaram-se comuns, reflexo da intensa paixão das torcidas. Além disso, as atuações dos julgados também foram frequentemente questionadas, especialmente em jogos de grande rivalidade, gerando descontentamento e acusações de favorecimento.
Quanto à disputa, a Libertadores passou por diferentes formatos ao longo do tempo. A competição foi aberta a clubes campeões de seus países, com alguns países enviando mais de um representante. As fases foram disputadas em jogos de ida e volta, com os melhores classificados rumo à final.
Em termos de premiação, além da prestígio e da consagração continental, o vencedor da Taça Libertadores ganha uma vaga no torneio internacional mais importante da época, a Copa Intercontinental, que reúne os campeões de clubes da Europa e da América do Sul. A competição é sem dúvida, o ápice do futebol de clubes no continente.
O CRUZEIRO NA LIBERTADORES (ANTES DE 1997)
Libertadores de 1967: Em sua estreia, o Cruzeiro liderou seu grupo ao enfrentar times do Peru e Venezuela. Na semifinal, teve um desempenho consistente, mas ficou em segundo lugar, encerrando a participação com uma campanha digna.
Libertadores de 1975: O Cruzeiro teve uma campanha emocionante. Após jogos desafiadores contra Vasco da Gama e times colombianos, avançou como líder do grupo. Na semifinal, o herói Rosário Central e Independiente, vencendo os jogos em casa, mas foi eliminado após derrotas na Argentina.
Libertadores de 1976: O time teve uma participação competitiva, avançando com facilidade nas fases iniciais e homenageando o jogador Roberto Batata, falecido durante uma competição. Na final, derrotou o River Plate, vencendo o primeiro jogo no Mineirão, perdendo o segundo na Argentina e vencendo o jogo decisivo em Santiago, conquistando o título.
Libertadores de 1977: Como campeão, o Cruzeiro avançou direto para as semifinais, onde venceu o Internacional e a Portuguesa. Na final contra o Boca Juniors, venceu em casa e perdeu na Argentina, forçando uma partida decisiva. No jogo sem graça, o Boca venceu nos pênaltis, e o Cruzeiro ficou com o vice-campeonato.
Libertadores de 1994: O Cruzeiro surpreendeu em um grupo difícil com Boca Juniors, Palmeiras e Vélez Sarsfield, vencendo jogos importantes, mas foi eliminado nas oitavas de final pela Unión Española.
Classificação para a Libertadores de 1997: O Cruzeiro se classificou ao vencer a Copa do Brasil de 1996 contra o Palmeiras. Manteve a base do elenco, acrescentando reforços importantes, e apostou em Oscar Bernardi como técnico para a disputa do torneio.
LIBERTADORES DA AMÉRICA 1997
A Copa Libertadores da América de 1997 foi a 38ª edição do torneio de clubes mais importante da América do Sul, organizado pela Confederação Sul-Americana de Futebol (CONMEBOL). A competição conta com a participação de dez associações sul-americanas, com equipes de 10 países competindo pelo título continental.
Para participar da Libertadores, os clubes precisariam ser classificados através de seus campeonatos nacionais, e a edição de 1997 teve uma grande diversidade de equipes.
O River Plate, campeão da Libertadores de 1996, e o Vélez Sarsfield, campeão dos torneios Apertura e Clausura da Argentina de 1995-96, representaram a Argentina, enquanto o Cruzeiro, vencedor da Copa do Brasil de 1996, e o Grêmio, campeão do Campeonato Brasileiro de 1996, representando o Brasil.
Outras vezes como o Colo-Colo (Chile), Deportivo Cali (Colômbia), e Sporting Cristal (Peru), também se garantiram na competição após conquistarem os campeonatos nacionais de seus respectivos países.
Fase de Grupos
A fase de grupos da Libertadores de 1997 foi disputada entre 19 de fevereiro e 18 de abril. As equipes foram divididas em cinco grupos, com quatro vezes em cada um, e as três melhores equipes de cada grupo se classificaram para a fase final. O River Plate, por ser o campeão da edição de 1996, foi automaticamente classificado para as oitavas de final.
Os grupos organizados da seguinte maneira:
• Grupo 1: Bolívar (Bolívia), Oriente Petrolero (Bolívia), Guarani (Paraguai) e Cerro Porteño (Paraguai)
• Grupo 2: Vélez Sarsfield (Argentina), El Nacional (Equador), Racing Clube (Argentina) e Emelec (Equador)
• Grupo 3: Colo-Colo (Chile), Universidad Católica (Chile), Minervén (Venezuela) e Mineros de Guayana (Venezuela)
• Grupo 4: Grêmio (Brasil), Cruzeiro (Brasil), Sporting Cristal (Peru) e Alianza Lima (Peru)
• Grupo 5: Peñarol (Uruguai), Millonarios (Colômbia), Nacional (Uruguai) e Deportivo Cali (Colômbia)
• Grupo 1: Bolívar (Bolívia), Oriente Petrolero (Bolívia), Guarani (Paraguai) e Cerro Porteño (Paraguai)
• Grupo 2: Vélez Sarsfield (Argentina), El Nacional (Equador), Racing Clube (Argentina) e Emelec (Equador)
• Grupo 3: Colo-Colo (Chile), Universidad Católica (Chile), Minervén (Venezuela) e Mineros de Guayana (Venezuela)
• Grupo 4: Grêmio (Brasil), Cruzeiro (Brasil), Sporting Cristal (Peru) e Alianza Lima (Peru)
• Grupo 5: Peñarol (Uruguai), Millonarios (Colômbia), Nacional (Uruguai) e Deportivo Cali (Colômbia)
Cada grupo trouxe confrontos intensos e equipes disputando as vagas para avançar às fases finais, enquanto clubes como o Cruzeiro buscavam se afirmar na disputa e conquistar a tão sonhada Libertadores.
Essa fase da competição foi fundamental para as equipes que desejavam alcançar a glória sul-americana, e os jogos, repletos de emoção e rivalidade, atraíram a atenção dos fãs do futebol.
O Cruzeiro no Grupo 4
Jogo 01 - Cruzeiro 1x2 Grêmio
No dia 19 de fevereiro de 1997, o Cruzeiro iniciou sua jornada na Taça Libertadores da América enfrentando o Grêmio, atual campeão brasileiro, no Mineirão, em Belo Horizonte, pela primeira rodada do Grupo 4. O jogo, que atraiu 33.425 torcedores, teve um clima de grande expectativa, com os cruzeirenses esperando começar bem a competição, mas o confronto terminou com uma derrota por 2 a 1 para os gaúchos.
No dia 19 de fevereiro de 1997, o Cruzeiro iniciou sua jornada na Taça Libertadores da América enfrentando o Grêmio, atual campeão brasileiro, no Mineirão, em Belo Horizonte, pela primeira rodada do Grupo 4. O jogo, que atraiu 33.425 torcedores, teve um clima de grande expectativa, com os cruzeirenses esperando começar bem a competição, mas o confronto terminou com uma derrota por 2 a 1 para os gaúchos.
Escalações:
Cruzeiro: Dida, Vítor, Célio Lúcio, Rogério, Nonato, Fabinho, Donizete Oliveira, Cleisson (Elivélton), Palhinha, Reinaldo (Da Silva) e Aílton. Técnico: Oscar Bernardi.
Cruzeiro: Dida, Vítor, Célio Lúcio, Rogério, Nonato, Fabinho, Donizete Oliveira, Cleisson (Elivélton), Palhinha, Reinaldo (Da Silva) e Aílton. Técnico: Oscar Bernardi.
Grêmio: Danrlei, Arce, Rivarola, Mauro Galvão, Roger, Dinho, Goiano, Emerson (Dauri), Carlos Miguel, Paulo Nunes (Paulo Henrique) e Zé Alcino (Otacílio). Técnico: Evaristo de Macedo.
A partida começou com os times se estudando, mas logo os visitantes demonstraram sua força. Aos 10 minutos, o Grêmio abriu o placar com um gol de Zé Alcino, que aproveitou uma falha da defesa cruzeirense para finalizar e colocar sua equipe na frente. A pressão do time gremista não demorou para se traduzir em uma vantagem no marcador, e o Cruzeiro se viu atrás logo no início do jogo.
Aos 24 minutos do primeiro tempo, o Cruzeiro empatou com Aílton, que recebeu um passe preciso dentro da área e não desperdiçou a oportunidade, marcando o gol de empate e colocando o time novamente na disputa.
O jogo foi equilibrado, com o Cruzeiro tentando pressionar, mas o Grêmio se defendeu bem e explorava os contra-ataques. No segundo tempo, aos 63 minutos, Emerson, do Grêmio, foi responsável por dar um golpe fatal ao Cruzeiro, marcando o segundo gol da equipe visitante e colocando o Grêmio novamente à frente no placar. Mesmo com as tentativas do time mineiro, o placar de 2 a 1 encontrou até o fim do jogo.
O confronto foi marcante não apenas pelo resultado, mas também pelas consequências dentro do clube. Após a derrota, o técnico Oscar Bernardi, que havia reforçado a equipe pouco antes do início da Libertadores, não suportou as críticas internas e pediu demissão. A pressão sobre o treinador, que não conseguiu entregar a vitória esperada na estreia, levou à sua saída do cargo, sendo substituído rapidamente pelo técnico Paulo Autuori, que estava no Benfica, de Portugal.
A derrota, apesar de amarga, fez parte do processo de evolução do time na competição. A pressão pelo título da Libertadores começou a pesar, e o Cruzeiro precisava de um novo impulso para seguir em frente.
Jogo 02 - Alianza Lima 1x0 Cruzeiro
O segundo jogo foi realizado no dia 25 de fevereiro, em Lima, no Peru.
O Cruzeiro foi derrotado pelo Alianza Lima por 1 a 0, em um confronto complicado no Estádio Nacional do Peru.
Desde o início da partida, ficou claro que o time cruzeirense não conseguiu se encontrar em campo. O Alianza Lima, por sua vez, soube explorar as fragilidades do Cruzeiro e, logo aos 17 minutos do primeiro tempo, marcou o único gol da partida. Waldir Sáenz, atacante peruano que se tornaria uma lenda do clube aliancista, foi o responsável por balançar as redes.
O placar de 1 a 0 a favor do Alianza Lima, somado à derrota anterior para o Grêmio, colocou o Cruzeiro em uma situação difícil na fase de grupos da Libertadores. A equipe precisava urgentemente se ajustar, pois duas derrotas seguidas em uma competição tão importante comprometiam as chances de classificação para a fase seguinte.
Essa derrota também destacou a dificuldade do Cruzeiro em se adaptar à nova filosofia de trabalho com Paulo Autuori, e o treinador ainda tinha um longo caminho pela frente para colocar a equipe nos trilhos na competição.
Escalações:
Alianza Lima: Sergio Goycochea, Julio César Uribe, Martín Arzuaga, Héctor Chumpitaz, Oswaldo Rodríguez, Carlos Cordero, Waldir Sáenz, Francisco Palencia, David Páez, Juan Reynoso, Juan José Fernández. Técnico: Julio César Uribe.
Cruzeiro: Dida, Vítor, Célio Lúcio, Rogério, Nonato, Fabinho, Donizete Oliveira, Cleisson (Elivélton), Palhinha, Reinaldo (Da Silva) e Aílton. Técnico: Paulo Autuori.
O Cruzeiro voltava para o Brasil sem pontos e com a missão de reagir em casa para tentar retomar as boas atuações na competição.
Jogo 03: Sporting Cristal 1x0 Cruzeiro
O terceiro jogo aconteceu em 28 de fevereiro, na cidade de Lima, no Peru, contra o Sporting Cristal. A partida, realizada no Estádio Nacional, foi mais um capítulo difícil para o time mineiro, que vinha de duas derrotas consecutivas na competição. O Cruzeiro, sob o comando de Paulo Autuori, ainda buscava encontrar e ajustar uma equipe para reagir na competição, mas novamente não obteve sucesso.
O jogo foi equilibrado, mas, como nas partidas anteriores, o Cruzeiro teve dificuldades para transformar as oportunidades em gols. O Sporting Cristal, que jogou em casa, aproveitou a pressão e conseguiu marcar o gol da vitória aos 39 minutos do primeiro tempo. O gol foi resultado de uma falha na marcação do sistema defensivo cruzeirense, o que permitiu ao atacante do time peruano finalizar com precisão e colocar sua equipe à frente no marcador.
Apesar da tentativa de fato, o Cruzeiro não conseguiu igualar o placar. O time ainda teve algumas chances durante a partida, mas esbarrou na boa atuação do goleiro do Sporting Cristal e nas falhas de entrosamento da equipe. A derrota por 1 a 0 foi mais um golpe na confiança do time, que já se encontrou na lanterna do Grupo 4, sem pontos conquistados.
Com a derrota, o Cruzeiro ficou ainda mais distante da classificação para a próxima fase da Libertadores, e as críticas em torno do desempenho da equipe se intensificaram. O time estava sem forças para reagir dentro da competição e buscava desesperadamente encontrar soluções para melhorar.
Escalações:
Sporting Cristal: Ruben Díaz, Julio César Uribe, José Soto, Luis Fernández, Jorge Soto, Francisco Palencia, César Cueto, Duilio Rivas, Oswaldo Rodríguez, Luis Arce e Héctor Chumpitaz. Técnico: Julio César Uribe.
Cruzeiro: Dida, Vítor, Célio Lúcio, Rogério, Nonato, Fabinho, Donizete Oliveira, Cleisson (Elivélton), Palhinha, Reinaldo (Da Silva) e Aílton. Técnico: Paulo Autuori.
O Cruzeiro agora enfrentava uma situação difícil na Libertadores, com três derrotas e nenhuma vitória até o momento, o que tornava a classificação para a próxima fase ainda mais perigosa.
Jogo 04: Grêmio 0x1 Cruzeiro
O Cruzeiro, que já havia sofrido três derrotas na fase de grupos da Libertadores de 1997, vivia um cenário de desconfiança. A eliminação precoce parecia ser uma questão de tempo, especialmente porque a equipe estrelada teria que enfrentar o Grêmio, que vinha em grande fase, no estádio Olímpico, em Porto Alegre, onde o Cruzeiro jamais havia vencido o time tricolor em 14 confrontos anteriores.
O Cruzeiro, que já havia sofrido três derrotas na fase de grupos da Libertadores de 1997, vivia um cenário de desconfiança. A eliminação precoce parecia ser uma questão de tempo, especialmente porque a equipe estrelada teria que enfrentar o Grêmio, que vinha em grande fase, no estádio Olímpico, em Porto Alegre, onde o Cruzeiro jamais havia vencido o time tricolor em 14 confrontos anteriores.
A partida, disputada na noite de 12 de março de 1997, às 22h, parecia ser uma missão impossível para o time mineiro. No entanto, o que aconteceu naquele jogo se tornaria um dos momentos mais épicos da história do Cruzeiro e o início de uma reação surpreendente na competição.
O Grêmio, comandado pelo técnico Evaristo de Macedo, estava forte, com uma equipe recheada de bons jogadores como o goleiro Danrlei, os zagueiros Rivarola e Mauro Galvão, o lateral Arce e o atacante Paulo Nunes. Do outro lado, o Cruzeiro, comandado por Paulo Autuori, apostava na experiência de jogadores como Dida, Rogério e Nonato, além da habilidade de Palhinha e Aílton.
O jogo começou difícil, com o Grêmio pressionando desde os primeiros minutos. Porém, logo no segundo tempo, o Cruzeiro conseguiu surpreender. Com apenas um minuto após o reinício da partida, o meia Elivélton, que entrara no lugar de Cleisson, fez uma jogada sensacional. Ele passou por Arce e Rivarola, a dupla da seleção paraguaia, e foi até a linha de fundo, onde fez um cruzamento perfeito para a pequena área. O meia Palhinha, se antecipando à zaga gremista, se lançou de peito para o chão, mergulhando de "peixinho" para mandar a bola para as redes de Danrlei. O gol foi um golpe duro no Grêmio e um verdadeiro alívio para o Cruzeiro, que finalmente conquistava sua primeira vitória na competição.
Com a vitória de 1 a 0, o Cruzeiro conseguiu não apenas os três pontos fundamentais, mas também pôs fim a um tabu que durava mais de uma década no Estádio Olímpico. A vitória se tornou o início de uma grande recuperação do time, que ainda alcançaria grandes feitos na competição, e entrou para a história como uma das campanhas mais épicas do clube.
Escalações:
Grêmio: Danrlei, Arce, Rivarola, Mauro Galvão, Roger, Otacílio (Rodrigo), Goiano, Emerson, Paulo Henrique (Dauri), Paulo Nunes e Zé Alcino. Técnico: Evaristo de Macedo.
Cruzeiro: Dida, Vítor (Marcos Teixeira), Gelson Baresi, Rogério, Nonato, Fabinho, Donizete Oliveira, Cleisson, Palhinha (Alex Mineiro), Aílton (Donizete Amorim) e Elivélton. Técnico: Paulo Autuori.
O triunfo no Olímpico foi muito mais do que uma simples vitória; foi um símbolo da superação e da luta pela recuperação em uma competição tão difícil como a Libertadores. Esse jogo marcaria o início de uma virada que, em breve, colocaria o Cruzeiro como um dos protagonistas da edição de 1997.
Jogo 05: Cruzeiro 2x0 Alianza Lima
Em 18 de março de 1997, o Cruzeiro recebeu o Alianza Lima no Mineirão para o seu quinto jogo da fase de grupos da Libertadores da América. Após a vitória no estádio Olímpico, contra o Grêmio, o time estrelado buscava seguir se recuperando e, assim, manter viva a esperança de avançar na competição. O adversário peruano, que havia vencido o Cruzeiro no jogo de ida em Lima, estava em uma situação delicada no torneio, ocupando a lanterna do Grupo 4.
Em 18 de março de 1997, o Cruzeiro recebeu o Alianza Lima no Mineirão para o seu quinto jogo da fase de grupos da Libertadores da América. Após a vitória no estádio Olímpico, contra o Grêmio, o time estrelado buscava seguir se recuperando e, assim, manter viva a esperança de avançar na competição. O adversário peruano, que havia vencido o Cruzeiro no jogo de ida em Lima, estava em uma situação delicada no torneio, ocupando a lanterna do Grupo 4.
O Mineirão, com seu público de 20.915 torcedores, foi palco de uma importante vitória cruzeirense por 2 a 0, resultado que não só garantiu os três pontos, mas também fez com que o time mineiro deixasse a lanterna do grupo para os peruanos.
O jogo começou equilibrado, mas o Cruzeiro se impôs com o passar dos minutos. Aos 38 minutos do primeiro tempo, o atacante Reinaldo abriu o placar após um belo passe. O gol foi um alívio para o time da casa, que vinha buscando uma recuperação na competição.
No segundo tempo, o Cruzeiro voltou determinado a ampliar a vantagem. E logo aos 53 minutos, foi a vez de Palhinha brilhar. O meia cruzeirense, com sua visão de jogo e habilidade, fez o segundo gol, garantindo uma vitória tranquila para a equipe. O Alianza Lima, apesar de ter tentado reagir, não conseguiu ameaçar a meta de Dida, e o jogo terminou com o placar favorável ao Cruzeiro.
Com essa vitória, o Cruzeiro não só deu um passo importante para se recuperar na fase de grupos, mas também teve um significado simbólico. O time peruano, que completava 10 anos do trágico acidente aéreo que vitimou sua equipe e comissão técnica, acabou sendo superado na classificação do grupo. Após a Libertadores, o Alianza Lima viveria uma grande virada, conquistando o título do Campeonato Peruano, após 18 anos sem títulos, mostrando que se reergueram como o time mais vencedor do futebol peruano.
Escalações:
Cruzeiro: Dida, Marcos Teixeira, Gélson Baresi, Rogério, Nonato, Fabinho, Donizete Oliveira, Aílton, Reinaldo Rosa (Alex Mineiro), Palhinha e Elivélton. Técnico: Paulo Autuori.
Alianza Lima: Francisco Pizarro, José Reyna, Frank Ruíz, Victor Marulanda, Marcial Salazar, Juan Bazalar, Paulo Hinostroza, Juan José Jayo (Carlos Basombrio), Waldir Sáenz, Bujica (Andrés Gonzales) e César Rosales (Marco Valencia). Técnico: Jorge Luís Pinto.
Com essa vitória, o Cruzeiro deu sequência à sua recuperação na Libertadores, ainda que a fase de grupos estivesse longe de ser tranquila. Para os peruanos, apesar da derrota, o futuro reservava uma reviravolta, com a conquista de títulos que marcam um renascimento do Alianza Lima no futebol peruano.
Jogo 06: Cruzeiro 2x1 Sporting Cristal
No dia 11 de abril de 1997, o Cruzeiro recebeu o Sporting Cristal no Mineirão, para a última rodada da fase de grupos da Libertadores. A vitória por 2 a 1 garantiu ao time mineiro a segunda colocação do Grupo 4 e a classificação para as oitavas de final da competição. A partida teve início com uma grande empolgação da torcida cruzeirense, que viu seu time atacar desde o primeiro minuto.
No dia 11 de abril de 1997, o Cruzeiro recebeu o Sporting Cristal no Mineirão, para a última rodada da fase de grupos da Libertadores. A vitória por 2 a 1 garantiu ao time mineiro a segunda colocação do Grupo 4 e a classificação para as oitavas de final da competição. A partida teve início com uma grande empolgação da torcida cruzeirense, que viu seu time atacar desde o primeiro minuto.
Logo no primeiro minuto de jogo, o Cruzeiro fez questão de mostrar que não queria perder a chance de se garantir nas fases seguintes da competição. Alex Mineiro, artilheiro e um dos destaques da equipe, abriu o placar rapidamente, colocando o Cruzeiro em vantagem logo no começo. O gol relâmpago deu confiança ao time, que manteve a pressão sobre o Sporting Cristal.
Aos 22 minutos do primeiro tempo, Reinaldo, em grande fase, ampliou a vantagem cruzeirense, marcando o segundo gol. O time dominava as ações, e a partida parecia caminhar para uma vitória tranquila. No entanto, o Sporting Cristal não desistiu e, aos 28 minutos do segundo tempo, Julio Rivera descontou para os peruanos, colocando um pouco de pressão no time brasileiro. Mas, apesar da tentativa de reação dos visitantes, o Cruzeiro conseguiu manter o resultado até o apito final, garantindo os três pontos necessários para alcançar a segunda colocação do grupo.
Escalações:
Cruzeiro: Dida, Donizete Amorim, Gélson Baresi, Rogério, Nonato, Fabinho, Cleisson, Palhinha, Elivélton, Reinaldo Rosa e Alex Mineiro. Técnico: Paulo Autuori.
Sporting Cristal: Julio César Balerio, Jose Soto, Pedro Garay, Miguel Rebosio, Marcelo Asteggiano, Luís Marengo, Erick Torres (Roger Serrano), Alex Magallanes (Martín Hidalgo), Julio Rivera (Luis Alberto Bonnet), Nolberto Solano e Julinho. Técnico: Sergio Markarían.
O Cruzeiro, com essa vitória, terminou a fase de grupos com 9 pontos, conquistados em 3 vitórias, 0 empates e 3 derrotas, com 6 gols marcados e 5 gols sofridos. A equipe cruzeirense ficou na segunda colocação do Grupo 4, atrás apenas do Grêmio, que liderou a chave com 12 pontos.
Desdobramento dos outros grupos
A fase de grupos da Libertadores de 1997 teve uma competição acirrada, com equipes de diferentes países mostrando força e superação. Confira o resumo do desdobramento dos outros grupos:
Grupo 1: O Bolívar (Bolívia) ficou em primeiro lugar, com 10 pontos, seguido pelo Oriente Petrolero (Bolívia) e o Guarani (Paraguai), ambos com 8 pontos. O Cerro Porteño (Paraguai) terminou em quarto, com 7 pontos. O Bolívar avançou para as oitavas de final.
Grupo 2: O Vélez Sarsfield (Argentina) dominou, terminando em primeiro lugar com 13 pontos. O El Nacional (Equador) ficou em segundo lugar, com 9 pontos. Clube de Corrida (Argentina) e Emelec (Equador) não buscaram avançar, terminando em terceiro e quarto, respectivamente.
Grupo 3: O Colo Colo (Chile) foi imbatível, liderando o grupo com 16 pontos. A Universidade Católica (Chile) ficou em segundo lugar, com 8 pontos. Minervén (Venezuela) e Mineros de Guayana (Venezuela) não passaram para a próxima fase, com 7 e 2 pontos, respectivamente.
Grupo 5: O Peñarol (Uruguai) liderou o grupo com 12 pontos, seguido por Millonarios (Colômbia), que fez 10 pontos. O Nacional (Uruguai) ficou em terceiro, com 7 pontos, enquanto o Deportivo Cali (Colômbia) foi lanterna, com 5 pontos. O Peñarol avançou com destaque.
OITAVAS DE FINAL Cruzeiro x El Nacional
Primeiro jogo - El Nacional 1x0 Cruzeiro
Na quarta-feira, 7 de maio de 1997, o Cruzeiro enfrentou o El Nacional em Quito, no Equador, no primeiro jogo das oitavas de final da Copa Libertadores da América. A partida foi realizada no Estádio Olímpico Atahualpa, famoso pela sua altitude, o que sempre representa um desafio para equipes que jogam fora de casa. O time equatoriano, conhecido por ser formado majoritariamente por jogadores das forças armadas, recebeu o Cruzeiro com uma grande expectativa, pois era um time tradicional no seu país, mas com um histórico mais discreto no torneio continental.
Na quarta-feira, 7 de maio de 1997, o Cruzeiro enfrentou o El Nacional em Quito, no Equador, no primeiro jogo das oitavas de final da Copa Libertadores da América. A partida foi realizada no Estádio Olímpico Atahualpa, famoso pela sua altitude, o que sempre representa um desafio para equipes que jogam fora de casa. O time equatoriano, conhecido por ser formado majoritariamente por jogadores das forças armadas, recebeu o Cruzeiro com uma grande expectativa, pois era um time tradicional no seu país, mas com um histórico mais discreto no torneio continental.
Escalações:
El Nacional: Julio César Balerio, José Soto, Pedro Garay, Miguel Rebosio, Marcelo Asteggiano, Luís Marengo, Erick Torres, Alex Magallanes, Julio Rivera, Nolberto Solano e Julinho. Técnico: Sergio Markarian.
Cruzeiro: Dida, Marcos Teixeira, Gélson Baresi, Rogério, Nonato, Fabinho, Donizete Oliveira, Palhinha, Aílton, Marcelo Ramos e Elivélton. Técnico: Paulo Autuori.
A partida teve um início difícil para o Cruzeiro, que jogou sob as condições adversárias da altitude, e logo no primeiro tempo, o El Nacional conseguiu iniciar o time estrelado. O jogo foi equilibrado, mas o time equatoriano levou a melhor, marcando o único gol da partida, com Julio Rivera, que aproveitou um bom jogo coletivo para balançar as redes. O Cruzeiro tentou reagir, mas não conseguiu furar a defesa rival.
Esse confronto marcou a estreia de dois reforços importantes para o time mineiro: o atacante Marcelo Ramos, ex-PSV da Holanda, e o zagueiro Gottardo, que veio do Fluminense e passou a faixa de capitão do time. Apesar dos esforços da nova dupla, o Cruzeiro não conseguiu evitar a derrota por 1 a 0.
Com o resultado, o Cruzeiro teve que buscar a recuperação no segundo jogo, em Belo Horizonte, já superou as dificuldades que enfrentaria na fase eliminatória da competição.
Segundo jogo - Cruzeiro 2x1 El Nacional
Após a derrota por 1 a 0 no Equador, o Cruzeiro precisou reverter o placar e garantir a classificação para as quartas de final da Copa Libertadores da América. O jogo da volta aconteceu na quarta-feira, 14 de maio de 1997, no Mineirão, em Belo Horizonte.
Escalações:
Cruzeiro: Dida, Vítor, Wilson Gottardo, Célio Lúcio, Nonato (substituído no segundo tempo por Da Silva), Fabinho, Ricardinho, Cleisson, Marcelo Ramos (substituído por Donizete Amorim), Palhinha, Elivélton (substituído no segundo tempo por Marcos Teixeira).
Técnico: Paulo Autuori.
Cruzeiro: Dida, Vítor, Wilson Gottardo, Célio Lúcio, Nonato (substituído no segundo tempo por Da Silva), Fabinho, Ricardinho, Cleisson, Marcelo Ramos (substituído por Donizete Amorim), Palhinha, Elivélton (substituído no segundo tempo por Marcos Teixeira).
Técnico: Paulo Autuori.
El Nacional: Geovanny Ibarra, Juan Burbano, Franklin Anangonó, Manuel Quintero, José Guerrero (substituído por Joffre Arroyo), Ruiz (substituído por Listron Valencia), Marco Constante, Wellington Sánchez, Vilson Rosero, Oswaldo De La Cruz (substituído por Ebelio Ordóñez), Cléber Chalá. Técnico: Paulo Massa.
O Cruzeiro começou o jogo com muita pressão, pois precisava vencer por dois gols de diferença para seguir adiante na competição. O time se lançou ao ataque, mas, ao mesmo tempo, teve que tomar cuidado com os contra-ataques perigosos do El Nacional, que se defendiam com firmeza. O time equatoriano, apesar de jogar fora de casa, mantinha-se compacto e dificultava a criação de jogadas do Cruzeiro.
Aos 17 minutos do segundo tempo, Marcelo Ramos marcou o gol que igualou o placar agregado da eliminatória, colocando o Cruzeiro em vantagem. O atacante aproveitou um bom passe e finalizou com precisão, sem dar chances para o goleiro Geovanny Ibarra.
Com a classificação parecendo cada vez mais certa, o Cruzeiro foi em busca do segundo gol para garantir a vaga sem maiores sustos. Aos 69 minutos, Marcelo Ramos apareceu novamente para marcar, agora com um gol de cabeça, após cruzamentos perfeitos. O 2 a 0 parecia o suficiente, mas o El Nacional não desistiu e, já nos acréscimos, aos 90 minutos, o time equatoriano conseguiu um gol de falta com Joffre Arroyo, que deixou a partida com o placar agregado empatado.
Com a classificação em jogo e o coração de todos os cruzeirenses acelerados, o confronto foi decidido nos pênaltis. O Cruzeiro, então, mostrou sua força e tranquilidade. Dida, que já havia sido um dos grandes destaques da campanha, brilhou de maneira decisiva. Durante uma disputa, ele defendeu a cobrança de Cléber Chalá, o que deu ao Cruzeiro a vantagem necessária.
O Cruzeiro converteu todas as suas cobranças: Palhinha, Ricardinho, Fabinho, Marcos Teixeira e Wilson Gottardo fizeram sua parte e garantiram o triunfo por 5 a 3 na disputa de pênaltis. A vitória e a classificação para as quartas de final foram consumadas, e Dida se consagrou ainda mais como um herói dessa campanha histórica. A luta do time foi intensa, mas a vitória e a emoção de ver o time classificado foram ainda mais marcantes.
Com esse resultado, o Cruzeiro avançou para a próxima fase, deixando o El Nacional para trás, e se aproximava ainda mais do seu objetivo maior: conquistar a Libertadores de 1997.
QUARTAS DE FINAL Cruzeiro x Grêmio
Primeiro jogo – Cruzeiro 2x0 Grêmio
Na noite de terça-feira, 27 de maio de 1997, o Cruzeiro recebeu o Grêmio no Mineirão para o primeiro jogo das quartas de final da Copa Libertadores. Com 49.402 pessoas no estádio e uma renda bruta de R$ 157.660,00, a partida foi marcada por uma grande expectativa e uma atmosfera de pura emoção.
Primeiro jogo – Cruzeiro 2x0 Grêmio
Na noite de terça-feira, 27 de maio de 1997, o Cruzeiro recebeu o Grêmio no Mineirão para o primeiro jogo das quartas de final da Copa Libertadores. Com 49.402 pessoas no estádio e uma renda bruta de R$ 157.660,00, a partida foi marcada por uma grande expectativa e uma atmosfera de pura emoção.
Escalações:
Cruzeiro: Dida, Vítor, Célio Lúcio, Wilson Gottardo, Nonato, Fabinho, Ricardinho, Cleisson, Alex Mineiro, Palhinha, Elivélton. Técnico: Paulo Autuori.
Grêmio: Danrlei, Arce, Wagner Fernandes, Mauro Galvão, Roger, Otacílio, Goiano, Emerson, Carlos Miguel, João Antônio, Maurício. Técnico: Evaristo de Macedo.
A partida começou de forma explosiva. Com menos de um minuto de jogo, o Cruzeiro não perdeu tempo e abriu o placar. Elivélton, aos 40 segundos, aproveitou uma bobeada da defesa gremista e finalizou sem chances para o goleiro Danrlei, colocando o Cruzeiro na frente de forma impressionante. O Mineirão explodiu de alegria, e o time estrelado já demonstrou seu poder de ocorrência logo no início.
O Grêmio tentou equilibrar as ações, mas o Cruzeiro se manteve dominante. Aos 28 minutos do primeiro tempo, foi uma vez de Alex Mineiro brilhar. Ele recebeu um ótimo passe, driblou a defesa do Grêmio e marcou o segundo gol da partida, ampliando a vantagem para 2 a 0. A torcida cruzeirense, que lotava o estádio, viu seu time comandar a partida, com grande volume de jogo e superioridade sem ataque.
No entanto, o jogo não se limitou apenas a bons momentos de futebol. Dentro de campo, a partida foi marcada por trocas de agressões e provocações. O lateral esquerdo Roger, do Grêmio, e o meia Cleisson, do Cruzeiro, protagonizaram cenas de protesto, com ambos discutindo e trocando farpas ao longo do jogo. O clima quente dentro de campo refletiu a importância da partida para os dois times, que lutaram com todas as forças pela vaga nas semifinais da Libertadores.
Ao final da partida, a vitória por 2 a 0 foi conquistada com muito suor, mas também com muita competência. O time de Paulo Autuori havia dado um passo importante para se classificar para as semifinais da Libertadores, mas ainda teria o Grêmio pela frente, em Porto Alegre, para garantir a vaga. No entanto, o Cruzeiro estava em grande forma e sabia que estava muito perto de alcançar mais uma fase decisiva da competição.
Segundo jogo – Grêmio 2x1 Cruzeiro
Na noite de terça-feira, 3 de junho de 1997, o Cruzeiro enfrentou o Grêmio no Estádio Olímpico, em Porto Alegre, para definir a vaga nas semifinais da Copa Libertadores. O time celeste levou para o segundo jogo uma vantagem de 2 a 0 conquistada no Mineirão, mas sabia que o Grêmio, jogando em casa, seria um adversário extremamente difícil de vencer.
Escalações:
Grêmio: Danrlei, Arce, Luciano, Mauro Galvão, Roger, Goiano, Otacílio, João Antônio (Rodrigo Gral), Emerson, Maurício (Marcos Paulo, Zé Alcino). Técnico: Evaristo de Macedo.
Grêmio: Danrlei, Arce, Luciano, Mauro Galvão, Roger, Goiano, Otacílio, João Antônio (Rodrigo Gral), Emerson, Maurício (Marcos Paulo, Zé Alcino). Técnico: Evaristo de Macedo.
Cruzeiro: Dida, Vítor, Célio Lúcio, Wilson Gottardo, Tico, Fabinho (Gelson Baresi), Ricardinho, Cleisson, Alex Mineiro (Da Silva), Palhinha, Elivélton. Técnico: Paulo Autuori.
O Cruzeiro começou a partida com a vantagem, e o jogo teve um ritmo muito intenso desde o início. No entanto, foi o Grêmio que exerceu pressão logo nos primeiros minutos, buscando diminuir a vantagem do time estrelado.
Aos 15 minutos do segundo tempo, Fabinho, com uma lesão no pé, fez um gol que parecia garantir a classificação cruzeirense. Em um lançamento de Alex Mineiro, Fabinho matou a bola no peito e, sem deixa-la cair, completou para as redes, fazendo um golaço.
No entanto, o Grêmio não desistiu. A partir do gol de Fabinho, o time gaúcho se lançou ao ataque e, aos 27 minutos, Mauro Galvão aproveitou uma cobrança de falta e igualou o marcador, colocando o placar em 1 a 1. A pressão do Grêmio continuou forte e não demorou para virar o jogo. Aos 32 minutos, Zé Alcino, que havia entrado no segundo tempo, completou uma jogada bem trabalhada e marcou o gol da virada, colocando o Grêmio à frente por 2 a 1.
Mas, ao apito final, a vitória do Grêmio por 2 a 1 não foi suficiente para impedir a classificação do Cruzeiro para as semifinais. Com o placar agregado de 3 a 2, o time Celeste garantiu a vaga.
SEMIFINAIS Cruzeiro x Colo Colo
Primeiro jogo – Cruzeiro 1x0 Colo Colo
No dia 23 de julho de 1997, o Cruzeiro recebeu o Colo-Colo no Mineirão para o primeiro jogo das semifinais da Copa Libertadores. O clima era de expectativa, pois o Colo-Colo, recém-campeão chileno, vinha embalado por uma grande campanha, enquanto o Cruzeiro contava com o apoio de sua torcida em Belo Horizonte, que compareceu ao jogo, com 31.246 pagantes. A renda foi de R$ 160.115,00.
Primeiro jogo – Cruzeiro 1x0 Colo Colo
No dia 23 de julho de 1997, o Cruzeiro recebeu o Colo-Colo no Mineirão para o primeiro jogo das semifinais da Copa Libertadores. O clima era de expectativa, pois o Colo-Colo, recém-campeão chileno, vinha embalado por uma grande campanha, enquanto o Cruzeiro contava com o apoio de sua torcida em Belo Horizonte, que compareceu ao jogo, com 31.246 pagantes. A renda foi de R$ 160.115,00.
Escalações:
Cruzeiro: Dida, Vítor (Marcos Teixeira), Célio Lúcio, Gélson Baresi, Nonato, Fabinho, Ricardinho (Alex Mineiro), Cleisson, Elivelton, Palhinha e Marcelo Ramos. Técnico: Paulo Autuori.
Cruzeiro: Dida, Vítor (Marcos Teixeira), Célio Lúcio, Gélson Baresi, Nonato, Fabinho, Ricardinho (Alex Mineiro), Cleisson, Elivelton, Palhinha e Marcelo Ramos. Técnico: Paulo Autuori.
Colo-Colo: Marcelo Ramírez, Mario Salas, Pedro Reyes, Juan Carlos González, Francisco Rosas, Emerson Pereira, Marcelo Espina, Marcelo Barticciotto (Marco Villaseca), José Sierra (Juan Alegria), Richard Zambrano, Ivo Basay (Héctor Tapia). Técnico: Gustavo Benítez.
A partida começou com o Cruzeiro mostrando sua agressividade, e logo aos seis minutos de jogo, a equipe estrelada abriu o placar. Em uma jogada de pressão, o meia Cleisson aproveitou uma falha do goleiro Marcelo Ramírez , que saiu da área para tentar cortar a bola, mas acabou desarmado por Cleisson. O meia cruzeirense não desperdiçou a oportunidade e, com precisão, cruzou a bola para o atacante Marcelo Ramos, que estava bem posicionado. Sem goleiro e com o gol aberto, Marcelo Ramos cabeceou tranquilamente, fazendo 1 a 0 para o Cruzeiro.
Após o gol, o Cruzeiro silenciosamente controlava o ritmo do jogo, enquanto o Colo-Colo tentava reagir. A defesa celeste, formada por Dida, Vítor, Célio Lúcio, Gélson Baresi e Nonato, manteve-se sólida, impedindo que o Colo-Colo criasse chances claras de gol. No meio-campo, Fabinho e Ricardinho foram incansáveis na marcação, enquanto Cleisson e Elivelton davam velocidade e criatividade à equipe. Palhinha também teve boa atuação, distribuindo o jogo e criando oportunidades para seus companheiros.
O Colo-Colo tentou reagir, especialmente com o talento de Marcelo Espina e Ivo Basay , mas encontrou dificuldades para superar a defesa cruzeirense. Mesmo com as mudanças feitas pelo técnico Gustavo Benítez , incluindo as entradas de Marco Villaseca e Juan Alegria , o time chileno não conseguiu furar o bloqueio defensivo do Cruzeiro.
A partida terminou com o placar de 1 a 0 para o Cruzeiro, garantindo uma importante vantagem para o jogo de volta, no Chile. Embora o resultado tenha sido magro, ele refletiu a solidez e a eficiência do time cruzeirense, que poderá aproveitar as falhas do adversário e segurar o resultado com inteligência.
Segundo jogo – Colo Colo 3x2 Cruzeiro
Em 30 de julho de 1997, Cruzeiro e Colo-Colo se enfrentaram novamente, desta vez no Estádio Monumental, em Santiago, para a partida de volta das semifinais da Copa Libertadores. O clima era de decisão, com 45.000 torcedores chilenos lotando o estádio para apoiar seu time, que vinha de uma grande campanha. Considerado pelos chilenos como uma “final antecipada”, o jogo tinha uma atmosfera de tensão e expectativa.
Em 30 de julho de 1997, Cruzeiro e Colo-Colo se enfrentaram novamente, desta vez no Estádio Monumental, em Santiago, para a partida de volta das semifinais da Copa Libertadores. O clima era de decisão, com 45.000 torcedores chilenos lotando o estádio para apoiar seu time, que vinha de uma grande campanha. Considerado pelos chilenos como uma “final antecipada”, o jogo tinha uma atmosfera de tensão e expectativa.
Escalações:
Colo-Colo: Marcelo Ramírez, Mario Salas (Fernando Vergara), Pedro Reyes, Raúl Muñoz, Francisco Rosas, Emerson Pereira, Marcelo Espina, Juan Alegria (Manuel Neira), José Sierra, Richard Zambrano (Marcos Villaseca), Ivo Basay. Técnico: Gustavo Benítez.
Cruzeiro: Dida, Vítor (Marcos Teixeira), Célio Lúcio, Gélson Baresi, Nonato, Fabinho, Ricardinho (Alex Mineiro), Cleisson, Elivelton, Palhinha e Marcelo Ramos. Técnico: Paulo Autuori.
O Colo-Colo iniciou o jogo com muita pressão. A atmosfera intensa foi sentida em campo, com os jogadores chilenos partindo para o ataque desde o início. Aos 20 minutos, Ivo Basay abriu o placar para o time da casa, tirando a vantagem conquistada pelo Cruzeiro no primeiro jogo (1x0). O Cruzeiro não se abateu e nove minutos depois, Marcelo Ramos empatou a partida (1x1).
Logo no início do segundo tempo, Basay de pênalti, faz o segundo do Colo Colo aos 2 minutos de jogo (2x1). Aos 51 minutos, Basay marcou o seu terceiro (3x1) para o Colo-Colo, colocando a equipe chilena ainda mais perto da classificação. O jogo parecia perdido para o Cruzeiro, que necessariamente marcaria dois gols para se classificar diretamente ou esperar por uma virada nos pênaltis.
Mas, La Bestia não se entregou. Agarrou-se à última esperança e, aos 63 minutos, Cleisson marcou um gol crucial (3x2). A partir daí, o Cruzeiro renasceu em campo. Apesar da adversidade, a equipe mostrou garra e tentou ao máximo pressão, mas o gol da classificação não veio.
Com o placar de 3 a 2, a disputa foi levada para uma decisão dramática por pênaltis. O coração dos cruzeirenses estava na boca, mas havia confiança no goleiro Dida, que já se destacou como um dos maiores nomes da campanha.
Nas cobranças, Dida se tornou o herói. Ele defendeu as cobranças de Ivo Basay e Marcelo Espina, garantindo a classificação do Cruzeiro para a final. As cobranças de pênaltis foram feitas com frieza e precisão pelos jogadores cruzeirenses: Ricardinho, Donizete Oliveira, Fabinho e Marcelo Ramos não desperdiçaram suas chances, e o Cruzeiro venceu por 4 a 1 nas deliberações.
Com uma vitória nos pênaltis, o Cruzeiro se classificou para a final da Copa Libertadores de 1997, em um dos momentos mais tensos e emocionantes de sua história. O time estrelado, mesmo com a pressão e o placar adverso, mostrou que a garra e a eficiência nos momentos decisivos seriam suas maiores armas para alcançar o título da competição.
FINAL Cruzeiro x Sporting Cristal
Após uma classificação heroica contra o Colo-Colo no Chile, o Cruzeiro se preparou para um momento histórico: a final da Copa Libertadores da América de 1997. Depois de 20 anos o Time Celeste voltou a disputar a Glória Eterna. A última tentativa, em 1977, havia acontecido em frustração, quando o Cruzeiro perdeu o troféu nos pênaltis para o Boca Juniors após três partidas duras, com a decisão final em Montevidéu, no Uruguai. Agora, a chance de redenção estava diante deles, e o Mineirão e todos os cruzeirenses estavam prontos para um novo capítulo.
Após uma classificação heroica contra o Colo-Colo no Chile, o Cruzeiro se preparou para um momento histórico: a final da Copa Libertadores da América de 1997. Depois de 20 anos o Time Celeste voltou a disputar a Glória Eterna. A última tentativa, em 1977, havia acontecido em frustração, quando o Cruzeiro perdeu o troféu nos pênaltis para o Boca Juniors após três partidas duras, com a decisão final em Montevidéu, no Uruguai. Agora, a chance de redenção estava diante deles, e o Mineirão e todos os cruzeirenses estavam prontos para um novo capítulo.
Na final, o Cruzeiro enfrentou o Sporting Cristal, do Peru, uma equipe que, contra todas as expectativas, se consolidou como uma grande surpresa do torneio. Os "cervezeros", como são conhecidos, chegaram à decisão com um caminho de vitórias memoráveis: eliminaram times argentinos poderosos, como o Vélez Sarsfield e o Racing, ambos derrotados em pleno território argentino, mostrando a força e a determinação de um grupo que vinha jogando junto desde 1994. Naquela época, o elenco de 1997 já era visto como a melhor equipe da história do clube peruano, e muitos dos jogadores eram ídolos para sua torcida.
O Cruzeiro, por sua vez, chegou à final com uma das campanhas mais irregulares já vistas em uma Libertadores. Ao longo da competição, o time sofreu seis derrotas, algo nunca antes registrado por um finalista. Mesmo assim, a garra e o talento dos jogadores cruzeirenses permaneceram firmes até a final, com atuações que desafiaram as estatísticas e deixaram a torcida ainda mais ansiosa.
Com histórias e trajetórias tão distintas, Cruzeiro e Sporting Cristal se encontrariam em uma última transmissão de expectativas, onde apenas uma saída com a glória de ser o campeão sul-americano de 1997.
Primeiro jogo – Sporting Cristal 0x0 Cruzeiro
A primeira partida da grande final foi disputada no Estádio Nacional do Peru, em Lima, onde o Sporting Cristal manteve uma invencibilidade impressionante de quatro anos sem perder em casa pela competição continental. Mais de 44 mil torcedores lotaram o estádio para acompanhar o duelo entre os peruanos e o Cruzeiro, ambos buscando escrever um capítulo histórico em suas trajetórias.
O jogo foi marcado pelo equilíbrio e por uma forte marcação de ambos os lados, que controlavam o ritmo da partida e dificultavam as investidas experimentais. O Sporting Cristal, comandado pelo técnico Sergio Markarián, contava com jogadores experientes como o goleiro Julio César Balerio, os defensores Jorge Soto e Marcelo Asteggiano, além dos talentosos Nolberto Solano e Julinho, que buscavam a vitória para sair com a vantagem na primeira partida.
Por sua vez, o Cruzeiro, sob a liderança do técnico Paulo Autuori, entrou em campo com uma formação sólida e bem preparada para enfrentar a pressão dos donos da casa. Dida, no gol, era a segurança da defesa cruzeirense, enquanto o zagueiro e o capitão Wilson Gottardo comandavam uma linha defensiva ao lado de Gélson Baresi. No meio-campo, a força de Fabinho e Ricardinho ajudava a proteger a defesa, enquanto Palhinha e Cleisson tentavam criar oportunidades para o artilheiro Marcelo Ramos.
O empate em 0 a 0 refletiu o equilíbrio do confronto e a cautela das duas equipes em um jogo tão decisivo. O Cruzeiro conseguiu um resultado importante fora de casa, tomando a decisão para o Mineirão com o apoio de sua torcida e a possibilidade de conquistar o título diante de seu público. A final ainda estava aberta, e a expectativa para o jogo de volta em Belo Horizonte era enorme.
Segundo jogo – Cruzeiro 1x0 Sporting Cristal
No dia 13 de agosto de 1997, mais de 100 mil torcedores cruzeirenses tomaram o Mineirão para assistir à finalíssima da Copa Libertadores da América contra o Sporting Cristal, em um cenário de pura expectativa e euforia. Após o empate sem gols no jogo de ida em Lima, a decisão foi totalmente aberta, mas a confiança da torcida celeste era visível – acreditavam que o Cruzeiro superaria todos o time peruano em casa.
No dia 13 de agosto de 1997, mais de 100 mil torcedores cruzeirenses tomaram o Mineirão para assistir à finalíssima da Copa Libertadores da América contra o Sporting Cristal, em um cenário de pura expectativa e euforia. Após o empate sem gols no jogo de ida em Lima, a decisão foi totalmente aberta, mas a confiança da torcida celeste era visível – acreditavam que o Cruzeiro superaria todos o time peruano em casa.
A noite, porém, tinha um clima de despedidas. Seria o último jogo de Paulo Autuori no Comando do Cruzeiro, pois ele decidiu deixar o cargo após enfrentar pressão interna. Além disso, o meio-campista Palhinha estava se despedindo da equipe para seguir carreira no futebol espanhol. O Cruzeiro entrou em campo não apenas em busca do título, mas também em um momento de transição.
O time de Paulo Autuori começou a partida em ritmo forte, tentando importar seu jogo e iniciar os peruanos. Mas o Sporting Cristal, dirigido por Sergio Markarián, mostrou que não estava ali para apenas assistir ao espetáculo. Com jogadores experientes como Julio César Balerio no gol, Jorge Soto na defesa e Nolberto Solano no meio-campo, o tempo peruano deu trabalho ao Cruzeiro.
Aos 20 minutos do segundo tempo, o Mineirão ficou em silêncio por alguns instantes. Donizete Oliveira cometeu falta em Alfredo Carmona na interferência. Solano se preparou para a cobrança e dirigiu uma bola rasteira e forte em direção ao canto esquerdo. Dida, sempre seguro, defendeu o chute, mas Julinho chegou rápido para pegar o rebote, chutando de primeira. Dida, mostrando por que foi considerado um dos melhores goleiros da época, esticou a perna e salvou o Cruzeiro com uma defesa excepcional, garantindo que o placar seguisse zerado.
A pressão e o nervosismo eram visíveis. Cada segundo parecia arrastar-se para a torcida que lotava o Mineirão. Então, aos 30 minutos do segundo tempo, o gol tão esperado finalmente chegou. Nonato cobrou um escanteio, e a defesa do Sporting Cristal rebateu a bola para fora da área. Ela caiu justamente nos pés de Elivélton, que estava na equipe para substituir Cleisson, suspenso. Em um lance que misturou precisão e sorte, Elivélton acertou um chute de pé direito, sua perna menos dominante. O goleiro Balério tentou defender, mas a bola passou por baixo de seu corpo e foi parar no fundo da rede.
O Mineirão explodiu em comemoração! Elivélton, que normalmente usava a perna esquerda, marcou com o pé direito o único gol do Cruzeiro de fora da área em toda a campanha. O gol se tornou símbolo da campanha cheia de altos e baixos, mas com um final inesquecível.
Após o apito final, as ruas de Belo Horizonte e do interior de Minas Gerais foram tomadas por uma festa histórica. O título da Libertadores, conquistado após 21 anos, entrou para a história como uma das maiores vitórias do clube estrelado, marcando o coração de cada cruzeirense.
A TEMPORADA
Em 1997, o Cruzeiro vivia uma temporada de altos e baixos, com campanhas de destaque e outras que ficaram aquém das expectativas. O ano começou com grande expectativa para os cruzeirenses, já que o time contava com grandes nomes, como a experiência Zagueiro Gonçalves, o atacante Bebeto, e a promessa de reforços de peso. Vamos percorrer o desempenho da equipe nos principais torneios que disputaram: Campeonato Mineiro, Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil, Supercopa, Libertadores da América, Recopa e o Mundial.
Campeonato Mineiro
No Campeonato Mineiro de 1997, o Cruzeiro iniciou sua campanha com o objetivo de conquistar mais um título estadual. A competição foi marcada por grandes jogos, mas o time celeste não teve vida fácil. Ao longo do torneio, o Cruzeiro enfrentou adversários difíceis, mas na final, o grande confronto foi contra o Villa Nova, em uma decisão que entrou para a história. O Mineirão, tradicional palco do clube, recebeu o maior público de sua história: mais de 130 mil torcedores se reuniram para assistir à final. Com o gol de Marcelo Ramos, o Cruzeiro garantiu o título estadual, vencendo por 1 a 0. A vitória não apenas consolidou o título, mas também marcou um feito histórico para o clube e seus jogadores, como revelaram algumas seleções, que ficaram conhecidas com o tamanho da torcida e a emoção de participar do jogo com recorde de público no Mineirão.
No Campeonato Mineiro de 1997, o Cruzeiro iniciou sua campanha com o objetivo de conquistar mais um título estadual. A competição foi marcada por grandes jogos, mas o time celeste não teve vida fácil. Ao longo do torneio, o Cruzeiro enfrentou adversários difíceis, mas na final, o grande confronto foi contra o Villa Nova, em uma decisão que entrou para a história. O Mineirão, tradicional palco do clube, recebeu o maior público de sua história: mais de 130 mil torcedores se reuniram para assistir à final. Com o gol de Marcelo Ramos, o Cruzeiro garantiu o título estadual, vencendo por 1 a 0. A vitória não apenas consolidou o título, mas também marcou um feito histórico para o clube e seus jogadores, como revelaram algumas seleções, que ficaram conhecidas com o tamanho da torcida e a emoção de participar do jogo com recorde de público no Mineirão.
Campeonato Brasileiro
O Cruzeiro teve um desempenho modesto no Campeonato Brasileiro de 1997. O time terminou a disputa em 20º lugar, com 28 pontos, o que representou um fracasso significativo. Com 6 vitórias, 10 empates e 9 derrotas, a equipe não conseguiu se importar no torneio nacional e acabou ficando longe de uma classificação para competições internacionais ou mesmo da briga por uma vaga no topo da tabela.
O Cruzeiro teve um desempenho modesto no Campeonato Brasileiro de 1997. O time terminou a disputa em 20º lugar, com 28 pontos, o que representou um fracasso significativo. Com 6 vitórias, 10 empates e 9 derrotas, a equipe não conseguiu se importar no torneio nacional e acabou ficando longe de uma classificação para competições internacionais ou mesmo da briga por uma vaga no topo da tabela.
Copa do Brasil
Na Copa do Brasil de 1997, o Cruzeiro teve uma trajetória frustrante. A equipe foi eliminada logo na primeira fase pela equipe de Santa Cruz, de Pernambuco. Após um empate de 1 a 1 no Mineirão, uma derrota por 1 a 0 no jogo de volta em Recife resultou na eliminação precoce, frustração para a torcida e mais um título que escapou das mãos da equipe.
Na Copa do Brasil de 1997, o Cruzeiro teve uma trajetória frustrante. A equipe foi eliminada logo na primeira fase pela equipe de Santa Cruz, de Pernambuco. Após um empate de 1 a 1 no Mineirão, uma derrota por 1 a 0 no jogo de volta em Recife resultou na eliminação precoce, frustração para a torcida e mais um título que escapou das mãos da equipe.
Supercopa
A participação do Cruzeiro na Supercopa Libertadores de 1997 também foi breve. O time foi eliminado na fase de grupos, em uma chave difícil com grandes equipes. No grupo 1, o Cruzeiro terminou em segundo lugar, mas não foi suficiente para garantir a classificação para a próxima fase. O Colo-Colo do Chile liderou a chave, e o Cruzeiro terminou a disputa com 3 vitórias, 9 pontos, mas também com 3 derrotas, o que resultou na eliminação.
A participação do Cruzeiro na Supercopa Libertadores de 1997 também foi breve. O time foi eliminado na fase de grupos, em uma chave difícil com grandes equipes. No grupo 1, o Cruzeiro terminou em segundo lugar, mas não foi suficiente para garantir a classificação para a próxima fase. O Colo-Colo do Chile liderou a chave, e o Cruzeiro terminou a disputa com 3 vitórias, 9 pontos, mas também com 3 derrotas, o que resultou na eliminação.
Mundial Interclubes
Como campeão da Libertadores, o Cruzeiro teve o privilégio de jogar o Mundial Interclubes, disputado no Japão, contra o Borussia Dortmund, campeão europeu da Liga dos Campeões. O Borussia Dortmund mostrou-se superior e venceu por 2 a 0, com gols de Zorc (34') e Henrick (84'). Embora a derrota tenha sido dolorosa, o Cruzeiro teve a honra de representar o futebol brasileiro e sul-americano em uma competição mundial, o que é um feito marcante na história do clube.
Como campeão da Libertadores, o Cruzeiro teve o privilégio de jogar o Mundial Interclubes, disputado no Japão, contra o Borussia Dortmund, campeão europeu da Liga dos Campeões. O Borussia Dortmund mostrou-se superior e venceu por 2 a 0, com gols de Zorc (34') e Henrick (84'). Embora a derrota tenha sido dolorosa, o Cruzeiro teve a honra de representar o futebol brasileiro e sul-americano em uma competição mundial, o que é um feito marcante na história do clube.
O ano de 1997 foi, portanto, um ano de contrastes para o Cruzeiro. Enquanto conquistou o Campeonato Mineiro e a Libertadores, não conseguiu repetir o mesmo sucesso em outras competições nacionais e internacionais. O título da Libertadores, entretanto, foi o grande ápice de uma temporada que marcou marcada na história do clube, trazendo ao Cruzeiro o reconhecimento e a prestígio internacional que ele buscava. Mesmo com algumas quedas frustrantes, como na Copa do Brasil, Supercopa e Mundial, 1997 ficará para sempre na memória dos torcedores celestes como o ano de um dos maiores feitos do clube: a conquista da América.