Em 1987, o mundo vivia uma fase de mudanças intensas e novos horizontes se abriam em diversas esferas, da política à cultura, passando pela ciência e economia. O clima tenso da Guerra Fria começava a arrefecer, e, naquele ano, um passo decisivo foi dado para reduzir o
temor nuclear com o Acordo INF. Assinado entre Estados Unidos e União Soviética, o tratado simbolizava a busca de um novo equilíbrio entre as duas superpotências, que se comprometiam a reduzir seus arsenais de mísseis de médio alcance na Europa. Mas não foi apenas a política internacional que viveu momentos decisivos. No cenário econômico, a "Segunda-Feira Negra" abalou a Bolsa de Valores de Nova York em
19 de outubro, com uma queda recorde de 22,6% no índice Dow Jones, espalhando o pânico financeiro pelo mundo. A crise impulsionou governos a reavaliar suas políticas econômicas e expôs a vulnerabilidade dos mercados globais em uma época de transformações rápidas e complexas.
temor nuclear com o Acordo INF. Assinado entre Estados Unidos e União Soviética, o tratado simbolizava a busca de um novo equilíbrio entre as duas superpotências, que se comprometiam a reduzir seus arsenais de mísseis de médio alcance na Europa. Mas não foi apenas a política internacional que viveu momentos decisivos. No cenário econômico, a "Segunda-Feira Negra" abalou a Bolsa de Valores de Nova York em
19 de outubro, com uma queda recorde de 22,6% no índice Dow Jones, espalhando o pânico financeiro pelo mundo. A crise impulsionou governos a reavaliar suas políticas econômicas e expôs a vulnerabilidade dos mercados globais em uma época de transformações rápidas e complexas.
No Brasil, o clima de incertezas também era palpável. O país,
recém-saído de duas décadas de ditadura militar, enfrentava desafios consideráveis para estabilizar sua democracia e, ao mesmo tempo, combater a hiperinflação que corroía a economia nacional. Em 1987,
o governo José Sarney lançou o Plano Bresser, uma tentativa de conter a inflação com ajustes fiscais e congelamento de preços. Embora os efeitos fossem limitados, o plano refletia a busca pela reorganização econômica em meio a um cenário de grandes dificuldades. No campo internacional,
o Brasil começava a delinear novas parcerias, especialmente dentro da América Latina, com o objetivo de consolidar a integração regional — sementes do que, alguns anos depois, culminaria no Mercosul.
recém-saído de duas décadas de ditadura militar, enfrentava desafios consideráveis para estabilizar sua democracia e, ao mesmo tempo, combater a hiperinflação que corroía a economia nacional. Em 1987,
o governo José Sarney lançou o Plano Bresser, uma tentativa de conter a inflação com ajustes fiscais e congelamento de preços. Embora os efeitos fossem limitados, o plano refletia a busca pela reorganização econômica em meio a um cenário de grandes dificuldades. No campo internacional,
o Brasil começava a delinear novas parcerias, especialmente dentro da América Latina, com o objetivo de consolidar a integração regional — sementes do que, alguns anos depois, culminaria no Mercosul.
Na cultura pop, 1987 testemunhou o auge de uma geração de bandas que redefiniriam a música e os rumos da juventude. Metallica e Guns N' Roses emergiam como símbolos de uma nova atitude rebelde e ousada. Na televisão, Os Simpsons faziam sua estreia como curtas no The Tracey Ullman Show, sinalizando o início de uma nova era para a comédia animada, enquanto no cinema, sucessos como RoboCop e Dirty Dancing garantiam ao público entretenimento e histórias que rapidamente se tornariam clássicos.
No campo científico, 1987 também trouxe avanços fundamentais. A epidemia de HIV/AIDS ganhava atenção global, e a aprovação do AZT, o primeiro medicamento antirretroviral, trouxe esperanças de controle sobre a doença que afetava milhões de pessoas ao redor do mundo. Em paralelo, o Protocolo de Montreal foi assinado para reduzir o uso de substâncias que destruíam a camada de ozônio, como os CFCs. Esse acordo internacional pioneiro foi um marco na cooperação ambiental global, representando o início de uma nova era de responsabilidade ecológica compartilhada.
No esporte, enquanto o mundo se voltava para a primeira Copa do Mundo de Rugby e os Jogos Pan-Americanos em Indianápolis, o Brasil vivia um ano conturbado no futebol, refletindo o clima de mudanças e discordâncias que também permeava o país. A criação da Copa União, organizada pelo Clube dos 13, surgiu como uma resposta dos principais clubes do Brasil às divergências com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Com o Flamengo como campeão e uma disputa acirrada entre os maiores clubes do país, a competição gerou uma divisão que deixaria marcas duradouras na memória esportiva brasileira, destacando as lutas de poder que envolviam os interesses dos clubes e das entidades esportivas.
Enquanto bandas como Metallica e Guns N' Roses conquistavam corações e inspiravam uma juventude global, o Cruzeiro mantinha aceso o espírito de superação e resiliência que sempre definira sua trajetória, afirmando-se como uma instituição comprometida com o futebol e com o fortalecimento de suas raízes.
A TEMPORADA DE 1987
O ano de 1987 trouxe muitas expectativas e desafios para o Cruzeiro Esporte Clube, que buscava reforçar sua posição no futebol brasileiro em um cenário de crescente profissionalização do esporte. Com adversários bem-preparados e pressões internas, o clube sabia que precisava fazer ajustes importantes para alcançar uma boa campanha.
O ano de 1987 trouxe muitas expectativas e desafios para o Cruzeiro Esporte Clube, que buscava reforçar sua posição no futebol brasileiro em um cenário de crescente profissionalização do esporte. Com adversários bem-preparados e pressões internas, o clube sabia que precisava fazer ajustes importantes para alcançar uma boa campanha.
A renovação do elenco começou no ano anterior, quando o Cruzeiro investiu em contratações estratégicas. Entre os nomes trazidos estavam Balu, vindo da Ferroviária; Gilmar Francisco; Ademir, que havia passado pelo Internacional; Heriberto, vindo da Juventus-SP; Hamilton, contratado da Portuguesa; e Robson, um jogador versátil que atuava tanto nas pontas quanto no meio-campo e chegou do Bahia. A chegada de Édson, ex-Coritiba, também trouxe experiência para o grupo. Carlos Alberto Silva, então técnico do Cruzeiro, conduziu o time a uma boa campanha no Campeonato Brasileiro, reforçando as expectativas de sucesso para a temporada.
No início de 1987, o clube ainda trouxe o experiente Cláudio Adão, de 32 anos, que havia se destacado como artilheiro do país em 1986, com 42 gols marcados pelo Bahia. Ele chegou ao Cruzeiro para somar ao ataque, ampliando o potencial ofensivo da equipe.
A base do plantel contava com talentos formados na própria categoria de base do Cruzeiro, como Gomes, Vilmar, Douglas, Eduardo Amorim e Careca, que ajudavam a dar consistência e identidade ao time.
No entanto, o Cruzeiro enfrentou uma série de mudanças na comissão técnica durante a temporada. Carlos Alberto Silva, que iniciou o comando do time, foi convocado para a Seleção Brasileira após a primeira rodada, o que deixou o clube em busca de um novo técnico. Raul Plasmann, que era diretor de futebol, assumiu a equipe temporariamente, até a chegada de João Avelino. Mas após criticar a equipe por uma derrota no final do primeiro turno, João Avelino foi dispensado pela diretoria. Toninho de Jesus, preparador físico, assumiu interinamente enquanto o clube procurava um novo treinador. Paulinho de Almeida chegou em seguida, mas sua passagem foi breve, durando apenas cinco partidas. No final, Ruy Guimarães, ex-treinador do time júnior, foi quem assumiu o comando técnico até o encerramento da temporada.
Essa instabilidade no comando técnico foi um obstáculo a mais para o Cruzeiro, mas também fez com que a equipe precisasse se fortalecer, buscando superar as mudanças e manter a coesão em campo.
O CLUBE DO BARRO PRETO
A história do Cruzeiro Esporte Clube no Barro Preto começou em 1923, quando o clube inaugurou seu próprio estádio, mais tarde chamado de Juscelino Kubitschek, no centro de Belo Horizonte. O estádio foi aberto com um empate por 3 a 3 em um amistoso contra o Flamengo. Naquela época, o campo era simples, com arquibancadas de madeira que comportavam cerca de 600 pessoas, e não havia barreiras separando a torcida dos jogadores.
Em 1945, o estádio passou por uma grande reforma, ganhando arquibancadas de cimento, vestiários para os jogadores e uma tribuna coberta. Com essas melhorias, a capacidade aumentou para 12 mil pessoas. A reinauguração ocorreu em 1º de julho de 1945, em uma partida contra o Botafogo, que terminou em empate por 1 a 1. No mesmo ano, foram instalados refletores no estádio, permitindo partidas noturnas.
Aos poucos, o estádio Juscelino Kubitschek foi perdendo seu papel principal. O Independência, construído para a Copa do Mundo de 1950, começou a receber os jogos mais importantes do Cruzeiro, até que, em 1965, com a inauguração do Mineirão, o clube adotou o Gigante da Pampulha como sua nova casa. Nesse mesmo ano, o Cruzeiro disputou seu último jogo profissional no Barro Preto, vencendo o Democrata SL por 4 a 0 em um amistoso.
Com a construção da Toca da Raposa em 1973, o estádio do Barro Preto foi reservado para treinos e jogos das categorias de base. Em 1985, em parceria com o Governo de Minas, o Cruzeiro iniciou uma grande reformulação no terreno, transformando o espaço na sede social e clube do Cruzeiro, ampliando suas atividades e fontes de receita. A obra foi concluída em apenas 75 dias e não trouxe custos para o clube, pois foi realizada através de um convênio com a Secretaria de Estado de Lazer e Turismo.
COPA UNIÃO
CAMPEONATO BRASILEIRO 1987
O Campeonato Brasileiro de 1987 ficou marcado pela confusão e divergência entre clubes e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Originalmente, a CBF planejava um torneio com 28 clubes, mas dificuldades financeiras e disputas nos bastidores mudaram completamente o rumo da competição. Botafogo e Coritiba, que inicialmente haviam ficado de fora, levaram o caso aos tribunais e conseguiram o direito de participar. Com isso, outras equipes também começaram a reivindicar vagas, e o formato do campeonato foi rapidamente comprometido.
Para lidar com a situação, a CBF, que passava por uma grave crise financeira, não conseguiu manter o campeonato brasileiro sob seu controle e cedeu espaço para a criação do Clube dos Treze, um grupo formado pelos principais times do país. Esse grupo organizou a Copa União, conhecida também como Módulo Verde, que contava com os 13 clubes considerados "grandes" do futebol brasileiro, aos quais se juntaram Coritiba, Goiás e Santa Cruz. Este campeonato independente atraiu grande atenção e foi visto como a principal competição, enquanto a CBF organizou o Módulo Amarelo, reunindo 16 clubes que haviam ficado fora da Copa União, incluindo o Guarani, vice-campeão de 1986.
Essa divisão entre o Módulo Verde e o Módulo Amarelo deu início a uma disputa ainda maior: a CBF determinou que os campeões e vice-campeões de cada módulo deveriam se enfrentar em um quadrangular final, de onde sairiam os representantes do Brasil para a Copa Libertadores. Entretanto, os finalistas do Módulo Verde, Flamengo e Internacional, se recusaram a participar da disputa final, alegando que o Módulo Amarelo era uma "segunda divisão" não oficial. Dessa forma, a CBF declarou Sport Recife e Guarani, finalistas do Módulo Amarelo, como representantes brasileiros na Libertadores, concedendo ao Sport o título oficial de campeão brasileiro de 1987.
A confusão em torno do campeonato de 1987 evidenciou uma divisão no futebol brasileiro, que refletia as tensões entre interesses comerciais, políticas de clubes e o controle das entidades esportivas. No ano seguinte, o campeonato foi reestruturado para refletir a composição dos participantes da Copa União de 1987, reconhecendo o peso que aquela competição independente havia assumido. Assim, o futebol brasileiro terminou 1987 com marcas profundas de um campeonato que mostrou a luta pelo protagonismo entre clubes e federações.
O CRUZEIRO NA COPA UNIÃO
Na Copa União de 1987, o Cruzeiro iniciou sua participação integrando o Grupo B e realizou uma campanha na primeira fase marcada por uma sequência de empates e um desempenho ofensivo limitado. O time somou uma vitória, seis empates e uma derrota, encerrando essa etapa com uma pontuação modesta e ocupando a terceira posição do grupo, atrás do Internacional e Fluminense.
Na segunda fase,
no entanto, o Cruzeiro mostrou uma evolução notável. Com uma série de vitórias e um desempenho ofensivo muito mais efetivo, a equipe conquistou cinco vitórias e dois empates, liderando o Grupo B e garantindo a classificação para as semifinais do torneio. Destacaram-se as atuações de Cláudio Adão e Heriberto, que comandaram o ataque em partidas decisivas, como a goleada de 3 a 0 sobre o Internacional e a vitória de 1 a 0 contra o Goiás.
Nas semifinais,
o Cruzeiro enfrentou o Internacional em dois jogos de grande intensidade e equilíbrio, que terminaram sem gols no tempo regulamentar e na prorrogação. No jogo decisivo, o Internacional do jovem Taffarel conquistou a vaga na final ao vencer por 1 a 0, com um gol de Amarildo na prorrogação. A disputa da final se desenrolou entre Flamengo e Internacional, com o time carioca sagrando-se campeão ao vencer por 1 a 0 no Maracanã.
A campanha do Cruzeiro na Copa União de 1987 refletiu o espírito de um campeonato repleto de conflitos administrativos e reviravoltas em campo. Em meio às dificuldades estruturais do futebol brasileiro naquele ano, o Cruzeiro lutou bravamente, deixando uma marca sólida e mostrando a força de seu elenco em uma competição histórica para o esporte nacional.
CAMPEONATO MINEIRO 1987
O Campeonato Mineiro de 1987, em sua 73ª edição, trouxe um formato diferenciado de disputa. Dividido em dois turnos — a Taça Minas Gerais e a Taça Governador do Estado —, o torneio apresentou um sistema que buscava dinamizar as fases eliminatórias, garantindo uma competição intensa do começo ao fim. No primeiro turno, a Taça Minas Gerais, todos os times competiram entre si em um sistema de pontos corridos, com os quatro primeiros colocados avançando para as semifinais. As semifinais foram disputadas em jogo único, com mando de campo do time de melhor campanha, e, caso o empate persistisse no tempo normal, havia uma prorrogação de 30 minutos. Nesse caso, a equipe com melhor campanha mantinha a vantagem de empatar na prorrogação.
O mesmo sistema foi adotado para o segundo turno, a Taça Governador do Estado, assegurando uma disputa equilibrada e oportunidades para que os clubes de Minas Gerais alcançassem a final do campeonato.
Os vencedores de cada turno enfrentaram-se em uma grande decisão estadual em dois jogos. O torneio contou com a participação de clubes tradicionais e de equipes que buscavam o protagonismo, como América, Atlético Mineiro, Caldense, Villa Nova e Uberlândia. Além disso, equipes do interior, como o Tupi de Juiz de Fora e o Valeriodoce de Itabira, também participaram, elevando a competitividade e o alcance regional do campeonato.
Na primeira fase do Campeonato Mineiro de 1987,
o Cruzeiro Esporte Clube mostrou sua força e determinação desde o início da competição. Com um elenco forte e uma torcida apaixonada, o time celeste começou sua campanha na Taça Minas Gerais com uma impressionante vitória de 4 a 0 sobre o Tupi, demonstrando a ambição de lutar pelo título. A sequência de resultados positivos continuou com triunfos significativos, como o 2 a 1 contra o Atlético-TC e o 1 a 0 sobre a Caldense, que solidificaram a confiança e a moral da equipe.
o Cruzeiro Esporte Clube mostrou sua força e determinação desde o início da competição. Com um elenco forte e uma torcida apaixonada, o time celeste começou sua campanha na Taça Minas Gerais com uma impressionante vitória de 4 a 0 sobre o Tupi, demonstrando a ambição de lutar pelo título. A sequência de resultados positivos continuou com triunfos significativos, como o 2 a 1 contra o Atlético-TC e o 1 a 0 sobre a Caldense, que solidificaram a confiança e a moral da equipe.
No entanto, o torneio também trouxe desafios. A derrota para o América por 2 a 1 foi um momento de dificuldade, mas o Cruzeiro se recuperou rapidamente, conquistando vitórias importantes, incluindo um convincente 5 a 1 contra o Villa Nova, onde Gil brilhou ao marcar três gols. A equipe terminou a fase de grupos em primeiro lugar, com 23 pontos, resultado de 11 vitórias, 1 empate e 3 derrotas, garantindo a classificação para as semifinais.
As semifinais
foram um teste de resistência e estratégia. O Cruzeiro enfrentou o Valeriodoce e, com uma atuação sólida, garantiu a vitória por 2 a 0, com gols de Ernani e Hamilton. Essa vitória não apenas garantiu a vaga na final do primeiro turno, mas também reafirmou o potencial do time para conquistar o título estadual.
foram um teste de resistência e estratégia. O Cruzeiro enfrentou o Valeriodoce e, com uma atuação sólida, garantiu a vitória por 2 a 0, com gols de Ernani e Hamilton. Essa vitória não apenas garantiu a vaga na final do primeiro turno, mas também reafirmou o potencial do time para conquistar o título estadual.
Na grande final do primeiro turno,
o adversário foi o tradicional Atlético Mineiro. Em um jogo emocionante e disputado, o Cruzeiro lutou bravamente, mas acabou sendo derrotado por 3 a 2, com gols de Ernani e Edson. Apesar da derrota, a campanha do Cruzeiro na primeira fase foi marcada por desempenhos consistentes e uma competitividade que se destacaram em um torneio acirrado, deixando claro que a equipe estava pronta para enfrentar os desafios do restante da temporada e continuar sua busca pela supremacia em Minas Gerais.
o adversário foi o tradicional Atlético Mineiro. Em um jogo emocionante e disputado, o Cruzeiro lutou bravamente, mas acabou sendo derrotado por 3 a 2, com gols de Ernani e Edson. Apesar da derrota, a campanha do Cruzeiro na primeira fase foi marcada por desempenhos consistentes e uma competitividade que se destacaram em um torneio acirrado, deixando claro que a equipe estava pronta para enfrentar os desafios do restante da temporada e continuar sua busca pela supremacia em Minas Gerais.
Rodada 1 [7 março] Cruzeiro 4x0 Tupi – Gols: Eduardo, Robson (2), Ernani
Rodada 2 [15 março] Atlético-TC 1x2 Cruzeiro – Gols: Miranda; Robson, Edson
Rodada 3 [19 março] Cruzeiro 1x0 Caldense – Gol: Balu
Rodada 4 [21 março] América 2x1 Cruzeiro – Gols: Cirvoley (2); Genílson
Rodada 5 [26 março] Nacional 0x2 Cruzeiro – Gols: Hamilton, Ernani
Rodada 6 [29 março] Uberaba 1x0 Cruzeiro – Gol: Paraná
Rodada 7 [1 abril] Cruzeiro 1x0 Democrata-SL – Gol: Edson
Rodada 8 [5 abril] Cruzeiro 1x0 Rio Branco – Gol: Robson
Rodada 9 [11 abril] Esportivo 1x0 Cruzeiro – Gol: Juraci
Rodada 10 [15 abril] Cruzeiro 0x0 Valeriodoce
Rodada 11 [19 abril] Fabril 0x1 Cruzeiro – Gol: Hamilton
Rodada 12 [22 abril] Cruzeiro 5x1 Villa Nova – Gols: Gil (3), Hamilton (2); Felipe
Rodada 13 [26 abril] Democrata-GV 0x2 Cruzeiro – Gols: Hamilton, Heriberto
Rodada 14 [29 abril] Cruzeiro 2x0 Uberlândia – Gols: Heriberto, Ernani
Rodada 15 [3 maio] Atlético 0x1 Cruzeiro – Gol: Robson
Rodada 2 [15 março] Atlético-TC 1x2 Cruzeiro – Gols: Miranda; Robson, Edson
Rodada 3 [19 março] Cruzeiro 1x0 Caldense – Gol: Balu
Rodada 4 [21 março] América 2x1 Cruzeiro – Gols: Cirvoley (2); Genílson
Rodada 5 [26 março] Nacional 0x2 Cruzeiro – Gols: Hamilton, Ernani
Rodada 6 [29 março] Uberaba 1x0 Cruzeiro – Gol: Paraná
Rodada 7 [1 abril] Cruzeiro 1x0 Democrata-SL – Gol: Edson
Rodada 8 [5 abril] Cruzeiro 1x0 Rio Branco – Gol: Robson
Rodada 9 [11 abril] Esportivo 1x0 Cruzeiro – Gol: Juraci
Rodada 10 [15 abril] Cruzeiro 0x0 Valeriodoce
Rodada 11 [19 abril] Fabril 0x1 Cruzeiro – Gol: Hamilton
Rodada 12 [22 abril] Cruzeiro 5x1 Villa Nova – Gols: Gil (3), Hamilton (2); Felipe
Rodada 13 [26 abril] Democrata-GV 0x2 Cruzeiro – Gols: Hamilton, Heriberto
Rodada 14 [29 abril] Cruzeiro 2x0 Uberlândia – Gols: Heriberto, Ernani
Rodada 15 [3 maio] Atlético 0x1 Cruzeiro – Gol: Robson
Na segunda fase do Campeonato Mineiro de 1987,
intitulada Taça Governador do Estado, o Cruzeiro Esporte Clube demonstrou resiliência e estratégia, superando desafios em busca de mais um título. A fase começou de forma cautelosa, com um empate sem gols contra o Villa Nova, mas a equipe rapidamente se ajustou, vencendo o Nacional por 1 a 0 com um gol de Careca, um dos destaques do elenco.
A sequência de jogos revelou a garra e a determinação do time, que conquistou importantes vitórias. O Cruzeiro bateu a Caldense por 1 a 0, novamente com Ernani marcando, e na rodada seguinte, venceu o Atlético-TC por 2 a 0, com gols de Ernani e Ademir Patrício. Contudo, o torneio também apresentou dificuldades, como a derrota para o Democrata-SL e o empate com o Fabril, que exigiram ajustes e foco contínuo da equipe.
À medida que a competição avançava, o Cruzeiro se mostrou imbatível. Venceu o América e o Esportivo, ambos por 1 a 0, antes de um resultado convincente de 2 a 0 contra o Uberlândia. O ponto alto dessa fase foi o triunfo sobre o Atlético, onde o Cruzeiro venceu por 2 a 1, consolidando sua posição na tabela. A equipe terminou a fase em primeiro lugar, com 22 pontos, garantindo a classificação para as semifinais.
Na semifinal, o Cruzeiro enfrentou o Villa Nova novamente. O jogo terminou em 0 a 0, mas o Cruzeiro avançou por ter tido um desempenho superior na fase anterior. Na final do segundo turno, o adversário foi o Tupi, e o jogo terminou em um empate sem gols. Esse resultado foi suficiente para o Cruzeiro conquistar a Taça Governador do Estado e garantir um lugar na final do Campeonato Mineiro de 1987.
Essa fase do campeonato reafirmou a força do Cruzeiro no futebol mineiro, solidificando sua reputação como uma das principais potências do estado. Com uma equipe bem estruturada e o apoio de sua torcida, o Cruzeiro estava preparado para enfrentar o desafio final e almejar mais um título para sua rica história.
Rodada 1 [16 maio] Villa Nova 0x0 Cruzeiro
Rodada 2 [24 maio] Cruzeiro 1x0 Nacional – Gol: Careca
Rodada 3 [28 maio] Rio Branco 0x0 Cruzeiro
Rodada 4 [31 maio] Caldense 0x1 Cruzeiro – Gol: Ernani
Rodada 5 [3 junho] Cruzeiro 2x0 Atlético-TC – Gols: Ernani, Ademir Patrício
Rodada 6 [7 junho] Democrata-SL 1x0 Cruzeiro – Gols: Dinho
Rodada 7 [14 junho] Cruzeiro 1x0 América – Gol: Vanderlei
Rodada 8 [17 junho] Cruzeiro 1x0 Esportivo – Gol: Vanderlei
Rodada 9 [21 junho] Cruzeiro 0x0 Fabril
Rodada 10 [24 junho] Uberlândia 0x2 Cruzeiro – Gols: Eduardo, Robson
Rodada 11 [28 junho] Valeriodoce 2x3 Cruzeiro – Gols: Marcinho, Mauricinho; Vanderlei (2), Eduardo
Rodada 12 [5 julho] Cruzeiro 2x1 Atlético – Gols: Gilmar Francisco, Vanderlei; Paulo Roberto Prestes
Rodada 13 [8 julho] Cruzeiro 1x1 Uberaba – Gols: Edson; Romeu
Rodada 14 [12 julho] Tupi 2x1 Cruzeiro – Gols: Amarildo, Jorge Luís; Careca
Rodada 15 [18 julho] Cruzeiro 3x0 Democrata-GV – Gols: Vanderlei, Vilmar, Edson
Rodada 2 [24 maio] Cruzeiro 1x0 Nacional – Gol: Careca
Rodada 3 [28 maio] Rio Branco 0x0 Cruzeiro
Rodada 4 [31 maio] Caldense 0x1 Cruzeiro – Gol: Ernani
Rodada 5 [3 junho] Cruzeiro 2x0 Atlético-TC – Gols: Ernani, Ademir Patrício
Rodada 6 [7 junho] Democrata-SL 1x0 Cruzeiro – Gols: Dinho
Rodada 7 [14 junho] Cruzeiro 1x0 América – Gol: Vanderlei
Rodada 8 [17 junho] Cruzeiro 1x0 Esportivo – Gol: Vanderlei
Rodada 9 [21 junho] Cruzeiro 0x0 Fabril
Rodada 10 [24 junho] Uberlândia 0x2 Cruzeiro – Gols: Eduardo, Robson
Rodada 11 [28 junho] Valeriodoce 2x3 Cruzeiro – Gols: Marcinho, Mauricinho; Vanderlei (2), Eduardo
Rodada 12 [5 julho] Cruzeiro 2x1 Atlético – Gols: Gilmar Francisco, Vanderlei; Paulo Roberto Prestes
Rodada 13 [8 julho] Cruzeiro 1x1 Uberaba – Gols: Edson; Romeu
Rodada 14 [12 julho] Tupi 2x1 Cruzeiro – Gols: Amarildo, Jorge Luís; Careca
Rodada 15 [18 julho] Cruzeiro 3x0 Democrata-GV – Gols: Vanderlei, Vilmar, Edson
FINAIS
Na noite de quarta-feira, 29 de julho de 1987, o Estádio Mineirão em Belo Horizonte se preparou para um dos momentos mais esperados do futebol mineiro: o primeiro jogo da final do Campeonato Estadual, que colocaria frente a frente Cruzeiro e Atlético-MG. Com um público pagante de 40.963 pessoas, a atmosfera estava carregada de expectativa, rivalidade e emoção.
O jogo começou com ambas as equipes buscando se impor. O Cruzeiro, sob o comando do técnico Ruy Guimarães, alinhou uma formação sólida, com Gomes no gol e uma defesa composta por Balú, Vilmar, Gilmar Francisco, Genilson e Douglas. No meio-campo, Eduardo Lobinho, e Ademir davam suporte ao ataque liderado por Vanderlei Lima, Robson e Édson. A equipe celeste entrava em campo determinada a conquistar um bom resultado.
O Atlético-MG, treinado por Palhinha, também se preparava para a batalha. Com João Leite na meta e uma defesa robusta formada por Luiz Cláudio, Batista, Luizinho, João Luiz e Vandinho, o time buscava neutralizar as investidas do rival. No meio-campo, Éder Lopes, Zenon, Guga e Renato buscavam criar oportunidades para o atacante Sérgio Araújo.
O primeiro tempo foi marcado por um equilíbrio tático, com as defesas se destacando e neutralizando os ataques adversários. Apesar das tentativas, tanto Cruzeiro quanto Atlético não conseguiram marcar, e o primeiro tempo terminou sem gols. A torcida celeste, ansiosa por um resultado positivo, acreditava que a vantagem do campo poderia fazer a diferença.
No segundo tempo, o ritmo do jogo permaneceu intenso. O Cruzeiro continuou buscando a vitória, mas o Atlético-MG se manteve firme na defesa, resistindo às investidas dos atacantes cruzeirenses. A substituição de Eduardo Lobinho por Careca no intervalo visava dar maior dinamismo ao ataque, mas o gol ainda parecia esquivo.
Com o passar dos minutos, a tensão aumentava. A cada ataque, a torcida do Cruzeiro se levantava, esperando que a tão sonhada abertura do placar finalmente acontecesse. No entanto, a defesa atleticana se mostrou sólida e o goleiro João Leite fez defesas importantes, garantindo que a rede não balançasse.
Após 90 minutos de jogo, o apito final trouxe um resultado que muitos consideraram frustrante para a torcida celeste: 0 a 0. Embora o Cruzeiro não tenha conseguido a vitória, a equipe ainda tinha a oportunidade de buscar o título na segunda partida da final. A renda bruta do jogo foi de Cz$ 1.931.410,00, refletindo o grande interesse e a paixão pelo futebol mineiro. A expectativa agora se voltava para o próximo desafio, onde tudo seria decidido.
A GRANDE FINAL
No domingo, 2 de agosto de 1987, o Estádio Mineirão se tornou o palco de uma das conquistas mais memoráveis da história do Cruzeiro Esporte Clube. Com um público pagante de 77.499 torcedores, a atmosfera estava elétrica, refletindo a expectativa e a rivalidade que cercavam o segundo jogo da final do Campeonato Mineiro. Após um empate sem gols no primeiro confronto, a torcida celeste aguardava ansiosamente uma vitória sobre o arquirrival Atlético-MG.
As equipes entraram em campo com formações que refletiam a força de ambos os lados. O Cruzeiro, sob o comando do técnico Ruy Guimarães, escalou:
Gomes, Balú, Vilmar, Gilmar Francisco e Genílson; Douglas, Ademir e Careca; Robson, Vanderlei e Édson.
Gomes, Balú, Vilmar, Gilmar Francisco e Genílson; Douglas, Ademir e Careca; Robson, Vanderlei e Édson.
Do outro lado, o Atlético-MG, dirigido por Palhinha, apresentou a seguinte formação:
João Leite, Carlão, Batista e Luizinho; João Luís, Vandinho e Vander Luís; Sérgio Araújo, Guga e Renato Morungaba.
João Leite, Carlão, Batista e Luizinho; João Luís, Vandinho e Vander Luís; Sérgio Araújo, Guga e Renato Morungaba.
O árbitro Nei Andrade Nunes Maia deu o apito inicial às 17:00, e a partida começou de forma apática, sem grandes emoções. Contudo, a tensão aumentou nos minutos finais do primeiro tempo, quando o lateral esquerdo João Luiz, do Atlético, fraturou a perna do atacante Vanderlei. Esse incidente inflamou os ânimos em campo, fazendo com que o clima de rivalidade se tornasse palpável.
Na volta do intervalo, o Cruzeiro voltou com a determinação renovada. No primeiro minuto da etapa final, o jovem Careca, que se tornaria um ídolo do clube, marcou um golaço de fora da área, colocando o Cruzeiro em vantagem (1x0). O gol incendiou a torcida e trouxe um novo fôlego à equipe celeste.
No entanto, a tensão em campo continuou a aumentar, e o jogo foi interrompido várias vezes devido a brigas entre os jogadores. Em uma dessas confusões, o árbitro Nei Andrade Nunes Maia tomou a decisão de expulsar dois jogadores de cada equipe. Do lado do Cruzeiro, Ademir e Gilmar Francisco foram os atletas enviados para o vestiário, enquanto o Atlético-MG perdeu Vandinho e Carlão.
Apesar das interrupções, o Cruzeiro continuou pressionando e, nos acréscimos, Robson ampliou o placar para 2 a 0, aos 51 minutos do segundo tempo. O gol selou a vitória e, com ele, o tão desejado título do Campeonato Mineiro de 1987. A renda bruta da partida alcançou Cz$ 3.366.195,00, um reflexo da paixão que o futebol mineiro despertava.
O título foi um alívio e uma vitória simbólica para a torcida cruzeirense. A equipe, que havia sido campeã do primeiro turno, agora se consagrava em cima do Atlético, lavando a alma de seus torcedores. Com este triunfo, o Cruzeiro garantiu o troféu e marcou o início de uma nova era de sucesso que estava por vir na década de 1990. Careca e Robson firmaram como grandes nomes da história do clube.
Fontes: Almanaque do Cruzeiro Esporte Clube 1921-2013- RIBEIRO, Henrique,
Portal Terra, Itatiaia, Jornal Hoje em Dia, Globo, Jornal Estado de Minas e Rsssfbrasil.
Portal Terra, Itatiaia, Jornal Hoje em Dia, Globo, Jornal Estado de Minas e Rsssfbrasil.