O ano de 1990 foi um período de intensas mudanças e inovações, tanto no Brasil quanto ao redor do mundo. Esse momento histórico testemunhou a transição para uma nova ordem política mundial, impulsionada pela crescente integração econômica da Europa. Com a Guerra Fria se encerrando, o mundo assistia ao avanço de processos democráticos e econômicos em nações que, até então, estavam sob regimes autoritários. A reunificação da Alemanha, que finalmente se concretizou em outubro, simbolizou o fim de uma era de divisão e inaugurou um novo capítulo na geopolítica mundial.
No Brasil, as esperanças de mudança estavam direcionadas para o governo de Fernando Collor, o primeiro presidente eleito democraticamente após a ditadura militar. Ao assumir o cargo, Collor enfrentou uma nação marcada pela hiperinflação e adotou o controverso Plano Collor, que provocou uma reviravolta econômica e teve profundas consequências para a sociedade brasileira. A redemocratização, que ainda estava em fase de consolidação, buscava adaptar o país às demandas de um novo tempo, enquanto a população enfrentava os desafios de um Brasil em transformação. Em 1990 faleceu em Roma, João Saldanha em plena Copa do Mundo. Saldanha além de comentarista e treinador do Botafogo e da seleção. Foi correspondente durante a guerra da Coreia em 1953. Era filiado ao PC (Partido Comunista), bateu de frente contra a ditadura e foi demitido da seleção em fevereiro de 1970 por ordem do ditador de plantão Garrastazu Médici.
A cultura, por sua vez, vivia um de seus períodos mais icônicos. Em nível mundial, o grunge se firmava como o novo som da juventude, trazendo uma estética autêntica e introspectiva. No Brasil, o rock nacional continuava a cativar o público, mas novos ritmos como o axé começavam a ganhar espaço, trazendo um clima de festa e celebrando a identidade baiana.
O esporte também evoluía como uma linguagem universal. Na Itália, a Copa do Mundo de 1990 trouxe desafios e um futebol mais defensivo, com a Alemanha Ocidental saindo vitoriosa em um torneio que ainda dividia o país. No Basquete, Michael Jordan já se consolidava como uma das grandes estrelas da NBA, impulsionando o basquete americano ao status de fenômeno mundial e abrindo caminho para o Dream Team, que jogaria nas Olimpíadas de 1992. No automobilismo, Ayrton Senna levava o Brasil ao topo da Fórmula 1, enchendo o país de orgulho com seu segundo título mundial e inspirando gerações. O vôlei nacional começava a mostrar ao mundo o potencial que, em breve, transformaria o Brasil em uma potência do esporte.
No meio desse cenário dinâmico, o Cruzeiro Esporte Clube vivia suas próprias transformações. O ano de 1990 foi a chance de renovação e de construção de uma era. A cada vitória, a cada desafio superado, o clube reafirmava o compromisso com sua essência de coragem e determinação, escrevendo mais uma página heroicas e imortais em sua trajetória.
ELENCO
O Cruzeiro de 1990 contou com um plantel diversificado, mantendo a base do time campeão de 1987, além de integrar contratações estratégicas e promover jovens promessas das categorias de base. Esse equilíbrio entre experiência e renovação criou um elenco competitivo, que trouxe energia e dinamismo ao time.
Base Mantida:
O time começou com uma base sólida, repleta de jogadores que já tinham experiência e entrosamento. Com a saída do goleiro Gomes, ficaram Roberto Carlos e Pereira. Nas laterais, Balu e Paulo César Carioca eram ágeis e desempenhavam um papel importante tanto na defesa quanto no apoio ao ataque.
O time começou com uma base sólida, repleta de jogadores que já tinham experiência e entrosamento. Com a saída do goleiro Gomes, ficaram Roberto Carlos e Pereira. Nas laterais, Balu e Paulo César Carioca eram ágeis e desempenhavam um papel importante tanto na defesa quanto no apoio ao ataque.
Na zaga, os defensores Gilmar Francisco, Gilson Jader e Dinho ofereciam solidez e presença física, formando uma linha de defesa resistente. O meio-campo era composto por uma linha de volantes que combinava técnica e força, como Roberson, Ademir, que trabalhavam para dar equilíbrio e proteção ao setor defensivo.
O ataque era diversificado e contava com nomes de peso como Hamilton e Careca, que tinham faro de gol e mantinham a defesa adversária ocupada. Marcinho, Gilmar Estevan, Édson e Quirino completavam o setor ofensivo, com habilidades distintas que garantiam uma linha de frente versátil e perigosa.
Reforços Contratados:
Para 1990, o Cruzeiro também se reforçou com novas contratações. No gol, Paulo César Borges, vindo do Bragantino, chegou para ser. Na zaga, Adilson, contratado do Atlético Paranaense, se uniu ao time com sua experiência defensiva e visão de jogo.
Para 1990, o Cruzeiro também se reforçou com novas contratações. No gol, Paulo César Borges, vindo do Bragantino, chegou para ser. Na zaga, Adilson, contratado do Atlético Paranaense, se uniu ao time com sua experiência defensiva e visão de jogo.
Nas laterais, o Cruzeiro contratou Nonato, que veio do Pouso Alegre, para fortalecer o setor e aumentar as opções na defesa. No meio-campo, o clube apostou em Luiz Fernando (ex-Bahia) e no experiente Paulo Isidoro (ex-Guarani), que contribuíram com criatividade e uma boa visão de jogo, dando novas alternativas para a transição e organização das jogadas. No ataque, o clube contou com a chegada de Paulinho (ex-Araxá) e Heyder (ex-Internacional), jogadores que ampliaram as opções ofensivas com suas habilidades.
Promessas da Base:
Além dos reforços, o Cruzeiro promoveu grandes talentos vindos das categorias de base. Entre eles estava o zagueiro Paulão, que se destacou pela força física e dedicação, tornando-se uma promessa para o futuro da zaga. No meio, o volante Andrade e os meias Luiz Gustavo e Ramon Menezes traziam a energia e o talento que caracterizavam os jovens valores do clube, prontos para mostrarem seu potencial e conquistarem espaço no time principal.
Além dos reforços, o Cruzeiro promoveu grandes talentos vindos das categorias de base. Entre eles estava o zagueiro Paulão, que se destacou pela força física e dedicação, tornando-se uma promessa para o futuro da zaga. No meio, o volante Andrade e os meias Luiz Gustavo e Ramon Menezes traziam a energia e o talento que caracterizavam os jovens valores do clube, prontos para mostrarem seu potencial e conquistarem espaço no time principal.
Com um elenco estruturado em três pilares – base mantida, reforços estratégicos e jovens promissores – o Cruzeiro entrou em 1990 preparado para enfrentar novos desafios, equilibrando a experiência com o ímpeto juvenil. A diversidade de talentos e perfis oferecia ao clube múltiplas opções e estratégias, fazendo do time uma força competitiva e bem-preparada para a temporada.
A SUPERCOPA
A Supercopa Libertadores foi uma competição que reuniu exclusivamente campeões da Copa Libertadores, tornando-se um torneio prestigiado e desafiador na América do Sul. O Cruzeiro participou desde a primeira edição em 1988 e, com sua tradição e garra, rapidamente se destacou.
A Supercopa Libertadores foi uma competição que reuniu exclusivamente campeões da Copa Libertadores, tornando-se um torneio prestigiado e desafiador na América do Sul. O Cruzeiro participou desde a primeira edição em 1988 e, com sua tradição e garra, rapidamente se destacou.
1988: Na estreia do torneio, o Cruzeiro fez uma campanha marcante. A equipe venceu o poderoso Independiente da Argentina nas duas partidas iniciais e avançou às quartas de final, onde derrotou o Argentinos Juniors. Nas semifinais, o Cruzeiro enfrentou o Nacional do Uruguai e garantiu sua vaga na final após um belo gol de Robson, que encantou a torcida no Mineirão. No entanto, contra o Racing Club, o Cruzeiro perdeu o título em uma partida equilibrada, mas deixou sua marca ao chegar a uma final internacional após 11 anos.
1989: O Cruzeiro consolidou sua fama de time de chegada, protagonizando uma das partidas mais memoráveis de sua trajetória internacional. Após perder por 2 a 0 para o Olimpia do Paraguai no jogo de ida, o time conseguiu uma virada heroica em Belo Horizonte, vencendo por 3 a 0 sob forte chuva. Essa vitória marcou o início do apelido "La Bestia Negra," dado pela imprensa paraguaia, que ressaltou a habilidade do Cruzeiro em superar o Olimpia. No entanto, nas quartas de final, o time foi eliminado pelo Argentinos Juniors.
1990: Em sua terceira participação consecutiva, o Cruzeiro reencontrou o Racing Club na primeira rodada. Venceu o primeiro jogo com um gol de Heyder, mas perdeu a partida de volta por 1 a 0, levando a decisão para os pênaltis. O Racing levou a melhor na disputa, vencendo por 4 a 2 e eliminando o Cruzeiro do torneio.
CAMPEONATO BRASILEIRO 1990
O Campeonato Brasileiro de 1990 marcou a 35ª edição da principal competição nacional, trazendo um formato que enfatizou tanto a fase de grupos quanto os confrontos eliminatórios. A disputa começou com 20 equipes divididas em duas chaves de dez times cada, onde todos se enfrentavam em turno único. Na primeira etapa, as equipes da Chave A jogaram contra as da Chave B, e, na segunda etapa, os confrontos foram entre times da mesma chave. Ao final das duas etapas, classificaram-se para a fase eliminatória os campeões de cada chave e os quatro melhores times na soma geral de pontos.
O Campeonato Brasileiro de 1990 marcou a 35ª edição da principal competição nacional, trazendo um formato que enfatizou tanto a fase de grupos quanto os confrontos eliminatórios. A disputa começou com 20 equipes divididas em duas chaves de dez times cada, onde todos se enfrentavam em turno único. Na primeira etapa, as equipes da Chave A jogaram contra as da Chave B, e, na segunda etapa, os confrontos foram entre times da mesma chave. Ao final das duas etapas, classificaram-se para a fase eliminatória os campeões de cada chave e os quatro melhores times na soma geral de pontos.
A participação do Cruzeiro Esporte Clube no Campeonato Brasileiro de 1990 foi marcada por altos e baixos, refletindo as dificuldades enfrentadas ao longo da competição. Dividido em dois turnos, o torneio apresentou um formato que desafiou a equipe a se destacar entre os grandes clubes do Brasil.
No primeiro turno,
o Cruzeiro se destacou ao longo das dez rodadas do Grupo B. A equipe iniciou a competição com uma vitória sólida, superando o Botafogo por 1 a 0, com gol de Paulinho, seguido por uma vitória convincente contra o Corinthians, onde Paulão marcou o único gol da partida. O time continuou a mostrar força, acumulando empates e vitórias, incluindo um notável 2 a 0 contra o Internacional-RS, com dois gols de Hêider. Contudo, a equipe também enfrentou alguns percalços, como a goleada sofrida para o Bragantino, que evidenciaram fragilidades no time.
o Cruzeiro se destacou ao longo das dez rodadas do Grupo B. A equipe iniciou a competição com uma vitória sólida, superando o Botafogo por 1 a 0, com gol de Paulinho, seguido por uma vitória convincente contra o Corinthians, onde Paulão marcou o único gol da partida. O time continuou a mostrar força, acumulando empates e vitórias, incluindo um notável 2 a 0 contra o Internacional-RS, com dois gols de Hêider. Contudo, a equipe também enfrentou alguns percalços, como a goleada sofrida para o Bragantino, que evidenciaram fragilidades no time.
Com 12 pontos conquistados no grupo, o Cruzeiro terminou a primeira fase na segunda posição de seu grupo, garantindo sua classificação para as quartas de final. Este desempenho foi visto como promissor, pois o time se consolidou como uma força respeitável na competição.
No segundo turno,
o Cruzeiro encontrou mais dificuldades. A estreia foi avassaladora, com uma vitória impressionante por 4 a 0 sobre o Grêmio, destacando-se os gols de Luís Gustavo e Ramón. No entanto, essa vitória não foi capaz de sustentar uma sequência de resultados positivos.
O time enfrentou uma série de empates e derrotas, incluindo um desfecho infeliz diante do Flamengo e do Palmeiras, onde a equipe demonstrou dificuldades em manter a consistência.
o Cruzeiro encontrou mais dificuldades. A estreia foi avassaladora, com uma vitória impressionante por 4 a 0 sobre o Grêmio, destacando-se os gols de Luís Gustavo e Ramón. No entanto, essa vitória não foi capaz de sustentar uma sequência de resultados positivos.
O time enfrentou uma série de empates e derrotas, incluindo um desfecho infeliz diante do Flamengo e do Palmeiras, onde a equipe demonstrou dificuldades em manter a consistência.
O desempenho no segundo turno culminou em uma classificação mediana, com o Cruzeiro terminando em quinto lugar no Grupo B. A equipe acumulou apenas 9 pontos, refletindo uma trajetória irregular que contrastava com o começo mais promissor do campeonato.
CAMPEONATO MINEIRO 1990
Campeonato Mineiro 1990 foi a 76ª edição oficial do principal torneio de Minas Gerais.
Dividido em dois turnos distintos. Caso os turnos tivessem vencedores distintos, ambos se enfretantariam pela decisão do título estadual.
O Campeonato Mineiro de 1990, em sua 76ª edição, trouxe um formato que dividia a disputa em dois turnos, com a possibilidade de uma grande final única caso cada turno tivesse um vencedor diferente. Esse formato aumentava a competitividade e a expectativa dos times e torcidas, mantendo a emoção até o final do torneio.
A competição contou com 18 clubes de diversas regiões do estado, incluindo o Cruzeiro Esporte Clube e o Atlético Mineiro, tradicionais rivais de Belo Horizonte, além de equipes como América, Villa Nova e Uberlândia, já consolidadas no cenário mineiro. Também marcaram presença os recém-promovidos Juventus de Divinópolis e Paraisense de São Sebastião do Paraíso, que subiram do Módulo II em 1989, trazendo novos desafios para os clubes maiores.
Para o Cruzeiro, a expectativa era alta, com o objetivo de conquistar o título estadual. Com uma equipe motivada e a confiança da torcida, o clube buscava fortalecer seu domínio em Minas Gerais e garantir uma temporada de sucesso.
Primeiro turno:
No primeiro turno do Campeonato Mineiro de 1990, o Cruzeiro mostrou força e consistência ao longo das 16 rodadas, alternando momentos de domínio com alguns desafios. A estreia em 27 de janeiro foi promissora, com uma vitória contundente por 3 a 0 sobre o Tupi, com gols de Edemilson, Edson (de pênalti) e Paulinho. No entanto, na rodada seguinte, o time sofreu sua primeira derrota por 1 a 0 contra o Valeriodoce.
O Cruzeiro manteve-se firme e recuperou-se com uma sequência de vitórias, como a vitória por 2 a 1 sobre o Rio Branco e por 2 a 0 contra o Nacional de Uberaba, embora tenha sofrido outra derrota para o Uberaba. Com o avanço das rodadas, a equipe seguiu mostrando garra em jogos disputados, vencendo a Caldense por 2 a 1 e o Uberlândia pelo mesmo placar.
Na partida contra o Flamengo de Varginha, ocorrida em 18 de março, um episódio de confusão marcou o jogo: o presidente do Flamengo agrediu o árbitro, o que levou o Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) a conceder os pontos ao Cruzeiro. Após isso, o time conquistou mais três pontos contra o Democrata-SL e encerrou o turno em grande estilo com vitórias sobre Paraisense, Juventus e uma sólida campanha de recuperação.
Jogos
Rodada 1 [27 de janeiro] Cruzeiro 3x0 Tupi – Gols: Edemilson 11’, Edson (pênalti) 45’, Paulinho 69’
Rodada 2 [31 de janeiro] Valeriodoce 1x0 Cruzeiro
Rodada 3 [4 de fevereiro] Cruzeiro 2x1 Rio Branco – Gols: Heyder 7’, Edson 39’; Zecão 74’
Rodada 4 [8 de fevereiro] Nacional-U 0x2 Cruzeiro – Gols: Gilson Jader 85’, Careca 89’
Rodada 5 [11 de fevereiro] Uberaba 2x0 Cruzeiro
Rodada 6 [15 de fevereiro] Cruzeiro 2x1 Caldense – Gols: Édson 77’, Ademir 89’; João Paulo 35’
Rodada 7 [18 de fevereiro] Cruzeiro 2x1 Uberlândia – Gols: Ademir 12’, Edson 68’; Cesinha 74’
Rodada 8 [21 de fevereiro] Pouso Alegre 0x0 Cruzeiro
Rodada 9 [4 de março] Esportivo 1x1 Cruzeiro – Gols: Ziza 8’; Edson 41’
Rodada 10 [7 de março] Cruzeiro 1x0 Villa Nova – Gol: Heyder 60’
Rodada 11 [11 de março] América 0x2 Cruzeiro – Gols: Paulo Isidoro 52’, Luiz Gustavo 65’
Rodada 12 [14 de março] Cruzeiro 2x1 Fabril – Gols: Paulo Isidoro 24’, Careca 75’; Betinho 79’
Rodada 13 [18 de março] Flamengo EC 1x1 Cruzeiro – Gols: Léo Manivela 45’; Paulo Isidoro 50’
Essa partida ficou marcada por uma grande confusão, na qual o presidente do Flamengo agrediu ao arbitro da partida. O TJD concedeu ao Cruzeiro os pontos da partida.
Rodada 1 [27 de janeiro] Cruzeiro 3x0 Tupi – Gols: Edemilson 11’, Edson (pênalti) 45’, Paulinho 69’
Rodada 2 [31 de janeiro] Valeriodoce 1x0 Cruzeiro
Rodada 3 [4 de fevereiro] Cruzeiro 2x1 Rio Branco – Gols: Heyder 7’, Edson 39’; Zecão 74’
Rodada 4 [8 de fevereiro] Nacional-U 0x2 Cruzeiro – Gols: Gilson Jader 85’, Careca 89’
Rodada 5 [11 de fevereiro] Uberaba 2x0 Cruzeiro
Rodada 6 [15 de fevereiro] Cruzeiro 2x1 Caldense – Gols: Édson 77’, Ademir 89’; João Paulo 35’
Rodada 7 [18 de fevereiro] Cruzeiro 2x1 Uberlândia – Gols: Ademir 12’, Edson 68’; Cesinha 74’
Rodada 8 [21 de fevereiro] Pouso Alegre 0x0 Cruzeiro
Rodada 9 [4 de março] Esportivo 1x1 Cruzeiro – Gols: Ziza 8’; Edson 41’
Rodada 10 [7 de março] Cruzeiro 1x0 Villa Nova – Gol: Heyder 60’
Rodada 11 [11 de março] América 0x2 Cruzeiro – Gols: Paulo Isidoro 52’, Luiz Gustavo 65’
Rodada 12 [14 de março] Cruzeiro 2x1 Fabril – Gols: Paulo Isidoro 24’, Careca 75’; Betinho 79’
Rodada 13 [18 de março] Flamengo EC 1x1 Cruzeiro – Gols: Léo Manivela 45’; Paulo Isidoro 50’
Essa partida ficou marcada por uma grande confusão, na qual o presidente do Flamengo agrediu ao arbitro da partida. O TJD concedeu ao Cruzeiro os pontos da partida.
Rodada 14 [21 de março] Cruzeiro 3x1 Democrata-SL – Gols: Adilson, Roberson 16’, Careca 17’; Getúlio (pênalti) 23’
Rodada 15 [25 de março] Paraisense 0x1 Cruzeiro – Gol: Careca 41’
Rodada 16 [28 de março] Cruzeiro 2x0 Juventus – Gols: Careca 7’, Roberson 46’
Rodada 15 [25 de março] Paraisense 0x1 Cruzeiro – Gol: Careca 41’
Rodada 16 [28 de março] Cruzeiro 2x0 Juventus – Gols: Careca 7’, Roberson 46’
Decisão do Primeiro Turno
No domingo, 1º de abril de 1990, o Mineirão foi palco de uma partida decisiva entre Cruzeiro e Atlético, onde os dois rivais mineiros, empatados com 26 pontos cada, disputaram o título do primeiro turno do Campeonato Mineiro. O estádio contou com quase 60 mil pagantes, ansiosos para ver quem sairia vitorioso e garantiria a vaga na final do campeonato estadual.
Sob o comando do técnico Ênio Andrade, o Cruzeiro entrou em campo com Paulo César, Balú, Gilson Jáder, Adilson Batista, Eduardo, Roberson, Paulo Isidoro, Careca, Luiz Gustavo, Heyder e Édson. Durante a partida, Hamilton substituiu Luiz Gustavo, e essa mudança seria importante no desfecho do jogo.
Aos 29 minutos, Careca abriu o placar para a Raposa, levando a torcida cruzeirense ao delírio. No segundo tempo, aos 61 minutos, Roberson acabou marcando contra, deixando o jogo empatado em 1 a 1. Mas, apenas 16 minutos depois, em um lance tumultuado na área do Atlético, Roberson se redimiu ao marcar o segundo gol do Cruzeiro e colocar o time novamente em vantagem. Durante a comemoração, Éder Aleixo, do Atlético, foi expulso após agredir Balú, o que acirrou ainda mais os ânimos.
Aos 90 minutos, para coroar a atuação, Heyder tocou para Hamilton, que driblou seu marcador e finalizou com precisão no canto esquerdo do goleiro Maurício, fechando o placar em 3 a 1. Com essa vitória, o Cruzeiro garantiu o título do primeiro turno e a vaga na grande final do Campeonato Mineiro, para a euforia da Nação Azul.
Segundo Turno
No segundo turno do Campeonato Mineiro de 1990, o Cruzeiro entrou em campo com garra, em busca de assegurar uma vaga na final. A campanha começou com um empate em 1-1 contra o Nacional-U, mas logo o time retomou o ritmo e venceu o Uberlândia por 2-1 na rodada seguinte. Com boas atuações, a equipe conquistou vitórias expressivas, como o 3-0 sobre o Esportivo e o 4-1 contra o Paraisense, consolidando-se entre os líderes do campeonato.
No segundo turno do Campeonato Mineiro de 1990, o Cruzeiro entrou em campo com garra, em busca de assegurar uma vaga na final. A campanha começou com um empate em 1-1 contra o Nacional-U, mas logo o time retomou o ritmo e venceu o Uberlândia por 2-1 na rodada seguinte. Com boas atuações, a equipe conquistou vitórias expressivas, como o 3-0 sobre o Esportivo e o 4-1 contra o Paraisense, consolidando-se entre os líderes do campeonato.
A sequência positiva continuou com triunfos contra adversários como Villa Nova, América, e o Democrata-SL, além de um expressivo 4-0 contra o Flamengo EC, onde Hamilton marcou três vezes. Apesar de manter uma sólida defesa e um ataque eficaz, o Cruzeiro enfrentou desafios, como os empates com Valeriodoce e Rio Branco, além de uma derrota para o Atlético por 2-1 na penúltima rodada, que acabou sendo decisiva para a classificação final.
No encerramento do turno, o Cruzeiro terminou com 28 pontos, apenas um ponto atrás do Atlético, que avançou para a final do campeonato. Mesmo sem conquistar o título do segundo turno, o Cruzeiro demonstrou sua força, encerrando a fase com uma das melhores campanhas e mostrando que estava preparado para desafios futuros.
Rodada 1 [4 de abril] Cruzeiro 1x1 Nacional-U – Gols: Roberson 10’; Vando 53’
Rodada 2 [7 de abril] Uberlândia 1x2 Cruzeiro – Gols: Wisner 4’; Roberson 45’, Adilson 78’
Rodada 3 [12 de abril] Cruzeiro 3x0 Esportivo – Gols: Hamilton, Paulinho, Careca
Rodada 4 [15 de abril] Fabril 0x0 Cruzeiro
Rodada 5 [18 de abril] Cruzeiro 4x1 Paraisense – Gols: Paulinho 8’, Careca 16’, Roberson 38’, Hamilton 65’; Dácio 80’
Rodada 6 [22 de abril] Villa Nova 0x1 Cruzeiro – Gol: Daniel 8’
Rodada 7 [25 de abril] Cruzeiro 2x0 Pouso Alegre – Gols: Hamilton 32’, Ademir 82’
Rodada 8 [28 de abril] Cruzeiro 2x0 América – Gols: Hamilton 21’, Edson 28’
Rodada 9 [1 de maio] Democrata-SL 1x3 Cruzeiro – Gols: Roberson 12’, Heyder (pênalti) 63’, Heyder 8’; Getúlio (pênalti) 48’
Rodada 10 [6 de maio] Cruzeiro 0x0 Valeriodoce
Rodada 11 [9 de maio] Juventus 0x2 Cruzeiro – Gols: Hamilton 27’, Roberson 72’
Rodada 12 [12 de maio] Tupi 0x1 Cruzeiro – Gol: Adilson 39’
Rodada 13 [16 de maio] Cruzeiro 4x0 Flamengo EC – Gols: Marcinho 31’, Hamilton 54’, Hamilton 62’, Hamilton 84’
Rodada 14 [20 de maio] Caldense 0x3 Cruzeiro – Gols: Gilson Jader 69’, Careca 70’, Careca 85’
Rodada 15 [23 de maio] Cruzeiro 2x1 Uberaba – Gols: Paulo Isidoro 60’, Eduardo; Flavinho
Rodada 16 [27 de maio] Atlético 2x1 Cruzeiro – Gols: Nilton, Eder; Careca
Rodada 17 [30 de maio] Rio Branco 1x1 Cruzeiro – Gols: Heyder; Mauro Madureira
Rodada 2 [7 de abril] Uberlândia 1x2 Cruzeiro – Gols: Wisner 4’; Roberson 45’, Adilson 78’
Rodada 3 [12 de abril] Cruzeiro 3x0 Esportivo – Gols: Hamilton, Paulinho, Careca
Rodada 4 [15 de abril] Fabril 0x0 Cruzeiro
Rodada 5 [18 de abril] Cruzeiro 4x1 Paraisense – Gols: Paulinho 8’, Careca 16’, Roberson 38’, Hamilton 65’; Dácio 80’
Rodada 6 [22 de abril] Villa Nova 0x1 Cruzeiro – Gol: Daniel 8’
Rodada 7 [25 de abril] Cruzeiro 2x0 Pouso Alegre – Gols: Hamilton 32’, Ademir 82’
Rodada 8 [28 de abril] Cruzeiro 2x0 América – Gols: Hamilton 21’, Edson 28’
Rodada 9 [1 de maio] Democrata-SL 1x3 Cruzeiro – Gols: Roberson 12’, Heyder (pênalti) 63’, Heyder 8’; Getúlio (pênalti) 48’
Rodada 10 [6 de maio] Cruzeiro 0x0 Valeriodoce
Rodada 11 [9 de maio] Juventus 0x2 Cruzeiro – Gols: Hamilton 27’, Roberson 72’
Rodada 12 [12 de maio] Tupi 0x1 Cruzeiro – Gol: Adilson 39’
Rodada 13 [16 de maio] Cruzeiro 4x0 Flamengo EC – Gols: Marcinho 31’, Hamilton 54’, Hamilton 62’, Hamilton 84’
Rodada 14 [20 de maio] Caldense 0x3 Cruzeiro – Gols: Gilson Jader 69’, Careca 70’, Careca 85’
Rodada 15 [23 de maio] Cruzeiro 2x1 Uberaba – Gols: Paulo Isidoro 60’, Eduardo; Flavinho
Rodada 16 [27 de maio] Atlético 2x1 Cruzeiro – Gols: Nilton, Eder; Careca
Rodada 17 [30 de maio] Rio Branco 1x1 Cruzeiro – Gols: Heyder; Mauro Madureira
FINAL EM PERTIDA ÚNICA
No domingo, 3 de junho de 1990, o Mineirão foi palco da partida decisiva do Campeonato Mineiro, com mais de 90 mil pagantes e cerca de 100 mil pessoas presentes, em uma atmosfera carregada de tensão e expectativa. Atlético e Cruzeiro, vencedores dos turnos anteriores, disputavam o título em jogo único, com o Atlético buscando seu segundo tricampeonato na Era Mineirão e o Cruzeiro determinado a encerrar uma década difícil com o título.
No domingo, 3 de junho de 1990, o Mineirão foi palco da partida decisiva do Campeonato Mineiro, com mais de 90 mil pagantes e cerca de 100 mil pessoas presentes, em uma atmosfera carregada de tensão e expectativa. Atlético e Cruzeiro, vencedores dos turnos anteriores, disputavam o título em jogo único, com o Atlético buscando seu segundo tricampeonato na Era Mineirão e o Cruzeiro determinado a encerrar uma década difícil com o título.
Sob o comando de Ênio Andrade, o Cruzeiro entrou em campo com Paulo César no gol, Balú, Gilson Jáder, Adilson Batista, Paulo César Carioca, Ademir, Paulo Isidoro, Careca, Heyder, Hamilton e Édson. Na reta final, Hamilton foi substituído por Roberson aos 85 minutos.
A partida permaneceu equilibrada até os 55 minutos, quando Edson cobrou um escanteio pelo lado direito do campo. A bola fez uma curva sobre a defesa do Atlético, passou pelo goleiro Rômulo e encontrou Careca, sozinho, no segundo pau. Com uma cabeçada certeira para o chão, Careca balançou as redes e garantiu a vantagem para o Cruzeiro.
O gol foi decisivo: Cruzeiro 1-0 Atlético. Com a vitória, o Cruzeiro não apenas ergueu a taça do Campeonato Mineiro de 1990, mas também abriu caminho para o período mais vitorioso de sua história.
A campanha do Cruzeiro no Campeonato Mineiro de 1990 foi marcada por consistência e domínio. Em 35 partidas, o time celeste conquistou 26 vitórias, 6 empates e apenas 3 derrotas, com um saldo de 60 gols marcados e 18 sofridos. Com 58 pontos somados, o Cruzeiro sagrou-se campeão, garantindo uma vaga na Copa do Brasil de 1991. Esse título foi especialmente importante, pois marcou o início de uma fase vitoriosa para o clube, que buscava voltar a figurar no cenário nacional com força.
Apesar do excelente desempenho no estadual, a participação do Cruzeiro na Copa do Brasil de 1990 terminou cedo, com uma eliminação na primeira fase contra o Goiás, que aplicou uma goleada de 4 a 0 em Goiânia, na maior derrota do Cruzeiro na competição até então. Após essa eliminação, o atacante Careca foi negociado com o Sporting de Portugal por US$ 1 milhão, evidenciando uma tendência da época: a venda de ídolos cruzeirenses para o futebol europeu, algo com o qual a torcida celeste começava a se familiarizar.
Fontes: Almanaque do Cruzeiro Esporte Clube 1921-2013- RIBEIRO, Henrique,
Portal Terra, Itatiaia, Jornal Hoje em Dia, Globo, Jornal Estado de Minas e Rsssfbrasil.
Portal Terra, Itatiaia, Jornal Hoje em Dia, Globo, Jornal Estado de Minas e Rsssfbrasil.