Em 1977, o mundo vivia intensas transformações nos campos político, cultural e esportivo, refletindo mudanças que marcariam a história. No cenário internacional, os Estados Unidos e Cuba deram um passo importante para a reaproximação, abrindo espaços de interesses em suas capitais, após anos de embargo e pressão diplomática. Esse movimento sinalizava uma possível flexibilização nas relações entre os dois países, em um contexto global ainda marcado pela Guerra Fria.
Na cultura, o ano foi abalado pela morte de Elvis Presley, o “Rei do Rock”, que faleceu em 16 de agosto aos 42 anos. A morte de Elvis chocou o mundo e marcou o fim de uma era no rock'n'roll, deixando um legado que continua a influenciar a música e a cultura pop.
No Brasil, a Ditadura Militar manteve seu controle, mas o governo de Ernesto Geisel ensaiava uma abertura política, ainda que lenta e controlada. Esse processo ficou marcado pelo “Pacote de Abril”, que fortaleceu o controle do governo sobre o sistema eleitoral. Também em 1977, uma mudança significativa na sociedade brasileira foi a aprovação da Lei do Divórcio, transformando as relações familiares e trazendo mais direitos individuais.
No esporte, o futebol continuou a ser uma paixão nacional. O São Paulo FC conquistou o Campeonato Brasileiro pela primeira vez, vencendo o Atlético Mineiro em uma final acirrada. O cenário internacional também foi movimentado, com a vitória do Liverpool na Liga dos Campeões da UEFA e a popularidade crescente de esportes como o tênis, com o sueco Björn Borg se destacando mundialmente.
Na cultura, o ano foi abalado pela morte de Elvis Presley, o “Rei do Rock”, que faleceu em 16 de agosto aos 42 anos. A morte de Elvis chocou o mundo e marcou o fim de uma era no rock'n'roll, deixando um legado que continua a influenciar a música e a cultura pop.
No Brasil, a Ditadura Militar manteve seu controle, mas o governo de Ernesto Geisel ensaiava uma abertura política, ainda que lenta e controlada. Esse processo ficou marcado pelo “Pacote de Abril”, que fortaleceu o controle do governo sobre o sistema eleitoral. Também em 1977, uma mudança significativa na sociedade brasileira foi a aprovação da Lei do Divórcio, transformando as relações familiares e trazendo mais direitos individuais.
No esporte, o futebol continuou a ser uma paixão nacional. O São Paulo FC conquistou o Campeonato Brasileiro pela primeira vez, vencendo o Atlético Mineiro em uma final acirrada. O cenário internacional também foi movimentado, com a vitória do Liverpool na Liga dos Campeões da UEFA e a popularidade crescente de esportes como o tênis, com o sueco Björn Borg se destacando mundialmente.
A TEMPORADA
A temporada de 1977 começou com grandes expectativas para o Cruzeiro Esporte Clube, que carregava o prestígio de ter conquistado a Copa Libertadores no ano anterior. Após o título, o clube de Belo Horizonte passou a ser visto como uma das potências do futebol sul-americano, e os olhos do continente foram voltados para o "Maior de Minas". A equipe, porém, precisava se reorganizar diante de mudanças importantes no elenco e na comissão técnica.
Um dos primeiros desafios foi a saída de Jairzinho, o “Furacão da Copa”, que aceitou uma proposta para jogar na Portuguesa, da Venezuela. Apesar da perda de um dos principais jogadores, o Cruzeiro teve o retorno de um dos maiores ídolos de sua história: Dirceu Lopes, o “Príncipe”, que voltou a liderar a equipe em campo. Além disso, reforços como Figueroa, Ozires, Eli Carlos, Flamarion e Revétria se juntam ao elenco, renovando as esperanças para uma temporada competitiva.
O comando também passou por mudanças. Yustrich foi nomeado treinador, mas logo deu lugar a Aymoré Moreira, um nome de peso no futebol brasileiro. Essa alternância no comando refletia a busca do clube por estabilidade e inovação, sempre com o objetivo de manter o alto nível de desempenho alcançado em 1976.
A temporada de 1977 começou com grandes expectativas para o Cruzeiro Esporte Clube, que carregava o prestígio de ter conquistado a Copa Libertadores no ano anterior. Após o título, o clube de Belo Horizonte passou a ser visto como uma das potências do futebol sul-americano, e os olhos do continente foram voltados para o "Maior de Minas". A equipe, porém, precisava se reorganizar diante de mudanças importantes no elenco e na comissão técnica.
Um dos primeiros desafios foi a saída de Jairzinho, o “Furacão da Copa”, que aceitou uma proposta para jogar na Portuguesa, da Venezuela. Apesar da perda de um dos principais jogadores, o Cruzeiro teve o retorno de um dos maiores ídolos de sua história: Dirceu Lopes, o “Príncipe”, que voltou a liderar a equipe em campo. Além disso, reforços como Figueroa, Ozires, Eli Carlos, Flamarion e Revétria se juntam ao elenco, renovando as esperanças para uma temporada competitiva.
O comando também passou por mudanças. Yustrich foi nomeado treinador, mas logo deu lugar a Aymoré Moreira, um nome de peso no futebol brasileiro. Essa alternância no comando refletia a busca do clube por estabilidade e inovação, sempre com o objetivo de manter o alto nível de desempenho alcançado em 1976.
60 DIAS NAS AMÉRICAS
A grande novidade daquele início de temporada foi a longa viagem internacional que levou o Cruzeiro para 60 dias de viagens por vários países da América do Sul, Central e do Norte. A viagem teve um objetivo claro: consolidar o nome do clube no cenário internacional e preparar uma equipe para os desafios que viriam pela frente. Ao longo dessa jornada, o Cruzeiro enfrentou seleções que se preparavam para a Copa do Mundo de 1978, como o Uruguai, Chile, Bolívia e Equador, além de clubes de destaque, como o Atlético Nacional, da Colômbia, e o Grêmio, do Brasil.
Mesmo com o desgaste natural de uma longa sequência de viagens e jogos, o Cruzeiro manteve seu nível de competitividade, conseguindo resultados expressivos. A equipe empatou com a seleção do Chile em Santiago, venceu o América de Cali na Colômbia e conquistou o Torneio Triangular de Caracas, na Venezuela, ao superar o Grêmio e o
A grande novidade daquele início de temporada foi a longa viagem internacional que levou o Cruzeiro para 60 dias de viagens por vários países da América do Sul, Central e do Norte. A viagem teve um objetivo claro: consolidar o nome do clube no cenário internacional e preparar uma equipe para os desafios que viriam pela frente. Ao longo dessa jornada, o Cruzeiro enfrentou seleções que se preparavam para a Copa do Mundo de 1978, como o Uruguai, Chile, Bolívia e Equador, além de clubes de destaque, como o Atlético Nacional, da Colômbia, e o Grêmio, do Brasil.
Mesmo com o desgaste natural de uma longa sequência de viagens e jogos, o Cruzeiro manteve seu nível de competitividade, conseguindo resultados expressivos. A equipe empatou com a seleção do Chile em Santiago, venceu o América de Cali na Colômbia e conquistou o Torneio Triangular de Caracas, na Venezuela, ao superar o Grêmio e o
Independiente, da Argentina. Esses feitos reafirmaram a força do tempo, que não se acomodou após a glória conquistada em 1976.
A viagem também foi marcada por jogos históricos, como o confronto contra a seleção do Uruguai no mítico Estádio Centenário, e as partidas disputadas em estádios emblemáticos como o Azteca, na Cidade do México, e o Coliseu, em Los Angeles.
Ao voltar ao Brasil, o Cruzeiro trazia na bagagem muito mais do que vitórias e empates: trazia a confiança de que, mesmo após as mudanças no elenco e no comando técnico, ainda era capaz de disputar títulos em alto nível. A temporada de 1977, que começou com ares de incerteza, logo se transformou em uma nova etapa de afirmação para o clube, que seguiu firme entre os gigantes do futebol sul-americano.
A viagem também foi marcada por jogos históricos, como o confronto contra a seleção do Uruguai no mítico Estádio Centenário, e as partidas disputadas em estádios emblemáticos como o Azteca, na Cidade do México, e o Coliseu, em Los Angeles.
Ao voltar ao Brasil, o Cruzeiro trazia na bagagem muito mais do que vitórias e empates: trazia a confiança de que, mesmo após as mudanças no elenco e no comando técnico, ainda era capaz de disputar títulos em alto nível. A temporada de 1977, que começou com ares de incerteza, logo se transformou em uma nova etapa de afirmação para o clube, que seguiu firme entre os gigantes do futebol sul-americano.
CAMPEONATO BRASILEIRO 77
Em 1977, o Cruzeiro disputava o Campeonato Brasileiro em um contexto de grandes expectativas. Após uma fase de grupos desafiantes, o time celeste mostrou sua força, terminando na segunda colocação do Grupo F. Durante essa fase, o Cruzeiro conseguiu vitórias expressivas, como os 4 a 0 sobre o Paysandu e os 3 a 0 contra o Nacional. Outro destaque foi a vitória por 2 a 0 sobre o Santos, com gols de Revétria e Eduardo.
Apesar das conquistas, o Cruzeiro também teve momentos de dificuldades, como a derrota por 4 a 0 para o Remo e o empate de 1 a 1 contra o Fast.
Na segunda fase, o Cruzeiro foi inserido no Grupo G, onde enfrentou adversários de peso como o Corinthians e o São Paulo. O objetivo era conquistar uma das vagas para a fase final do campeonato, mas a equipe não teve um bom desempenho e não conseguiu se classificar para a fase final. O Campeonato foi vencido pelo São Paulo.
Em 1977, o Cruzeiro disputava o Campeonato Brasileiro em um contexto de grandes expectativas. Após uma fase de grupos desafiantes, o time celeste mostrou sua força, terminando na segunda colocação do Grupo F. Durante essa fase, o Cruzeiro conseguiu vitórias expressivas, como os 4 a 0 sobre o Paysandu e os 3 a 0 contra o Nacional. Outro destaque foi a vitória por 2 a 0 sobre o Santos, com gols de Revétria e Eduardo.
Apesar das conquistas, o Cruzeiro também teve momentos de dificuldades, como a derrota por 4 a 0 para o Remo e o empate de 1 a 1 contra o Fast.
Na segunda fase, o Cruzeiro foi inserido no Grupo G, onde enfrentou adversários de peso como o Corinthians e o São Paulo. O objetivo era conquistar uma das vagas para a fase final do campeonato, mas a equipe não teve um bom desempenho e não conseguiu se classificar para a fase final. O Campeonato foi vencido pelo São Paulo.
LIBERTADORES DE 1977
A Copa Libertadores da América de 1977 marcou a 18ª edição do torneio mais importante de clubes da América do Sul, organizado pela CONMEBOL. O campeonato contou com 21 equipes, divididas em cinco grupos regionais na fase inicial. Os times se enfrentaram dentro de seus grupos, com os líderes avançando para as semifinais.
A Copa Libertadores da América de 1977 marcou a 18ª edição do torneio mais importante de clubes da América do Sul, organizado pela CONMEBOL. O campeonato contou com 21 equipes, divididas em cinco grupos regionais na fase inicial. Os times se enfrentaram dentro de seus grupos, com os líderes avançando para as semifinais.
Na primeira fase, os grupos foram compostos de acordo com as regiões geográficas. O Grupo 1, por exemplo, reuniu clubes da Argentina e do Uruguai, onde o Boca Juniors dominou com quatro vitórias e dois empates, sem sofrer gols. Nos outros grupos, a disputa foi entre Bolívia e Colômbia (Grupo 2), Brasil e Equador (Grupo 3), Chile e Paraguai (Grupo 4) e Peru e Venezuela (Grupo 5). A competitividade foi alta, com equipes tradicionais como Internacional, Deportivo Cali e Libertad se destacando em seus respectivos grupos.
O Cruzeiro, campeão da Libertadores de 1976, entrou direto no Grupo 2 das semifinais, sem precisar passar pela primeira fase. Vindo de uma campanha gloriosa no ano anterior, o time mineiro chegou ao torneio com grandes expectativas.
O Cruzeiro, campeão da Libertadores de 1976, entrou direto no Grupo 2 das semifinais, sem precisar passar pela primeira fase. Vindo de uma campanha gloriosa no ano anterior, o time mineiro chegou ao torneio com grandes expectativas.
As Semifinais
Nas semifinais da Copa Libertadores de 1977, o Cruzeiro entrou no Grupo 2, ao lado do Internacional, seu rival brasileiro, e da Portuguesa, da Venezuela.
Logo na estreia, no dia 3 de julho, o Cruzeiro derrotou o Internacional em Porto Alegre e conquistou uma vitória crucial por 1 a 0, com um gol de Joãozinho, jogador decisivo também na conquista de 1976. Esse resultado deu um grande impulso ao time, que logo em seguida, no dia 17 de julho, jogou a Portuguesa fora de casa e obteve uma vitória contundente por 4 a 0, com gols de Neca, Eduardo, Ely Carlos e Ely Mendes.
No segundo confronto contra o Internacional, desta vez no Mineirão, o Cruzeiro manteve o controle do jogo, mas o placar terminou empatado em 0 a 0. Mesmo sem a vitória, o resultado deixou o time mineiro em uma posição confortável no grupo. A partida final das semifinais foi novamente contra a Portuguesa, agora em Belo Horizonte, e o Cruzeiro garantiu sua classificação com uma vitória por 2 a 1, com gols de Lívio e Nelinho.
Com três vitórias e um empate, o Cruzeiro terminou a liderança do grupo com 7 pontos, garantindo sua vaga na final.
Enquanto isso, no Grupo 1, o Boca Juniors, da Argentina, enfrentou Deportivo Cali, da Colômbia, e Libertad, do Paraguai. O Boca fez uma campanha invicta, vencendo dois jogos e empatando outros dois, o que foi suficiente para garantir o primeiro lugar do grupo e a vaga na final. A equipe argentina mostrou força em jogos duros, destacando-se em casa e administrando bem seus resultados fora.
Com as semifinais concluídas, o cenário estava pronto para a grande decisão entre Cruzeiro e Boca Juniors, duas equipes tradicionais do continente que buscavam a glória máxima do futebol sul-americano em 1977.
Nas semifinais da Copa Libertadores de 1977, o Cruzeiro entrou no Grupo 2, ao lado do Internacional, seu rival brasileiro, e da Portuguesa, da Venezuela.
Logo na estreia, no dia 3 de julho, o Cruzeiro derrotou o Internacional em Porto Alegre e conquistou uma vitória crucial por 1 a 0, com um gol de Joãozinho, jogador decisivo também na conquista de 1976. Esse resultado deu um grande impulso ao time, que logo em seguida, no dia 17 de julho, jogou a Portuguesa fora de casa e obteve uma vitória contundente por 4 a 0, com gols de Neca, Eduardo, Ely Carlos e Ely Mendes.
No segundo confronto contra o Internacional, desta vez no Mineirão, o Cruzeiro manteve o controle do jogo, mas o placar terminou empatado em 0 a 0. Mesmo sem a vitória, o resultado deixou o time mineiro em uma posição confortável no grupo. A partida final das semifinais foi novamente contra a Portuguesa, agora em Belo Horizonte, e o Cruzeiro garantiu sua classificação com uma vitória por 2 a 1, com gols de Lívio e Nelinho.
Com três vitórias e um empate, o Cruzeiro terminou a liderança do grupo com 7 pontos, garantindo sua vaga na final.
Enquanto isso, no Grupo 1, o Boca Juniors, da Argentina, enfrentou Deportivo Cali, da Colômbia, e Libertad, do Paraguai. O Boca fez uma campanha invicta, vencendo dois jogos e empatando outros dois, o que foi suficiente para garantir o primeiro lugar do grupo e a vaga na final. A equipe argentina mostrou força em jogos duros, destacando-se em casa e administrando bem seus resultados fora.
Com as semifinais concluídas, o cenário estava pronto para a grande decisão entre Cruzeiro e Boca Juniors, duas equipes tradicionais do continente que buscavam a glória máxima do futebol sul-americano em 1977.
Finais
A primeira partida da final da Libertadores de 1977
entre Cruzeiro e Boca Juniors aconteceu no dia 6 de setembro, em La Bombonera, Buenos Aires, diante de 60 mil torcedores. O Boca Juniors, conhecido por seu estilo defensivo e eficiente, começou pressionando o Cruzeiro, surpreendendo com um gol logo aos 4 minutos de jogo. Após uma jogada pela esquerda, Felman cruzou e, após um desvio, a bola sobrou para Veglio, que aproveitou o erro de Morais e finalizou na saída do goleiro Raul, abrindo o placar.
O Boca, a partir daí, controlou o ritmo da partida, alternando momentos de pressão com recuos estratégicos, enquanto o Cruzeiro, com um meio-campo desorganizado e um ataque ineficaz, teve dificuldades em reagir. Segundo a crítica, o time celeste jogou mal, com destaque apenas para o goleiro Raul e o atacante Joãozinho, que pouco pôde fazer diante da forte marcação argentina.
A derrota por 1 a 0 deixou o Cruzeiro em uma situação delicada, e o clima interno também foi de tensão. No retorno a Belo Horizonte, o técnico Yustrich e o jogador Eduardo Amorim discordaram sobre a estratégia adotada, com Amorim criticando o esquema defensivo montado para o confronto. Além disso, a delegação ainda enfrentou um susto no voo de volta, quando uma falha no trem de pouso do avião quase resultou em um pouso de emergência, mas, felizmente, tudo terminou bem.
A primeira partida da final da Libertadores de 1977
entre Cruzeiro e Boca Juniors aconteceu no dia 6 de setembro, em La Bombonera, Buenos Aires, diante de 60 mil torcedores. O Boca Juniors, conhecido por seu estilo defensivo e eficiente, começou pressionando o Cruzeiro, surpreendendo com um gol logo aos 4 minutos de jogo. Após uma jogada pela esquerda, Felman cruzou e, após um desvio, a bola sobrou para Veglio, que aproveitou o erro de Morais e finalizou na saída do goleiro Raul, abrindo o placar.
O Boca, a partir daí, controlou o ritmo da partida, alternando momentos de pressão com recuos estratégicos, enquanto o Cruzeiro, com um meio-campo desorganizado e um ataque ineficaz, teve dificuldades em reagir. Segundo a crítica, o time celeste jogou mal, com destaque apenas para o goleiro Raul e o atacante Joãozinho, que pouco pôde fazer diante da forte marcação argentina.
A derrota por 1 a 0 deixou o Cruzeiro em uma situação delicada, e o clima interno também foi de tensão. No retorno a Belo Horizonte, o técnico Yustrich e o jogador Eduardo Amorim discordaram sobre a estratégia adotada, com Amorim criticando o esquema defensivo montado para o confronto. Além disso, a delegação ainda enfrentou um susto no voo de volta, quando uma falha no trem de pouso do avião quase resultou em um pouso de emergência, mas, felizmente, tudo terminou bem.
A segunda partida
entre Cruzeiro e Boca Juniors aconteceu no dia 11 de setembro, no Mineirão, com mais de 80 mil torcedores presentes. O Cruzeiro, que precisava vencer para forçar um terceiro jogo, começou pressionando o time argentino desde o início, enquanto o Boca Juniors, que havia vencido o primeiro confronto, jogava fechado, esperando explorar contra-ataques.
Escalações:
Cruzeiro: Raúl, Nelinho, Morais, Darcy Menezes, Vanderley, Zé Carlos, Eduardo, Ely Carlos (Livio), Ely Mendes, Neca, Joãozinho.
Boca Juniors: Gatti, Pernía, Tesare, Mouzo, Tarantini, Ribolzi, Suñé, Zanabria, Mastrángelo, Veglio (Pavón), Felman (Ortiz).
O Cruzeiro teve dificuldades para furar a defesa argentina. Aos 13 minutos, o Boca quase abriu o placar com Mastrángelo, mas o goleiro Raúl fez uma grande defesa, mantendo o jogo empatado. O time celeste insistia no ataque e chegou a balançar as redes aos 21 minutos com Neca, mas o gol foi anulado por impedimento, frustrando a torcida.
No segundo tempo, o Boca se fechou ainda mais, abdicando de atacar, e usou a catimba e a cera para segurar o resultado. O nervosismo tomava conta do Cruzeiro e da torcida, até que, aos 30 minutos, Eli Mendes sofreu uma falta na entrada da área. Nelinho se preparou para a cobrança e, em um chute forte e com efeito, acertou o ângulo esquerdo de Gatti, sem chances de defesa. Cruzeiro 1x0.
O gol de Nelinho foi o suficiente para garantir a vitória celeste, forçando um terceiro jogo. Após a partida, o técnico Yustrich, que chegou a invadir o campo para abraçar Nelinho antes da cobrança, revelou que tinha dito ao jogador que ele era o melhor do mundo e que marcaria o gol decisivo, o que de fato aconteceu.
A terceira e decisiva partida
entre Cruzeiro e Boca Juniors ocorreu no dia 14 de setembro, no estádio Centenário, em Montevidéu. Com 60 mil torcedores presentes, a maioria deles argentinos, o clima era de muita pressão. O tempo chuvoso deixou o campo enlameado, tornando o jogo ainda mais truncado e dificultando as ações de ataque de ambas as equipes, conhecidas por suas características defensivas.
Escalações:
Cruzeiro: Raúl, Nelinho (Mariano), Morais, Darcy Menezes, Vanderley, Zé Carlos, Eduardo, Ely Carlos (Livio), Ely Mendes, Neca, Joãozinho.
Boca Juniors: Gatti, Pernía, Tesare, Mouzo, Tarantini, JJ Benítez (Ribolzi, Peacock), Suñé, Zanabria, Mastrángelo, Veglio, Felman.
O Cruzeiro pouco conseguiu ameaçar durante o jogo, chutando apenas quatro vezes a gol em 120 minutos de jogo, incluindo a prorrogação. Para piorar, Nelinho, uma das principais armas ofensivas do time, precisou deixar o campo aos 15 minutos do primeiro tempo por lesão, sendo substituído por Mariano. O Boca Juniors também encontrou dificuldades, e o empate sem gols persistiu até o final do tempo normal e da prorrogação.
A decisão foi então para os pênaltis, algo inédito na história da Libertadores até aquele momento. As primeiras nove cobranças foram convertidas: Mouzo, Tesare, Zanabria, Pernía e Felman marcaram para o Boca, enquanto Darcy Menezes, Neca, Morais e Lívio anotaram para o Cruzeiro. A responsabilidade da última cobrança ficou com Vanderlei, um dos jogadores mais regulares da equipe desde 1970. Infelizmente, seu chute saiu sem muita força, no canto esquerdo, e o goleiro Gatti defendeu, garantindo a vitória do Boca Juniors.
Pela primeira vez, o Boca conquistava o título da Libertadores, enquanto o Cruzeiro viu seu sonho do bicampeonato ruir nos segundos finais. Vanderlei, injustamente, acabou carregando o peso da derrota, mesmo sendo apenas um detalhe em uma disputa acirrada.
CAMPEONATO MINEIRO 1977
O Campeonato Mineiro de 1977 foi a 63ª edição do principal torneio de futebol de Minas Gerais, conhecido por sua tradição e competitividade. Contando com a participação de 12 clubes, o campeonato foi disputado em dois turnos distintos, onde os vencedores de cada turno se enfrentariam em uma série decisiva para a definição do campeão.
Entre os participantes estavam clubes tradicionais, como Cruzeiro, Atlético Mineiro e América, todos de Belo Horizonte, além de times de outras regiões do estado, como Caldense, de Poços de Caldas, e Uberlândia, do Triângulo Mineiro. A diversidade de clubes de diferentes cidades aumentava a competitividade e atraía torcedores de várias partes do estado.
O Cruzeiro, que vinha de uma campanha intensa na Libertadores da América e de um desempenho de destaque em competições nacionais, chegou ao Campeonato Mineiro com grande expectativa. O time buscava reafirmar sua hegemonia no estado, sendo um dos favoritos ao título, graças ao elenco de qualidade e à força demonstrada em torneios anteriores. A pressão era grande, mas o Cruzeiro estava determinado a lutar pelo campeonato e confirmar seu domínio no futebol mineiro.
Entre os participantes estavam clubes tradicionais, como Cruzeiro, Atlético Mineiro e América, todos de Belo Horizonte, além de times de outras regiões do estado, como Caldense, de Poços de Caldas, e Uberlândia, do Triângulo Mineiro. A diversidade de clubes de diferentes cidades aumentava a competitividade e atraía torcedores de várias partes do estado.
O Cruzeiro, que vinha de uma campanha intensa na Libertadores da América e de um desempenho de destaque em competições nacionais, chegou ao Campeonato Mineiro com grande expectativa. O time buscava reafirmar sua hegemonia no estado, sendo um dos favoritos ao título, graças ao elenco de qualidade e à força demonstrada em torneios anteriores. A pressão era grande, mas o Cruzeiro estava determinado a lutar pelo campeonato e confirmar seu domínio no futebol mineiro.
Na primeira fase do Campeonato Mineiro de 1977,
o Cruzeiro teve um desempenho sólido, mostrando a força de seu elenco ao longo das 11 rodadas. A equipe começou de maneira avassaladora, vencendo o Valeriodoce por 5 a 1 no Mineirão, com destaque para Eli Carlos, que marcou três gols. Na sequência, o Cruzeiro seguiu embalado com vitórias expressivas, como o 3 a 0 sobre o Nacional e o 2 a 0 contra o Villa Nova.
Mesmo fora de casa, o time celeste manteve a regularidade, vencendo adversários como o Uberlândia, por 1 a 0, e o Uberaba, por 3 a 0. Eli Carlos se consolidou como um dos principais nomes do time, marcando gols importantes em várias partidas. A única derrota aconteceu na 10ª rodada, quando o Cruzeiro foi superado pelo Atlético por 3 a 0 no clássico disputado no Mineirão.
Ao final da primeira fase, o Cruzeiro somou 9 vitórias, 1 empate e 1 derrota, com 25 gols marcados e apenas 5 sofridos. Apesar da excelente campanha, o Atlético terminou em primeiro lugar e se classificou diretamente para a final. O Cruzeiro, no entanto, manteve-se como um dos favoritos para o título, buscando vencer o segundo turno para garantir sua vaga na decisão.
Na segunda fase do Campeonato Mineiro de 1977,
o Cruzeiro entrou em campo determinado a conquistar sua vaga na grande final, e logo mostrou sua força. A equipe começou com uma goleada de 3 a 0 sobre o Uberaba, com Neca marcando dois gols e Joãozinho fechando o placar. Na rodada seguinte, mais uma vitória sólida, desta vez contra o Nacional, por 2 a 0, com Eli Carlos e Joãozinho balançando as redes.
O time seguiu com grandes atuações, vencendo a URT por 3 a 0 fora de casa, com Nelinho sendo o destaque ao marcar dois gols, e Neca completando o placar. Contra o Villa Nova, o Cruzeiro manteve o ritmo, vencendo por 2 a 0 com gols de Joãozinho e Revétria. Nas rodadas seguintes, a equipe garantiu mais vitórias, derrotando o ESAB por 2 a 0 e a Caldense por 2 a 1, em um jogo equilibrado, com Eli Carlos e Neca marcando para o Cruzeiro.
Apesar de uma campanha praticamente impecável, a equipe sofreu sua única derrota na sétima rodada, quando foi surpreendida pelo América e perdeu por 1 a 0, com Gil marcando o único gol do jogo. Mesmo com o tropeço, o Cruzeiro se recuperou rapidamente, vencendo o Valeriodoce por 1 a 0 fora de casa, com gol de Eduardo. Na rodada seguinte, o Cruzeiro empatou em 0 a 0 com o Uberlândia, mas logo voltou a vencer, goleando o Guarani por 3 a 0 com dois gols de Eli Carlos e um de Lívio.
No clássico contra o Atlético, na última rodada, o jogo terminou em um empate sem gols, resultado que garantiu ao Cruzeiro o título da segunda fase e, consequentemente, a vaga na final do campeonato. Com 8 vitórias, 2 empates e apenas 1 derrota, o Cruzeiro terminou a fase com 18 pontos e 18 gols marcados, mostrando novamente sua força e a expectativa de buscar o título estadual na decisão.
o Cruzeiro entrou em campo determinado a conquistar sua vaga na grande final, e logo mostrou sua força. A equipe começou com uma goleada de 3 a 0 sobre o Uberaba, com Neca marcando dois gols e Joãozinho fechando o placar. Na rodada seguinte, mais uma vitória sólida, desta vez contra o Nacional, por 2 a 0, com Eli Carlos e Joãozinho balançando as redes.
O time seguiu com grandes atuações, vencendo a URT por 3 a 0 fora de casa, com Nelinho sendo o destaque ao marcar dois gols, e Neca completando o placar. Contra o Villa Nova, o Cruzeiro manteve o ritmo, vencendo por 2 a 0 com gols de Joãozinho e Revétria. Nas rodadas seguintes, a equipe garantiu mais vitórias, derrotando o ESAB por 2 a 0 e a Caldense por 2 a 1, em um jogo equilibrado, com Eli Carlos e Neca marcando para o Cruzeiro.
Apesar de uma campanha praticamente impecável, a equipe sofreu sua única derrota na sétima rodada, quando foi surpreendida pelo América e perdeu por 1 a 0, com Gil marcando o único gol do jogo. Mesmo com o tropeço, o Cruzeiro se recuperou rapidamente, vencendo o Valeriodoce por 1 a 0 fora de casa, com gol de Eduardo. Na rodada seguinte, o Cruzeiro empatou em 0 a 0 com o Uberlândia, mas logo voltou a vencer, goleando o Guarani por 3 a 0 com dois gols de Eli Carlos e um de Lívio.
No clássico contra o Atlético, na última rodada, o jogo terminou em um empate sem gols, resultado que garantiu ao Cruzeiro o título da segunda fase e, consequentemente, a vaga na final do campeonato. Com 8 vitórias, 2 empates e apenas 1 derrota, o Cruzeiro terminou a fase com 18 pontos e 18 gols marcados, mostrando novamente sua força e a expectativa de buscar o título estadual na decisão.
A final do Campeonato Mineiro de 1977,
prometia ser um confronto histórico, especialmente para o Cruzeiro, que chegava abalado pela recente perda da Libertadores para o Boca Juniors, nos pênaltis, apenas onze dias antes. A derrota continental pesava nos ombros do elenco cruzeirense, que via na final do estadual uma oportunidade de amenizar a frustração e conquistar um título importante para fechar o ano com um saldo positivo.
Do outro lado, o Atlético estava em um momento brilhante e carregava o favoritismo para a decisão. Com uma campanha impecável, o time de Lourdes era visto como praticamente imbatível, e aquele elenco seguiria para conquistar o vice-campeonato brasileiro de forma invicta. Mesmo com esse cenário, o Cruzeiro, com seu histórico de superação e força em momentos decisivos, buscava desafiar as expectativas e brigar pelo título mineiro.
A final prometia um duelo de gigantes, onde o Cruzeiro precisava virar rapidamente a página da derrota recente e focar em derrubar o rival que vivia uma fase de grande confiança e superioridade técnica. A tensão e a expectativa eram enormes, já que, para os cruzeirenses, vencer o estadual seria mais do que uma conquista — seria uma redenção após a amarga derrota na Libertadores.
prometia ser um confronto histórico, especialmente para o Cruzeiro, que chegava abalado pela recente perda da Libertadores para o Boca Juniors, nos pênaltis, apenas onze dias antes. A derrota continental pesava nos ombros do elenco cruzeirense, que via na final do estadual uma oportunidade de amenizar a frustração e conquistar um título importante para fechar o ano com um saldo positivo.
Do outro lado, o Atlético estava em um momento brilhante e carregava o favoritismo para a decisão. Com uma campanha impecável, o time de Lourdes era visto como praticamente imbatível, e aquele elenco seguiria para conquistar o vice-campeonato brasileiro de forma invicta. Mesmo com esse cenário, o Cruzeiro, com seu histórico de superação e força em momentos decisivos, buscava desafiar as expectativas e brigar pelo título mineiro.
A final prometia um duelo de gigantes, onde o Cruzeiro precisava virar rapidamente a página da derrota recente e focar em derrubar o rival que vivia uma fase de grande confiança e superioridade técnica. A tensão e a expectativa eram enormes, já que, para os cruzeirenses, vencer o estadual seria mais do que uma conquista — seria uma redenção após a amarga derrota na Libertadores.
A Primeira partida da Final
No dia 25 de setembro de 1977, Cruzeiro e Atlético-MG se enfrentaram no Mineirão para a primeira partida da final do Campeonato Mineiro. Com 61.698 torcedores presentes, o estádio estava em ebulição, refletindo a expectativa e a tensão do clássico que prometia ser decisivo para a temporada. Para o Cruzeiro, o confronto era uma chance de redenção. Já o Atlético vivia um momento de grande confiança, e a atmosfera do estádio favorecia o time atleticano.
O jogo foi equilibrado, com ambas as equipes buscando a vitória, mas quem saiu na frente foi o Atlético, com Danival marcando o único gol da partida. O placar de 1 a 0 deu aos atleticanos uma sensação de que o título já estava nas mãos, levando muitos a comemorarem prematuramente. O Cruzeiro, apesar da luta em campo, não conseguiu furar a defesa adversária e acabou saindo em desvantagem para o jogo de volta.
Após o apito final, o clima de euforia no lado atleticano ficou ainda mais evidente. Toninho Cerezo, um dos destaques do Atlético, chegou a levar a taça para o vestiário, confiante de que a vitória já estava garantida. Em entrevista a uma rádio local, Cerezo provocou, afirmando que a torcida do Galo já podia comemorar o título no próximo jogo e que, com ele, Reinaldo, Paulo Isidoro e Marcelo Oliveira em campo, o Atlético jamais perderia para o Cruzeiro.
A declaração aumentou ainda mais a pressão sobre o time estrelado. O Cruzeiro sabia que precisava superar as adversidades, tanto dentro quanto fora de campo, para reverter a situação no segundo jogo e manter viva a esperança do título.
No dia 25 de setembro de 1977, Cruzeiro e Atlético-MG se enfrentaram no Mineirão para a primeira partida da final do Campeonato Mineiro. Com 61.698 torcedores presentes, o estádio estava em ebulição, refletindo a expectativa e a tensão do clássico que prometia ser decisivo para a temporada. Para o Cruzeiro, o confronto era uma chance de redenção. Já o Atlético vivia um momento de grande confiança, e a atmosfera do estádio favorecia o time atleticano.
O jogo foi equilibrado, com ambas as equipes buscando a vitória, mas quem saiu na frente foi o Atlético, com Danival marcando o único gol da partida. O placar de 1 a 0 deu aos atleticanos uma sensação de que o título já estava nas mãos, levando muitos a comemorarem prematuramente. O Cruzeiro, apesar da luta em campo, não conseguiu furar a defesa adversária e acabou saindo em desvantagem para o jogo de volta.
Após o apito final, o clima de euforia no lado atleticano ficou ainda mais evidente. Toninho Cerezo, um dos destaques do Atlético, chegou a levar a taça para o vestiário, confiante de que a vitória já estava garantida. Em entrevista a uma rádio local, Cerezo provocou, afirmando que a torcida do Galo já podia comemorar o título no próximo jogo e que, com ele, Reinaldo, Paulo Isidoro e Marcelo Oliveira em campo, o Atlético jamais perderia para o Cruzeiro.
A declaração aumentou ainda mais a pressão sobre o time estrelado. O Cruzeiro sabia que precisava superar as adversidades, tanto dentro quanto fora de campo, para reverter a situação no segundo jogo e manter viva a esperança do título.
Revétria, o predestinado!
No dia 2 de outubro de 1977, o Cruzeiro entrou em campo para o segundo jogo da final do Campeonato Mineiro com uma missão clara: vencer o Atlético e forçar um terceiro confronto. Após perder a primeira partida e com um jejum de cinco clássicos sem vitórias sobre o rival, o time estrelado sentia o peso da responsabilidade. O Mineirão estava lotado, e a torcida atleticana já celebrava antecipadamente, embalada pelas provocações de Toninho Cerezo e a vitória parcial na decisão anterior.
O jogo começou com um baque para o Cruzeiro. Logo aos 5 minutos, Marinho abriu o placar para o Atlético, fazendo a torcida adversária vibrar e entoar o grito de "campeão". Para muitos, aquele gol parecia selar o destino do título. O Cruzeiro, no entanto, não se abateu. A equipe sabia que o futebol reserva momentos inesperados, e foi justamente o que aconteceu.
Aos 20 minutos do primeiro tempo, brilhou a estrela de Revétria. O uruguaio, com um faro de gol apurado, aproveitou uma oportunidade e balançou as redes, empatando o jogo em 1 a 1 e silenciando momentaneamente a torcida adversária. O gol trouxe novo ânimo ao time e à torcida celeste, que voltava a acreditar na virada.
Na volta para o segundo tempo, o Cruzeiro mostrou toda sua garra e determinação. Aos 10 minutos, novamente Revétria, como um predestinado, marcou o segundo gol, virando a partida para o Cruzeiro. E a torcida celeste mal teve tempo de celebrar quando, dois minutos depois, aos 12 minutos, Revétria fez o terceiro, completando um hat-trick inesquecível. Era uma virada histórica! O placar de 3 a 1 explodiu em alegria nas arquibancadas cruzeirenses, enquanto o Atlético via o título escorrer pelas mãos.
Nos minutos finais, Reinaldo ainda diminuiu para o Atlético, mas já era tarde. O Cruzeiro venceu por 3 a 2, com a estrela de Revétria brilhando intensamente, garantindo a decisão do campeonato para uma terceira e decisiva partida. Naquele dia, o uruguaio entrou para a história do clube, sendo o herói de uma das viradas mais marcantes da história do clássico mineiro. A confiança atleticana foi colocada à prova, e o Cruzeiro mostrou que, no futebol, nunca se pode duvidar do espírito de luta de um time determinado.
Cruzeiro Campeão!
No dia 9 de outubro de 1977, o Mineirão se transformou em um verdadeiro caldeirão para a terceira e decisiva partida da final do Campeonato Mineiro. Com mais de 122 mil torcedores nas arquibancadas, a atmosfera estava elétrica, carregada de expectativa e emoção. O Cruzeiro, após uma virada épica na partida anterior, tinha a chance de conquistar o título e apagar as dores das derrotas anteriores.
A partida começou intensa, com o Atlético se mostrando agressivo e determinado. O primeiro tempo foi marcado por uma disputa acirrada, onde o rival aproveitou um momento de descuido da defesa celeste para abrir o placar aos 35 minutos. A frustração tomou conta dos torcedores cruzeirenses, que viram o time adversário jogar melhor naquela primeira etapa. O intervalo chegou, e a torcida da Raposa estava envolta em um misto de ansiedade e desânimo. Tudo parecia indicar que o título poderia escapar mais uma vez.
Mas o Cruzeiro é um time que nunca desiste. A segunda etapa começou, e a esperança renasceu na torcida. Aos 25 minutos, Revétria, que já havia se consagrado nas partidas anteriores, recebeu a bola e, com a confiança de um verdadeiro craque, mandou para as redes, empatando a partida. O grito de “É gol!” ecoou pelo Mineirão, e a emoção tomou conta dos torcedores. O jogo estava empatado, e a energia nas arquibancadas voltou a subir.
Com o placar em 1 a 1, as emoções aumentaram ainda mais. O tempo regulamentar se esgotou, e a partida foi para a prorrogação. Os ânimos estavam à flor da pele, e cada lance parecia ser decisivo. O coração dos torcedores pulsava forte, e a tensão era notável.
Aos 7 minutos do primeiro tempo da prorrogação, um momento inesperado mudou a trajetória do jogo: Vantuir Galdino, do Atlético, marcou contra, colocando o Cruzeiro na frente por 2 a 1. O estádio explodiu em alegria! A virada estava consumada, e a torcida celeste viu a esperança se transformar em realidade.
Com o espírito elevado, o Cruzeiro não parou por aí. Aos 14 minutos do segundo tempo da prorrogação, faltando 1 minuto para o final da partida, Joãozinho recebeu um lindo passe, conduziu a bola com maestria e, na hora certa, bateu na saída do goleiro Ortiz. O gol foi marcado, e o Mineirão se transformou em um mar de alegria. O narrador Vilibaldo Alves, da Itatiaia, imortalizou o momento com suas palavras: “Mais uma vez, torcedor do Atlético, receba o meu abraço, você é um sofredor!”
No dia 9 de outubro de 1977, o Mineirão se transformou em um verdadeiro caldeirão para a terceira e decisiva partida da final do Campeonato Mineiro. Com mais de 122 mil torcedores nas arquibancadas, a atmosfera estava elétrica, carregada de expectativa e emoção. O Cruzeiro, após uma virada épica na partida anterior, tinha a chance de conquistar o título e apagar as dores das derrotas anteriores.
A partida começou intensa, com o Atlético se mostrando agressivo e determinado. O primeiro tempo foi marcado por uma disputa acirrada, onde o rival aproveitou um momento de descuido da defesa celeste para abrir o placar aos 35 minutos. A frustração tomou conta dos torcedores cruzeirenses, que viram o time adversário jogar melhor naquela primeira etapa. O intervalo chegou, e a torcida da Raposa estava envolta em um misto de ansiedade e desânimo. Tudo parecia indicar que o título poderia escapar mais uma vez.
Mas o Cruzeiro é um time que nunca desiste. A segunda etapa começou, e a esperança renasceu na torcida. Aos 25 minutos, Revétria, que já havia se consagrado nas partidas anteriores, recebeu a bola e, com a confiança de um verdadeiro craque, mandou para as redes, empatando a partida. O grito de “É gol!” ecoou pelo Mineirão, e a emoção tomou conta dos torcedores. O jogo estava empatado, e a energia nas arquibancadas voltou a subir.
Com o placar em 1 a 1, as emoções aumentaram ainda mais. O tempo regulamentar se esgotou, e a partida foi para a prorrogação. Os ânimos estavam à flor da pele, e cada lance parecia ser decisivo. O coração dos torcedores pulsava forte, e a tensão era notável.
Aos 7 minutos do primeiro tempo da prorrogação, um momento inesperado mudou a trajetória do jogo: Vantuir Galdino, do Atlético, marcou contra, colocando o Cruzeiro na frente por 2 a 1. O estádio explodiu em alegria! A virada estava consumada, e a torcida celeste viu a esperança se transformar em realidade.
Com o espírito elevado, o Cruzeiro não parou por aí. Aos 14 minutos do segundo tempo da prorrogação, faltando 1 minuto para o final da partida, Joãozinho recebeu um lindo passe, conduziu a bola com maestria e, na hora certa, bateu na saída do goleiro Ortiz. O gol foi marcado, e o Mineirão se transformou em um mar de alegria. O narrador Vilibaldo Alves, da Itatiaia, imortalizou o momento com suas palavras: “Mais uma vez, torcedor do Atlético, receba o meu abraço, você é um sofredor!”
Com o placar de 3 a 1 a favor do Cruzeiro, o árbitro Márcio Campos Salles apitou o fim da partida. O grito de “campeão” ecoou em cada canto do estádio, enquanto os jogadores se abraçavam em uma celebração emocionante. O Cruzeiro se consagrava campeão mineiro de 1977, encerrando um ciclo de jejum e trazendo de volta a alegria para a torcida celeste. E Eli Carlos, com seus 17 gols, brilhou como artilheiro da competição, um verdadeiro símbolo de superação e conquista em um ano inesquecível para o Cruzeiro Esporte Clube.
“O Cruzeiro havia perdido o primeiro jogo da final e o Felício Brandi resolveu contratar um mestre motivacional para dar uma palestra na véspera do segundo jogo. Como o Cruzeiro venceu a segunda partida, também chamou esse motivador para dar nova palestra no sábado antes do terceiro jogo. E vencemos! Na segunda-feira, Brandi mandou entregar ao motivador uma faixa e uma medalha de campeão. Detalhe: Esse mestre chamava-se Wilson Tropia e era primo da minha mãe. Mal sabia o Brandi que o Wilson Tropia era atleticano!” Conta Marcus Vinícius Tropia Barreto.
Fontes: Almanaque do Cruzeiro Esporte Clube 1921-2013- RIBEIRO, Henrique,
Portal Terra, Jornal Estado de Minas e Rsssfbrasil.
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