Os anos de 1950 a 1955 foram marcados por transformações significativas no Brasil e no mundo, tanto na política quanto no esporte e na cultura. Esse período, repleto de acontecimentos importantes, criou um cenário único que influenciou a vida das pessoas e o desenvolvimento de diversas áreas.
No Brasil, o início da década de 1950 foi um momento de esperança e mudanças. Em 31 de janeiro de 1956, Juscelino Kubitschek assumiu a presidência do país, prometendo um governo voltado para o progresso e desenvolvimento. Sua famosa meta de "50 anos em 5" visava modernizar o Brasil rapidamente, com investimentos em infraestrutura e a construção de Brasília, a nova capital do país.
No cenário esportivo internacional, o futebol europeu ganhava destaque. Em 13 de junho de 1956, o Real Madrid venceu o Stade de Reims por 4 a 3, sagrando-se campeão da primeira edição da Liga dos Campeões da Europa. Esse evento marcou o início de uma era de dominação do clube espanhol no futebol europeu, consolidando sua fama e prestígio mundial.
Enquanto isso, nos Estados Unidos, a cultura pop estava em ascensão. Em 27 de janeiro de 1956, Elvis Presley lançou o single "Heartbreak Hotel", que rapidamente se tornou um grande sucesso. Esse lançamento foi um marco na carreira de Elvis e um momento crucial na história do rock and roll, influenciando gerações de músicos e fãs ao redor do mundo.
Ainda no campo dos esportes, em 22 de novembro de 1956, começaram os XVI Jogos Olímpicos em Melbourne, na Austrália. Esses jogos foram notáveis não apenas pelas competições esportivas, mas também por serem os primeiros a serem realizados no hemisfério sul, trazendo um novo fôlego e diversidade para o movimento olímpico.
O CRUZEIRO NOS ANOS 1950 A 1954
Na década de 1950, o Cruzeiro Esporte Clube enfrentou grandes desafios financeiros e esportivos. No final da década anterior, o clube havia investido na reconstrução do seu estádio, mas a crise financeira parecia interminável.
E foi no meio desse CAOS que surge a mística camisa branca do Cruzeiro.
Naquela época, os campos de futebol não tinham iluminação adequada para jogos noturnos. Jogar com a tradicional camisa azul do Cruzeiro se tornava um problema, pois a falta de luz dificultava a visibilidade. Para resolver isso, o clube criou um uniforme branco. Esse uniforme se tornou muito mais que um segundo uniforme: virou um símbolo de superação e glórias.
Naquela época, os campos de futebol não tinham iluminação adequada para jogos noturnos. Jogar com a tradicional camisa azul do Cruzeiro se tornava um problema, pois a falta de luz dificultava a visibilidade. Para resolver isso, o clube criou um uniforme branco. Esse uniforme se tornou muito mais que um segundo uniforme: virou um símbolo de superação e glórias.
A camisa branca estreou no dia 20 de abril de 1950, em um amistoso contra o Sete de Setembro no Barro Preto. O Cruzeiro venceu por 4 a 1, com dois gols de Guerino e dois de Áureo. Curiosamente, o calção branco foi usado por improviso, pois a empresa fornecedora entregou apenas as camisas e as meias.
A camisa branca foi usada em momentos históricos, como na vitória sobre o Santos de Pelé por 3 a 2, em São Paulo, na final da Taça Brasil, que fez do Cruzeiro o primeiro clube campeão nacional de Minas Gerais. Outro exemplo memorável foi a vitória sobre o Grêmio por 2 a 1, que deu ao Cruzeiro sua primeira Copa do Brasil. Em 2011, na última rodada do Campeonato Brasileiro, quando o rival local tinha a chance de rebaixar o Cruzeiro, a equipe jogou de branco e goleou por 6 a 1.
Camisas Numeradas
Outro marco importante foi a adoção das camisas numeradas. Antes, os uniformes de futebol não tinham números. Muitos jogadores eram contra a ideia, alegando que ficariam parecidos com presidiários. No entanto, a prática começou a se popularizar.
A primeira regulamentação de obrigatoriedade de numeração veio da Austrália, na década de 1910. Na Europa, as camisas numeradas foram usadas pela primeira vez em uma decisão da Copa da Inglaterra em 1933, entre Everton e Manchester City.
A FIFA implementou a regra das camisas numeradas para seleções na Copa do Mundo de 1950, no Brasil, e apenas em 1994 a regra passou a valer para os clubes. No Brasil, alguns clubes já usavam camisas numeradas desde 1947, e o Cruzeiro adotou a prática no dia 28 de maio de 1950.
Nesse dia, o Cruzeiro jogou contra o Metalusina, da cidade de Barão de Cocais, vencendo por 2 a 1, com gols de Nonô e Guerino. As camisas numeradas foram distribuídas assim:
1- Geraldo Segundo
2- Duque
3- Bené
4- Adelino
5- Vicente
6- Ceci
7- Nonô
8- Paulo Florêncio
9- Bororó
10- Guerino
11- Sabu
Guerino fez história ao ser o primeiro jogador do Cruzeiro a vestir a camisa 10, que anos depois seria imortalizada por grandes craques, como Pelé e Maradona. Em 1964, Dirceu Lopes, considerado por muitos o maior jogador da história do Cruzeiro, usaria essa camisa.
2- Duque
3- Bené
4- Adelino
5- Vicente
6- Ceci
7- Nonô
8- Paulo Florêncio
9- Bororó
10- Guerino
11- Sabu
Guerino fez história ao ser o primeiro jogador do Cruzeiro a vestir a camisa 10, que anos depois seria imortalizada por grandes craques, como Pelé e Maradona. Em 1964, Dirceu Lopes, considerado por muitos o maior jogador da história do Cruzeiro, usaria essa camisa.
1951
Em 1951, buscando aumentar a renda, a diretoria decidiu destinar todos os recursos para a construção da Sede Social no Barro Preto, o que ajudou a aumentar o número de sócios e melhorar a arrecadação no futuro.
Com o foco na infraestrutura, o time de futebol ficou em segundo plano, sem contratações e com a perda de jogadores importantes como o goleiro Sinval, Ceci e Nonô. Para reforçar o ataque, Abelardo, conhecido como "Flecha Azul", retornou ao clube. Mesmo com um elenco jovem e jogadores dedicados, o Cruzeiro terminou o Campeonato Mineiro de 1951 em terceiro lugar.
Em 1951, buscando aumentar a renda, a diretoria decidiu destinar todos os recursos para a construção da Sede Social no Barro Preto, o que ajudou a aumentar o número de sócios e melhorar a arrecadação no futuro.
Com o foco na infraestrutura, o time de futebol ficou em segundo plano, sem contratações e com a perda de jogadores importantes como o goleiro Sinval, Ceci e Nonô. Para reforçar o ataque, Abelardo, conhecido como "Flecha Azul", retornou ao clube. Mesmo com um elenco jovem e jogadores dedicados, o Cruzeiro terminou o Campeonato Mineiro de 1951 em terceiro lugar.
1952
Em 1952, a falta de recursos continuou levando a diretoria a dispensar muitos jogadores e efetivar o time júnior, apelidado de "time de Brotos". Apesar de bons resultados em amistosos, o time terminou o Campeonato Mineiro em quinto lugar.
A crise financeira piorou em 1953 com a saída do presidente Dr. José Greco. Após várias reuniões, José Francisco Lemos Filho, com menos de 25 anos, tornou-se o presidente mais jovem da história do Cruzeiro. Ele conseguiu recursos para continuar a construção da Sede Social, mas o time de futebol ainda enfrentava dificuldades. Vários treinadores passaram pelo clube, mas os resultados não melhoraram significativamente, e o time teve um desempenho ruim no campeonato da cidade.
Em 1952, a falta de recursos continuou levando a diretoria a dispensar muitos jogadores e efetivar o time júnior, apelidado de "time de Brotos". Apesar de bons resultados em amistosos, o time terminou o Campeonato Mineiro em quinto lugar.
A crise financeira piorou em 1953 com a saída do presidente Dr. José Greco. Após várias reuniões, José Francisco Lemos Filho, com menos de 25 anos, tornou-se o presidente mais jovem da história do Cruzeiro. Ele conseguiu recursos para continuar a construção da Sede Social, mas o time de futebol ainda enfrentava dificuldades. Vários treinadores passaram pelo clube, mas os resultados não melhoraram significativamente, e o time teve um desempenho ruim no campeonato da cidade.
1954
Em 1954, o clube ainda estava longe de se recuperar financeiramente, com uma das folhas salariais mais baixas entre os times que disputavam o Campeonato de Belo Horizonte. Os jogadores treinavam quase em regime amador, motivados principalmente pela amizade e respeito ao técnico Niginho. Mesmo assim, o Cruzeiro surpreendeu ao vencer os três turnos do campeonato, terminando como vice-campeão, com Raimundinho sendo o artilheiro.
Em 1954, o clube ainda estava longe de se recuperar financeiramente, com uma das folhas salariais mais baixas entre os times que disputavam o Campeonato de Belo Horizonte. Os jogadores treinavam quase em regime amador, motivados principalmente pela amizade e respeito ao técnico Niginho. Mesmo assim, o Cruzeiro surpreendeu ao vencer os três turnos do campeonato, terminando como vice-campeão, com Raimundinho sendo o artilheiro.
1955
No ano de 1955, as dificuldades continuaram. Niginho deixou o clube e a equipe foi treinada pelos próprios jogadores. O argentino Filpo Núñez chegou a treinar o time de graça, mas foi dispensado após maus resultados. Niginho e Bengala reassumiram o comando técnico, mas a campanha no Campeonato Estadual foi ruim, com o Cruzeiro terminando na sexta colocação.
No ano de 1955, as dificuldades continuaram. Niginho deixou o clube e a equipe foi treinada pelos próprios jogadores. O argentino Filpo Núñez chegou a treinar o time de graça, mas foi dispensado após maus resultados. Niginho e Bengala reassumiram o comando técnico, mas a campanha no Campeonato Estadual foi ruim, com o Cruzeiro terminando na sexta colocação.
Esses anos foram marcados por crises financeiras e desafios esportivos, mas também mostraram a resiliência dos jogadores e dirigentes do Cruzeiro, que continuaram a lutar pelo clube mesmo nas condições mais adversas.
1956 UM ANO DE RECUPERAÇÃO E GLÓRIA
A temporada de 1956 foi um marco para o Cruzeiro Esporte Clube, representando um período de recuperação e sucesso. Após anos de dificuldades financeiras, o clube fez uma campanha brilhante e chegou à final do Campeonato Mineiro, marcada por uma grande polêmica envolvendo o rival Atlético.
Em campo, o Cruzeiro contou com o retorno de jogadores importantes que já haviam passado pela seleção brasileira. Gerson dos Santos, revelado pelo clube quando ainda se chamava Palestra Itália em 1942, voltou após uma passagem pelo Botafogo. Nívio, apesar de sua história ligada ao Atlético, decidiu encerrar sua carreira no Cruzeiro, seu clube de coração. Além deles, Pelau, um goleador nato, Raimundinho, um dos maiores artilheiros da história do clube, e o sólido zagueiro Vavá, foram destaques naquele time.
1956 também foi um ano de avanços fora do campo. O Cruzeiro inaugurou sua nova Sede Social no Barro Preto, aumentando o número de sócios de 200 para 2 mil e se tornando a agremiação futebolística com o maior número de sócios em Minas Gerais. Essa conquista foi crucial para a reestruturação financeira do clube.
A nova Sede Social foi inaugurada no final de 1956 pelo Presidente Eduardo Bambirra, com uma festa que contou com a presença do ilustre cruzeirense e Presidente da República, Juscelino Kubitschek, e do Governador do Estado, Bias Fortes. Para a partida amistosa de inauguração, o Cruzeiro convidou o Vasco da Gama, que venceu por 4 a 1. Essa nova sede marcou o início de uma fase de crescimento e recuperação financeira para o clube.
A nova Sede Social foi inaugurada no final de 1956 pelo Presidente Eduardo Bambirra, com uma festa que contou com a presença do ilustre cruzeirense e Presidente da República, Juscelino Kubitschek, e do Governador do Estado, Bias Fortes. Para a partida amistosa de inauguração, o Cruzeiro convidou o Vasco da Gama, que venceu por 4 a 1. Essa nova sede marcou o início de uma fase de crescimento e recuperação financeira para o clube.
Em uma partida amistosa contra o América, no estádio Alameda, no dia 4 de abril de 1956, o Cruzeiro estreou uma nova camisa com listras horizontais azuis e brancas. Embora a camisa não tenha feito sucesso e tenha sido abandonada após alguns jogos, a partida terminou empatada em 2 a 2, com gols de Nilo e Wilson II.
A temporada de 1956, portanto, foi um ano de renascimento para o Cruzeiro Esporte Clube. Com um time talentoso e uma base de apoio crescente, o clube estava pronto para enfrentar novos desafios e buscar novas conquistas, solidificando seu lugar na história do futebol mineiro e brasileiro.
O CAMPEONATO MINEIRO DE 1956
O Campeonato Mineiro de 1956 foi a 42ª edição oficial do principal torneio de Minas Gerais. A competição contou com a participação de ASAS (Lagoa Santa), Cruzeiro, América, Atlético (Belo Horizonte), Democrata (Sete Lagoas), Siderúrgica (Sabará) e Meridional (Conselheiro Lafaiete). O torneio foi disputado em dois turnos no sistema de pontos corridos, onde a vitória valia 2 pontos e o empate 1.
Primeira Fase do Cruzeiro
- 5 de agosto: Meridional 1x6 Cruzeiro
O Cruzeiro começou o campeonato com uma vitória contundente contra o Meridional. Os gols foram marcados por Darci, Nilo (2), Pelau (2), Sabú e Lazzarotti, mostrando a força do ataque estrelado.
O Cruzeiro começou o campeonato com uma vitória contundente contra o Meridional. Os gols foram marcados por Darci, Nilo (2), Pelau (2), Sabú e Lazzarotti, mostrando a força do ataque estrelado.
- 12 de agosto: Cruzeiro 5x2 ASAS
Em sua segunda partida, o Cruzeiro venceu o ASAS por 5x2. Renê foi o destaque com um hat-trick, enquanto Sabú e Nilo completaram o placar. Dedeco marcou os dois gols para o ASAS.
Em sua segunda partida, o Cruzeiro venceu o ASAS por 5x2. Renê foi o destaque com um hat-trick, enquanto Sabú e Nilo completaram o placar. Dedeco marcou os dois gols para o ASAS.
- 19 de agosto: Democrata 0x1 Cruzeiro
A terceira rodada viu o Cruzeiro enfrentar o Democrata fora de casa. Guerino marcou o único gol da partida, garantindo mais uma vitória para a equipe.
A terceira rodada viu o Cruzeiro enfrentar o Democrata fora de casa. Guerino marcou o único gol da partida, garantindo mais uma vitória para a equipe.
- 26 de agosto: Cruzeiro 5x1 América
Contra o América, o Cruzeiro mostrou novamente sua força ofensiva. Sabú e Pelau marcaram dois gols cada, com Raimundinho completando a goleada. Ernani descontou para o América.
Contra o América, o Cruzeiro mostrou novamente sua força ofensiva. Sabú e Pelau marcaram dois gols cada, com Raimundinho completando a goleada. Ernani descontou para o América.
- 02 de setembro: Cruzeiro 4x0 Metalusina
Na quinta rodada, o Cruzeiro manteve sua boa forma ao derrotar o Metalusina por 4x0. Nilo, Pelau e Renê (2) foram os artilheiros da partida.
Na quinta rodada, o Cruzeiro manteve sua boa forma ao derrotar o Metalusina por 4x0. Nilo, Pelau e Renê (2) foram os artilheiros da partida.
- 16 de setembro: Atlético 2x0 Cruzeiro
Em um clássico contra o Atlético, o Cruzeiro sofreu sua primeira derrota no campeonato. Tomazinho marcou os dois gols da vitória atleticana.
Em um clássico contra o Atlético, o Cruzeiro sofreu sua primeira derrota no campeonato. Tomazinho marcou os dois gols da vitória atleticana.
- 22 de setembro: Cruzeiro 3x1 Siderúrgica
O Cruzeiro se recuperou rapidamente da derrota no clássico, vencendo a Siderúrgica por 3x1. Sabú marcou duas vezes e Pelau completou o placar. Dino descontou para a Siderúrgica.
O Cruzeiro se recuperou rapidamente da derrota no clássico, vencendo a Siderúrgica por 3x1. Sabú marcou duas vezes e Pelau completou o placar. Dino descontou para a Siderúrgica.
- 30 de setembro: Cruzeiro 3x1 Villa Nova
Contra o Villa Nova, o Cruzeiro continuou sua boa campanha com uma vitória por 3x1. Nilo (2) e Guerino marcaram para o Cruzeiro, enquanto Ferreira fez o gol de honra do Villa Nova.
Contra o Villa Nova, o Cruzeiro continuou sua boa campanha com uma vitória por 3x1. Nilo (2) e Guerino marcaram para o Cruzeiro, enquanto Ferreira fez o gol de honra do Villa Nova.
- 7 de outubro: Cruzeiro 2x2 Sete de Setembro
O Cruzeiro encerrou a primeira fase com um empate emocionante contra o Sete de Setembro. Nilo e Pelau marcaram para o Cruzeiro, enquanto Nozinho (gol contra) e Amauri garantiram o empate para o Sete de Setembro.
O Cruzeiro encerrou a primeira fase com um empate emocionante contra o Sete de Setembro. Nilo e Pelau marcaram para o Cruzeiro, enquanto Nozinho (gol contra) e Amauri garantiram o empate para o Sete de Setembro.
O desempenho do Cruzeiro na primeira fase do Campeonato Mineiro de 1956 mostrou um time forte e competitivo, com destaque para seu poderoso ataque e a capacidade de se recuperar rapidamente de uma derrota. Este início promissor foi um prenúncio de uma temporada histórica para o clube.
O Confronto Decisivo entre Cruzeiro e Atlético
Na disputa do primeiro turno do Campeonato Mineiro de 1956, Cruzeiro e Atlético terminaram com a mesma pontuação e número de vitórias, levando a decisão do vencedor do turno para uma melhor de três partidas. O Atlético levou a melhor, venceu a primeira fase e se classificou para as finais.
- 14 de outubro: Cruzeiro 2x0 Atlético
O Cruzeiro começou a série decisiva com uma vitória convincente por 2x0. Pelau foi o grande destaque, marcando os dois gols da partida e garantindo a vantagem inicial para a equipe estrelada.
O Cruzeiro começou a série decisiva com uma vitória convincente por 2x0. Pelau foi o grande destaque, marcando os dois gols da partida e garantindo a vantagem inicial para a equipe estrelada.
- 18 de outubro: Atlético 1x0 Cruzeiro
No segundo jogo, o Atlético reagiu e venceu por 1x0, com Tomazinho marcando o único gol da partida. Esta vitória igualou a série, deixando tudo em aberto para o confronto final.
No segundo jogo, o Atlético reagiu e venceu por 1x0, com Tomazinho marcando o único gol da partida. Esta vitória igualou a série, deixando tudo em aberto para o confronto final.
- 21 de outubro: Atlético 3x2 Cruzeiro
A terceira e decisiva partida foi intensa e cheia de emoções. O Atlético saiu vitorioso por 3x2, com gols de Murilinho, Amorim e Tomazinho. Pelo Cruzeiro, Nilo marcou duas vezes, mas não foi suficiente para evitar a derrota. Com essa vitória, o Atlético garantiu a vitória no primeiro turno e a classificação para as finais.
A terceira e decisiva partida foi intensa e cheia de emoções. O Atlético saiu vitorioso por 3x2, com gols de Murilinho, Amorim e Tomazinho. Pelo Cruzeiro, Nilo marcou duas vezes, mas não foi suficiente para evitar a derrota. Com essa vitória, o Atlético garantiu a vitória no primeiro turno e a classificação para as finais.
Esse confronto foi marcado por jogos emocionantes e disputados, refletindo a intensa rivalidade entre os dois clubes. A série melhor de três partidas foi um verdadeiro teste para o Cruzeiro, que apesar de lutar bravamente, não conseguiu superar o Atlético no confronto decisivo. A experiência desses jogos intensos serviu para fortalecer o time estrelado, que mostrou determinação e talento ao longo do primeiro turno do Campeonato Mineiro de 1956.
O Domínio do Cruzeiro no Segundo Turno
No segundo turno do Campeonato Mineiro de 1956, o Cruzeiro foi soberano, garantindo a primeira colocação isolada e se classificando para a final do campeonato.
Partidas do Cruzeiro no segundo turno:
- 10 de novembro: Cruzeiro 4x2 ASAS
O Cruzeiro começou com uma vitória sólida sobre o ASAS. Os gols foram marcados por Chiquinho, Pelau, Nilo e Guerino, enquanto Ferreira e Altair descontaram para o ASAS.
O Cruzeiro começou com uma vitória sólida sobre o ASAS. Os gols foram marcados por Chiquinho, Pelau, Nilo e Guerino, enquanto Ferreira e Altair descontaram para o ASAS.
- 17 de novembro: Cruzeiro 3x1 Meridional
Continuando sua boa forma, o Cruzeiro venceu o Meridional com gols de Nilo, Pelau e Airton. Darci marcou para o Meridional.
Continuando sua boa forma, o Cruzeiro venceu o Meridional com gols de Nilo, Pelau e Airton. Darci marcou para o Meridional.
- 25 de novembro: Sete de Setembro 2x2 Cruzeiro
Em um jogo disputado, o Cruzeiro empatou com o Sete de Setembro. Os gols do Cruzeiro foram de Nilo e Pelau, enquanto Amauri e Áureo marcaram para o Sete de Setembro.
Em um jogo disputado, o Cruzeiro empatou com o Sete de Setembro. Os gols do Cruzeiro foram de Nilo e Pelau, enquanto Amauri e Áureo marcaram para o Sete de Setembro.
- 24 de março de 1957: Villa Nova 2x1 Cruzeiro
O Cruzeiro sofreu uma rara derrota para o Villa Nova. Nilo marcou para o Cruzeiro, mas Elísio e Ferreira garantiram a vitória do Villa Nova.
O Cruzeiro sofreu uma rara derrota para o Villa Nova. Nilo marcou para o Cruzeiro, mas Elísio e Ferreira garantiram a vitória do Villa Nova.
- 31 de março de 1957: Siderúrgica 0x1 Cruzeiro
O Cruzeiro voltou a vencer, desta vez contra a Siderúrgica, com Pelau marcando o gol solitário da partida.
O Cruzeiro voltou a vencer, desta vez contra a Siderúrgica, com Pelau marcando o gol solitário da partida.
- 07 de abril de 1957: Metalusina 0x4 Cruzeiro
Em uma exibição dominante, o Cruzeiro goleou o Metalusina com gols de Lazzarotti (2), Raimundinho e Chiquinho.
Em uma exibição dominante, o Cruzeiro goleou o Metalusina com gols de Lazzarotti (2), Raimundinho e Chiquinho.
- 14 de abril de 1957: América 1x1 Cruzeiro
O Cruzeiro empatou com o América. Barbatana marcou para o América e Guerino garantiu o empate para o Cruzeiro.
O Cruzeiro empatou com o América. Barbatana marcou para o América e Guerino garantiu o empate para o Cruzeiro.
- 21 de abril de 1957: Atlético 1x3 Cruzeiro
Em um clássico decisivo, o Cruzeiro venceu o Atlético com gols de Gilberto, Guerino e Chiquinho, enquanto Joel marcou para o Atlético.
Em um clássico decisivo, o Cruzeiro venceu o Atlético com gols de Gilberto, Guerino e Chiquinho, enquanto Joel marcou para o Atlético.
- 28 de abril de 1957: Cruzeiro 2x0 Democrata
Fechando o segundo turno com chave de ouro, o Cruzeiro venceu o Democrata com gols de Pelau e Guerino.
Fechando o segundo turno com chave de ouro, o Cruzeiro venceu o Democrata com gols de Pelau e Guerino.
Com uma campanha impressionante no segundo turno, o Cruzeiro mostrou sua força e determinação, garantindo a liderança isolada e a classificação para a final do campeonato. A equipe, liderada por jogadores como Pelau, Nilo e Guerino, demonstrou seu talento e capacidade de superar adversidades, preparando-se para disputar o título com confiança e motivação.
A POÊMICA DECISÃO DE 1956
Após conquistar o segundo turno, o Cruzeiro se classificou para a decisão do Campeonato Mineiro de 1956 contra o Atlético Mineiro, vencedor do primeiro turno. A decisão do título foi definida em uma série melhor de três partidas.
Primeira Partida - 23 de maio de 1957
O primeiro jogo terminou empatado em 1 a 1, com Pelau marcando para o Cruzeiro. Durante essa partida, o lateral-esquerdo do Atlético, Haroldo, se machucou e não pôde jogar a próxima partida.
O primeiro jogo terminou empatado em 1 a 1, com Pelau marcando para o Cruzeiro. Durante essa partida, o lateral-esquerdo do Atlético, Haroldo, se machucou e não pôde jogar a próxima partida.
Segunda Partida - 26 de maio de 1957
Com Haroldo fora, o Atlético escalou Laércio, o que gerou uma grande controvérsia. O jogo terminou em 0 a 0. O Cruzeiro contestou a regularidade da escalação de Laércio, alegando que ele não tinha toda a documentação necessária. O Tribunal de Justiça Desportiva de Minas Gerais (TJD) rejeitou a queixa do Cruzeiro por seis votos a zero, argumentando que o Atlético não poderia ser punido por um erro da Federação Mineira de Futebol (FMF).
Com Haroldo fora, o Atlético escalou Laércio, o que gerou uma grande controvérsia. O jogo terminou em 0 a 0. O Cruzeiro contestou a regularidade da escalação de Laércio, alegando que ele não tinha toda a documentação necessária. O Tribunal de Justiça Desportiva de Minas Gerais (TJD) rejeitou a queixa do Cruzeiro por seis votos a zero, argumentando que o Atlético não poderia ser punido por um erro da Federação Mineira de Futebol (FMF).
Terceira Partida - 2 de junho de 1957
Apesar da controvérsia, o Cruzeiro jogou a terceira partida, que o Atlético venceu por 1 a 0. No entanto, a disputa não terminou aí. O Cruzeiro recorreu ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), que decidiu a favor do Cruzeiro, atribuindo-lhe os pontos da segunda partida por má-fé do Atlético. Com isso, a decisão do campeonato ficou empatada.
Apesar da controvérsia, o Cruzeiro jogou a terceira partida, que o Atlético venceu por 1 a 0. No entanto, a disputa não terminou aí. O Cruzeiro recorreu ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), que decidiu a favor do Cruzeiro, atribuindo-lhe os pontos da segunda partida por má-fé do Atlético. Com isso, a decisão do campeonato ficou empatada.
A Federação Mineira de Futebol foi forçada a marcar uma quarta partida para decidir o título, mas o Atlético recusou-se a jogar e recorreu ao Conselho Nacional de Desporto (CND), obtendo uma liminar para não disputar o jogo. A disputa judicial se arrastou até 1959, quando, em 29 de março, tanto Cruzeiro quanto Atlético foram proclamados campeões mineiros de 1956.
A BATALHA NAS ARQUIBANCADAS
Enquanto o título era decidido nos tribunais, a torcida do Cruzeiro se destacava nas arquibancadas. Embora muitas publicações pós-1970 afirmem que o Cruzeiro tinha uma torcida pequena antes da construção do Mineirão, os dados de público e renda dos campeonatos até 1965 mostram o Cruzeiro sempre entre os primeiros. Em 1956, a revista Gazeta Ilustrada destacou que o Cruzeiro venceu "a batalha das bilheterias", obtendo a maior média de público e renda do campeonato, superando o rival Atlético, considerado o mais popular da cidade.
Enquanto o título era decidido nos tribunais, a torcida do Cruzeiro se destacava nas arquibancadas. Embora muitas publicações pós-1970 afirmem que o Cruzeiro tinha uma torcida pequena antes da construção do Mineirão, os dados de público e renda dos campeonatos até 1965 mostram o Cruzeiro sempre entre os primeiros. Em 1956, a revista Gazeta Ilustrada destacou que o Cruzeiro venceu "a batalha das bilheterias", obtendo a maior média de público e renda do campeonato, superando o rival Atlético, considerado o mais popular da cidade.
Não se afirma que o Cruzeiro tinha a maior torcida na década de 50, mas é importante notar que não há registros de que a torcida do clube fosse menor que a de clubes como América, Siderúrgica e Villa Nova, como alguns ex-jogadores alegaram.
A temporada de 1956 foi marcada por uma série de controvérsias e batalhas, tanto dentro quanto fora de campo, mas também foi um período de afirmação e crescimento para o Cruzeiro, que mostrou sua força e resiliência em um dos campeonatos mais polêmicos da história de Minas Gerais.
Fontes: rsssfbrasil, Livro Almanaque do Cruzeiro Esporte Clube, de Henrique Ribeiro.