Campeonatos

Nos anos de 1957 a 1959, o mundo vivia momentos de intensa transformação tanto política quanto desportivamente. Em 1957, as primeiras greves de trabalhadores começaram, somando 65 paralisações até o final do ano, marcadas pela exigência de aumento salarial devido à alta inflação. No início de 1959, a Revolução Cubana culminou em janeiro, reconfigurando o cenário político na América Latina.
No campo desportivo, o Brasil também se destacava. Em 31 de janeiro de 1959, a Seleção Brasileira de Basquetebol Masculino conquistou seu primeiro título no Campeonato Mundial de Basquetebol ao vencer o Chile em Santiago.
No futebol, o ano marcou o início do Campeonato Brasileiro, com os campeões estaduais disputando o título nacional. Em março, o Bahia sagrou-se campeão brasileiro ao vencer o Santos de Pelé por 3 a 1 no Maracanã, garantindo assim sua participação na primeira Taça Libertadores, em 1960.
Além disso, o impacto da Copa do Mundo FIFA de 1958, na Suécia, foi significativo para o Brasil em 1959. A seleção brasileira de futebol conquistou seu primeiro título mundial, marcando uma era de mudanças e crescimento para o esporte no país. A vitória não só elevou o status do futebol brasileiro internacionalmente, mas também inspirou uma nova geração de talentos e impulsionou o desenvolvimento do esporte no cenário nacional nos anos seguintes.
Nos anos que antecederam a década de 1960, o Cruzeiro Esporte Clube vivenciou uma fase de desafios e esperanças, moldando sua trajetória no futebol brasileiro. Em 1957, após não conseguir repetir o sucesso anterior, o clube terminou em 5º lugar no campeonato, enquanto enfrentava um cenário inovador e controverso: as primeiras transmissões de futebol em Minas Gerais pela TV Itacolomi. O Barro Preto, casa do Cruzeiro, percebendo que as transmissões poderiam reduzir a presença de torcedores nos estádios, proibiu a entrada da TV no estádio. Cinegrafistas então tentaram captar imagens do telhado do prédio ao lado, mas foram impedidos por funcionários que taparam as câmeras com panos, gerando um embate midiático que ecoou nos jornais da época.

No ano seguinte, 1958, o Cruzeiro reforçou suas fileiras com contratações estratégicas como a de Amaury de Castro, visando acabar com uma década de jejum de títulos. A campanha brilhante garantiu-lhes o título simbólico do primeiro turno, até que uma controvérsia inesperada alterou o curso do campeonato. O rival América alegou que as traves estavam menores em um jogo contra o Uberaba, obtendo a anulação da partida e a sua remarcação, o que acabou favorecendo-os na disputa pelo título do turno. A importância de vencer o primeiro turno era clara: assegurava a vaga na final, mas o Cruzeiro viu o Atlético Mineiro levar o segundo turno e enfrentar o América na decisão, um clássico que marcou o futebol mineiro.
O ano de 1959 trouxe consigo mudanças significativas para o Cruzeiro. Sob a liderança do técnico Adelino, ídolo reconhecido nos campos, o clube apostou em uma renovação. A camisa com as estrelas soltas simbolizava uma nova era, enquanto Felício Brandi, um dos grandes dirigentes da história do futebol, assumia como diretor. Felício trouxe do extinto Renascença o talentoso zagueiro Procópio Cardoso, nascido em Salinas, que se tornaria uma muralha na defesa cruzeirense. Além disso, o retorno de Abelardo, o Flecha Azul, reforçou o ataque celeste, preparando o time para os desafios vindouros.
Esses anos foram marcados por lutas nos bastidores e na busca por superar adversidades, moldando o Cruzeiro para a glória que viria em breve. A história desses anos não apenas ilustra a determinação do clube, mas também revela os bastidores turbulentos do futebol brasileiro da época, onde rivalidades, controvérsias e inovações se entrelaçavam no caminho em direção à conquista.


O Campeonato Mineiro de 1959
O Campeonato Mineiro de 1959 trouxe mudanças significativas que marcaram uma nova era no futebol do estado. Até 1958, a competição era conhecida como Campeonato Citadino de Belo Horizonte ou Campeonato da Cidade, envolvendo clubes da capital e de municípios próximos como Nova Lima, Sete Lagoas, Barão de Cocais, Conselheiro Lafaiete e Sabará. Também existia uma liga paralela disputada em Juiz de Fora. No entanto, a partir de 1958, a fórmula de disputa foi alterada para incluir clubes de todas as regiões de Minas Gerais, transformando-se oficialmente no Campeonato Mineiro. Essa nova configuração atendeu aos anseios da Confederação Brasileira de Desportos (CBD) e abriu vagas para os clubes mineiros na disputa da Taça Brasil, um torneio de alcance nacional que começou a ser disputado em 1959.
O Campeonato Mineiro de 1959 contou com a participação de 17 clubes, divididos em duas fases. Na primeira fase, os times foram separados em três grupos regionais: Zona Central, Zona do Sertão e Zona Metalúrgica. Cada grupo jogou em sistema de pontos corridos, com partidas de ida e volta. Os melhores classificados de cada grupo avançaram para a segunda fase, também disputada em pontos corridos.
No Grupo da Zona Central, os clubes participantes incluíam Cruzeiro, Atlético, América, Renascença e Sete de Setembro, todos de Belo Horizonte, além do Uberaba, da cidade de Uberaba. O Cruzeiro, um dos favoritos, enfrentava a dura concorrência de seus rivais tradicionais, Atlético e América, bem como de outros clubes emergentes.
O Grupo da Zona do Sertão contava com o Democrata e o Bela Vista, ambos de Sete Lagoas, Asas, de Lagoa Santa, Guarani, de Divinópolis, Curvelo e Pedro Leopoldo. Esta zona reunia clubes de regiões mais afastadas da capital, refletindo a expansão do futebol mineiro para além dos limites metropolitanos.
Já o Grupo da Zona Metalúrgica era composto por Villa Nova, de Nova Lima, Metalusina, de Barão de Cocais, Meridional, de Conselheiro Lafaiete, Siderúrgica, de Sabará, e Valeriodoce, de Itabira. Esta zona destacou-se pela presença de clubes de cidades com forte atividade industrial, refletindo a importância econômica e social dessas regiões para o estado.
No primeiro turno, os clubes de cada grupo enfrentaram-se em partidas emocionantes e disputadas, buscando a melhor colocação para se classificarem para a fase final. A competição intensa e equilibrada revelou talentos e consolidou rivalidades, preparando o terreno para uma segunda fase ainda mais disputada.
A participação do Cruzeiro na primeira fase do Campeonato Mineiro de 1959 foi marcada por desafios e momentos de superação. O grupo Zona Central, composto pelos maiores rivais e adversários tradicionais, exigiu do clube estrelado uma performance consistente para garantir a classificação à fase final.
A caminhada do Cruzeiro começou de forma promissora em 12 de julho, com uma vitória por 2 a 0 contra o Sete de Setembro, com Nelsinho marcando os dois gols. Esse início positivo trouxe esperanças para a torcida, que ansiava por uma campanha vitoriosa. No entanto, os jogos seguintes trouxeram uma sequência de resultados mistos que testaram a resiliência do time.
No dia 25 de julho, o Cruzeiro enfrentou o América em um eletrizante empate por 4 a 4. Os gols de Nelsinho e Hilton Oliveira pelo Cruzeiro destacaram a capacidade ofensiva do time, mas também evidenciaram falhas defensivas que permitiram ao América igualar o placar. 

Outras partidas disputadas pelo Cruzeiro, na primeira fase do campeonato.
 - 01 de agosto: Cruzeiro 1x1 Renascença / Gols: Nerival; Rafael      
 - 09 de agosto: Uberaba 2x2 Cruzeiro / Gols: Inimá, Reinaldo; Nelsinho (2)

 - 16 de agosto: Cruzeiro 1x0 Atlético / Gol: Mirim
 - 23 de agosto: Cruzeiro 0x0 América          
 - 12 de setembro: Sete de Setembro 0x1 Cruzeiro / Gol: Nelsinho
 - 19 de setembro: Renascença 1x1 Cruzeiro / Gols: Fernando; Abelardo
 - 04 de outubro: Atlético 3x1 Cruzeiro / Gols:  Tomazinho, Maurício (2); Abelardo
 - 11 de outubro: Cruzeiro 2x2 Uberaba / Gols:  Dirceu, Nerival; Zé Carlos, Paulinho

Diante das dificuldades enfrentadas, a diretoria do Cruzeiro decidiu agir. A mudança de treinador foi uma estratégia para reenergizar o time e buscar a consistência necessária para a fase decisiva. Adelino foi substituído por Niginho, um técnico com mais experiência e bagagem, que assumiu a missão de acabar com o jejum de títulos do clube, que já durava 14 anos, desde que o título de 1956 foi decidido no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).
A mudança surtiu efeito imediato. Na segunda fase, o Cruzeiro apresentou uma campanha excelente, vencendo 16 dos 20 jogos disputados, demonstrando uma nova determinação e capacidade técnica. A liderança de Niginho, aliada ao talento dos jogadores, transformou o time, preparando-o para conquistar o título e entrar para a história do futebol mineiro.
Primeiro turno – segunda fase:
 - 06 de dezembro: Renascença 0x4 Cruzeiro / Gols: Raimundinho (3), Amauri
 - 12 de dezembro: Cruzeiro 5x2 Meridional / Gols: Orlando (2), Gradim (3); Cabo Frio, Elmo
 - 17 de dezembro: Cruzeiro 2x1 Bela Vista / Gols: Abelardo, Nelsinho; Ivo
 - 20 de dezembro: Vila Nova 1x0 Cruzeiro / Gol: Jaime
 - 27 de dezembro: Cruzeiro 1x2 América / Gols: Abelardo; Gunga, Zuca
 - 07 de janeiro: Cruzeiro 3x0 Guarani / Gols: Raimundinho, Emerson, Abelardo
 - 10 de janeiro: Pedro Leopoldo 0x3 Cruzeiro / Gols: Nelsinho (2), Raimundinho
 - 14 de janeiro: Democrata 1x3 Cruzeiro / Gols: Preto; Nelsinho, Abelardo, Raimundinho
 - 17 de janeiro: Cruzeiro 2x1 Siderúrgica / Gols: Amauri, Raimundino; Paulo Fernandes
 - 24 de janeiro: Atlético 1x2 Cruzeiro / Gols:  Tomazinho; Emerson, Gradim
Segundo turno – segunda fase:
 - 31 de janeiro: Cruzeiro 2x1 Pedro Leopoldo / Gols: Amauri, Nelsinho; Zé Leite
 - 05 de fevereiro: Guarani 2x3 Cruzeiro/ Gols:  Moacir, Edinho; Emerson (2), Gradim
 - 07 de fevereiro: Meridional 1x1 Cruzeiro / Gols: Nésio; Amauri 
 - 11 de fevereiro: Cruzeiro 0 x 0 Vila Nova
 - 14 de fevereiro: Bela Vista 1x2 Cruzeiro/ Gols: Genuíno; Nelsinho, Amauri
 - 21 de fevereiro: Cruzeiro 3x2 Atlético / Gols: Dirceu, Amauri, Raimundinho; Laércio, Maurício
 - 24 de fevereiro: Siderúrgica 0x1 Cruzeiro / Gols: Raimundinho
 - 07 de março Cruzeiro 3x0 Renascença / Gols: Dirceu, Emerson, Raimundinho

O Campeonato Mineiro de 1959 foi marcado por intensas disputas e reviravoltas emocionantes, mas a reta final foi onde os deuses do futebol realmente se manifestaram a favor do Cruzeiro Esporte Clube. O time estrelado, sob a liderança de Niginho, vinha de uma campanha brilhante na segunda fase, e a cada rodada, a expectativa pelo título aumentava.
A decisão começou a se desenhar no dia 13 de março, quando o Cruzeiro enfrentou o América em um dos jogos mais esperados do campeonato.
A partida era crucial, pois o Cruzeiro liderava a tabela com três pontos de vantagem sobre o América, segundo colocado. O jogo, realizado no Estádio Independência, não era apenas uma disputa pelo título, mas também uma oportunidade de revanche para o Cruzeiro, que ainda sentia as cicatrizes da "tramoia" do campeonato de 1958, quando o América conseguiu anular uma partida crucial e tirou o Cruzeiro da final.

O estádio estava lotado. As torcidas enchiam as arquibancadas, com a torcida celeste ocupando o lado da rua Ismênia e parte da ferradura, enquanto a torcida do América tomava conta da arquibancada da rua Pitangui. A atmosfera era eletrizante, e a tensão podia ser sentida no ar.
O jogo começou duro e disputado, com ambas as equipes demonstrando grande determinação. O América saiu na frente com um gol de Capeta, um dos jogadores mais habilidosos e provocadores do time rival. No entanto, o Cruzeiro não se deixou abater. A equipe buscava não apenas a vitória, mas a redenção. Emerson, em uma performance memorável, marcou dois gols que viraram o jogo a favor do Cruzeiro. Com a vitória por 2 a 1, o Cruzeiro abriu uma vantagem significativa na tabela.
A torcida celeste explodiu em alegria. Em uma cena de pura euforia, os torcedores invadiram o gramado do Independência, carregando os jogadores nos ombros, celebrando o que já parecia ser a confirmação do título. A vitória sobre o América foi mais do que um simples resultado; foi um símbolo de superação e justiça, uma prova de que o Cruzeiro era capaz de vencer mesmo contra adversidades e controvérsias.
A festa da torcida celeste foi intensa e durou horas. Bandeiras foram agitadas, os jogadores foram abraçados e carregados em triunfo, e alguns torcedores chegaram a se ajoelhar no gramado, agradecendo pela tão esperada vitória. Para muitos, aquele momento representava o fim de um longo período de frustrações e o início de uma nova era de glórias para o clube.
Para confirmar o título, o Cruzeiro ainda tinha que enfrentar o Democrata em casa, no estádio JK, no dia 20 de março de 1960. A equipe entrou em campo com a confiança elevada e o apoio maciço da torcida. O jogo foi sem sustos, e o Cruzeiro garantiu a vitória com uma goleada de 3 a 1, com dois gols de Emerson e um de Hilton Oliveira. Com a vitória, os jogadores finalmente levantaram a taça, realizando a tão sonhada volta olímpica.
Naquele momento, o Cruzeiro não apenas conquistou o Campeonato Mineiro de 1959, mas também expurgou o maior tabu de sua história. A vitória representou mais do que um título; foi a afirmação de um clube que, com talento, determinação e paixão, superou todas as adversidades.
Os jogadores, agora heróis, foram celebrados por uma torcida que nunca desistiu. A conquista do Campeonato Mineiro de 1959 marcou o início de uma nova era para o Cruzeiro Esporte Clube, um período que seria lembrado para sempre na memória de seus torcedores. O clube do Barro Preto, onde o povo veste azul, mostrou que a perseverança e a união podem superar qualquer obstáculo, e o título de 1959 foi a prova definitiva dessa verdade.
A Força da Torcida Cruzeirense no Campeonato Mineiro de 1959
A trajetória do Cruzeiro no Campeonato Mineiro de 1959 não foi marcada apenas pelas vitórias em campo, mas também pela impressionante presença de sua torcida. Ao longo do campeonato, a paixão e o apoio dos torcedores cruzeirenses foram fundamentais para impulsionar o time rumo ao título, quebrando de vez a narrativa de que a torcida azul era apenas a terceira maior força do estado.
Um dos momentos mais emblemáticos dessa força foi registrado no clássico entre Cruzeiro e Atlético. Com 11.963 ingressos vendidos, a partida alcançou o maior público do campeonato, gerando uma renda de CR$ 1.198.300. Esse número não apenas demonstrou a capacidade de mobilização da torcida celeste, mas também evidenciou a sua importância no cenário esportivo mineiro.
Além disso, ao longo do campeonato, a torcida cruzeirense mostrou sua fidelidade e presença constante, quase empatando com o Atlético na arrecadação total. A diferença foi de apenas 3 mil cruzeiros, um valor que simboliza a competitividade e a paixão que a torcida azul trouxe a cada jogo.
A narrativa de que a torcida do Cruzeiro era a terceira maior força do estado não resistiu aos fatos. A presença massiva nos jogos, a energia contagiante nas arquibancadas e o apoio incondicional foram elementos decisivos para o sucesso do clube. Em momentos críticos, como na vitória crucial contra o América e na partida final contra o Democrata, a torcida foi o 12º jogador, empurrando o time para frente e celebrando cada gol com fervor.
O campeonato de 1959 foi um marco na história do Cruzeiro não apenas pelo título conquistado, mas também pela demonstração de força de sua torcida. A paixão dos torcedores celestes transformou o estádio em um verdadeiro caldeirão, onde os adversários sentiam a pressão e o apoio ao time da casa se tornava quase palpável.
Os números não mentem: a torcida do Cruzeiro mostrou-se uma força dominante, capaz de rivalizar com qualquer outra no estado. A diferença mínima na arrecadação total e os recordes de público são provas incontestáveis de que a torcida azul era, e continua sendo, uma das maiores e mais apaixonadas do futebol mineiro.
Concluindo o capítulo do Campeonato Mineiro de 1959, é impossível não reconhecer a importância da torcida cruzeirense na conquista do título. Com sua energia, lealdade e presença massiva, a torcida do Cruzeiro quebrou paradigmas e ajudou a escrever um dos capítulos mais gloriosos da história do clube. No Barro Preto, onde o povo veste azul, o futebol é vivido com intensidade, e o campeonato de 1959 é um testemunho eterno da força e da paixão dessa torcida inesquecível.

Amaury de Castro e Abelardo Dutra: Os Heróis do Campeonato Mineiro de 1959
A conquista do Campeonato Mineiro de 1959 pelo Cruzeiro Esporte Clube foi um marco histórico para o clube, e dois jogadores se destacaram de maneira especial nessa jornada: Amaury de Castro e Abelardo Dutra, o "Flecha Azul". Esses dois craques não apenas brilharam em campo, mas também deixaram um legado duradouro na história do clube.

Amaury de Castro: O Maestro do Meio-Campo
Amaury de Castro, um talentoso meio-campista, vestiu a camisa do Cruzeiro entre 1957 e 1962. Sua trajetória no futebol começou nas categorias de base do América-MG, mas, ainda jovem, decidiu se afastar do esporte para se concentrar nos estudos e buscar uma vaga na faculdade de medicina. Em 1954, Amaury voltou ao futebol ao assinar com o Sete de Setembro, de Belo Horizonte, conseguindo conciliar seus estudos com a paixão pelo futebol.
Sua habilidade em campo logo chamou a atenção. Em um amistoso entre o Sete de Setembro e o Cruzeiro, Amaury brilhou intensamente, marcando um gol e sendo o destaque da partida que terminou em 2 a 2. Esse desempenho lhe rendeu uma transferência para o Cruzeiro em 1957. No time celeste, Amaury rapidamente se estabeleceu como um dos pilares do meio-campo, conhecido por sua visão de jogo e precisão nos passes.
Durante sua passagem pelo Cruzeiro, Amaury foi fundamental na conquista do tricampeonato mineiro de 1959, 1960 e 1961. Sua capacidade de controlar o ritmo das partidas e criar oportunidades para seus companheiros foi crucial para o sucesso do time. Ao todo, ele disputou 233 partidas pelo Cruzeiro e marcou 40 gols, antes de se aposentar do futebol em 1962 para seguir a carreira de médico, uma prova de sua dedicação tanto ao esporte quanto aos estudos.

Abelardo Dutra: O Flecha Azul
Abelardo Dutra Meireles, mais conhecido como "Flecha Azul", fez sua estreia pelo Cruzeiro em outubro de 1946. Jogando ao lado de grandes nomes como Alcides, Ismael e Niginho, Abelardo rapidamente mostrou seu talento. Em 1948, com a aposentadoria de Niginho, ele assumiu a titularidade e se tornou o artilheiro do Cruzeiro no Campeonato Municipal de Belo Horizonte, marcando 18 gols.
Sua habilidade de marcar gols e sua velocidade impressionante fizeram de Abelardo um ícone do time. Em 1950, ele foi transferido para o Santos, onde continuou a brilhar. No entanto, sua conexão com o Cruzeiro permaneceu forte, e em 1959, ele retornou ao clube para vestir novamente a camisa 9. Como titular absoluto, Abelardo foi peça-chave na conquista do Campeonato Mineiro daquele ano.
Abelardo jogou 147 vezes pelo Cruzeiro e marcou 84 gols. Sua habilidade em finalizar jogadas e sua determinação em campo inspiraram tanto seus companheiros quanto a torcida. Sua carreira no futebol terminou de forma gloriosa, com a conquista do campeonato de 1959 sendo um dos pontos altos. Abelardo faleceu em 2016, aos 90 anos, mas seu legado como o "Flecha Azul" vive no coração dos cruzeirenses.
1959 PRIMEIRO JOGO COM UNIFORME COM AS CINCO ESTRELAS SOLTAS NO PEITO
1959 PRIMEIRO JOGO COM UNIFORME COM AS CINCO ESTRELAS SOLTAS NO PEITO
1959 final-mineiro--cruzeiro-x-democrata
1959 final-mineiro--cruzeiro-x-democrata
Fontes: rsssfbrasil, Livro Almanaque do Cruzeiro Esporte Clube, de Henrique Ribeiro.​​​​​​​

Veja mais:

Back to Top