Em 1961, o Cruzeiro Esporte Clube iniciou uma transformação profunda com a posse de Felício Brandi como presidente. Brandi, um líder ousado e visionário, encontrou um clube em dificuldades financeiras, com dívidas acumuladas e uma infraestrutura precária. O desafio era grande, mas Brandi estava determinado a mudar o rumo do Cruzeiro.
Antes de ser presidente, Brandi já havia atuado como diretor de futebol nos anos de 1959 e 1960. Quando assumiu a presidência, ele implementou várias medidas estratégicas:
1. Controle Financeiro: Brandi introduziu um controle financeiro rigoroso. Ele modernizou as práticas administrativas do clube, melhorando a transparência e a eficiência. Toda receita e despesa eram cuidadosamente monitoradas.
2. Doações Pessoais: Brandi usou seus próprios recursos para ajudar o clube a sair das dívidas. Ele fez várias doações pessoais para garantir que o Cruzeiro pudesse honrar seus compromissos financeiros.
3. Dragões Celestes: Brandi criou um grupo seleto chamado Dragões Celestes, composto por cerca de 300 associados do clube. Esse grupo ajudava financeiramente, colaborando até no pagamento de salários dos jogadores.
Investimentos em Infraestrutura
Um dos grandes desafios de Brandi foi concluir a sede campestre na Pampulha, um projeto que já estava em andamento mas enfrentava dificuldades financeiras. Brandi conseguiu os recursos necessários e implementou um controle rigoroso para concluir a obra. A nova sede melhorou significativamente as instalações do clube, proporcionando melhores condições para os jogadores.
Um dos grandes desafios de Brandi foi concluir a sede campestre na Pampulha, um projeto que já estava em andamento mas enfrentava dificuldades financeiras. Brandi conseguiu os recursos necessários e implementou um controle rigoroso para concluir a obra. A nova sede melhorou significativamente as instalações do clube, proporcionando melhores condições para os jogadores.
Reforço do Time
Em 1961, Felício Brandi estava focado em fortalecer o Cruzeiro, especialmente contratando jovens talentos promissores. Ele fez a contratação mais cara do futebol mineiro até então, trazendo Geraldino do Siderúrgica por 1 milhão de Cruzeiros. Geraldino era um jogador versátil, capaz de atuar em várias posições no campo.
Estreia de Geraldino
Geraldino fez sua estreia em uma partida amistosa contra o Atlético, realizada no dia 25 de junho de 1961, no estádio Independência. O Cruzeiro foi escalado com Mussula, Massinha, Procópio, Geraldino, Amauri, Cléver, Raimundinho, Jaime, Paulo, Emerson e Tião. Durante a partida, Fernando, Dirceu e Nerival também entraram em campo, sob a liderança do técnico Niginho.
Geraldino fez sua estreia em uma partida amistosa contra o Atlético, realizada no dia 25 de junho de 1961, no estádio Independência. O Cruzeiro foi escalado com Mussula, Massinha, Procópio, Geraldino, Amauri, Cléver, Raimundinho, Jaime, Paulo, Emerson e Tião. Durante a partida, Fernando, Dirceu e Nerival também entraram em campo, sob a liderança do técnico Niginho.
O Cruzeiro venceu a partida por 2 a 0, com gols de Tião aos 40 minutos do primeiro tempo e Dirceu aos 43 minutos do segundo tempo. A renda do jogo foi de Cr$ 935.550. Pela vitória, o Cruzeiro recebeu a Taça Stael Abelha. Stael Abelha havia sido eleita Miss Brasil de 1961, representando Minas Gerais, apenas 15 dias antes da partida, em 11 de junho, no Rio de Janeiro.
Campeonato Mineiro de 1961
Em 1961, o Cruzeiro iniciou a disputa do campeonato estadual em busca do tricampeonato, o que somaria 11 títulos do maior torneio de futebol de Minas Gerais. O Campeonato Mineiro daquele ano foi a 47ª edição do torneio, com 14 clubes competindo em turno e returno, no sistema de pontos corridos, onde a vitória valia 2 pontos e o empate 1 ponto.
Uma novidade nesse campeonato foi a negociação dos mandos de campo. Como os estádios em Belo Horizonte comportavam mais torcedores e as rendas eram maiores, os clubes da Capital passaram a oferecer um percentual das receitas para as equipes do interior transferirem suas partidas para BH. A disputa pelo título estadual foi muito acirrada, envolvendo os três maiores clubes da Capital do início ao fim.
Partidas do Cruzeiro no Primeiro Turno:
- 03 de setembro: Cruzeiro 2x0 Uberaba | Gols: Paulo (2)
- 06 de setembro: Cruzeiro 3x1 Pedro Leopoldo | Gols: Rossi (2), Paulo; Gilberto
- 10 de setembro: Meridional 1x4 Cruzeiro | Gols: Atanásio; Rosso (2), Paulo, Tião
- 16 de setembro: Cruzeiro 2x2 Valeriodoce | Gols: Rossi, Tião; Celinho, Café
- 24 de setembro: Villa Nova 1x1 Cruzeiro | Gols: Jair; Antoninho
- 01 de outubro: Cruzeiro 0x0 América
- 15 de outubro: Cruzeiro 0x2 Democrata | Gols: Genuíno (2)
- 06 de setembro: Cruzeiro 3x1 Pedro Leopoldo | Gols: Rossi (2), Paulo; Gilberto
- 10 de setembro: Meridional 1x4 Cruzeiro | Gols: Atanásio; Rosso (2), Paulo, Tião
- 16 de setembro: Cruzeiro 2x2 Valeriodoce | Gols: Rossi, Tião; Celinho, Café
- 24 de setembro: Villa Nova 1x1 Cruzeiro | Gols: Jair; Antoninho
- 01 de outubro: Cruzeiro 0x0 América
- 15 de outubro: Cruzeiro 0x2 Democrata | Gols: Genuíno (2)
Após alguns tropeços e uma derrota em casa para o Democrata de Sete Lagoas por 2 a 0, a tensão entre a torcida do Cruzeiro e o técnico Niginho aumentou. Além disso, a relação entre Niginho e Felício Brandi não estava bem, pois o treinador exigia melhores condições salariais para os jogadores, mas o clube estava em um momento de austeridade.
A Crise e a Demissão de Niginho
A derrota para o Democrata piorou a situação, e quando questionado por repórteres, Niginho culpou Brandi, afirmando que a "política do salário mínimo" havia quebrado a harmonia com o plantel. Brandi se viu num beco sem saída. Após uma reunião com o vice de futebol, Carmine Furletti, e Edmundo Lambertucci, membro da cúpula celeste, Brandi tomou a dura decisão de demitir Niginho, que além de um grande ídolo do clube, era um amigo de longa data.
A derrota para o Democrata piorou a situação, e quando questionado por repórteres, Niginho culpou Brandi, afirmando que a "política do salário mínimo" havia quebrado a harmonia com o plantel. Brandi se viu num beco sem saída. Após uma reunião com o vice de futebol, Carmine Furletti, e Edmundo Lambertucci, membro da cúpula celeste, Brandi tomou a dura decisão de demitir Niginho, que além de um grande ídolo do clube, era um amigo de longa data.
Após a demissão de Niginho, os dirigentes do Cruzeiro precisaram agir rapidamente para encontrar um novo treinador. Furletti sugeriu o nome de Geninho, ex-jogador do Cruzeiro, mas as finanças do clube não permitiam a contratação de um técnico experiente.
Foi então que surgiu um capítulo inusitado na história do Cruzeiro. Naquela época, um vidente chamado Saturno Zoroastro fazia previsões em programas esportivos. Ele havia previsto que Juscelino Kubitschek seria o futuro presidente do Brasil e a queda de Juan Perón na Argentina. Sobre o futebol mineiro, Zoroastro garantiu que o América e o Atlético não seriam campeões, mas que o Cruzeiro seria tricampeão.
Foi então que surgiu um capítulo inusitado na história do Cruzeiro. Naquela época, um vidente chamado Saturno Zoroastro fazia previsões em programas esportivos. Ele havia previsto que Juscelino Kubitschek seria o futuro presidente do Brasil e a queda de Juan Perón na Argentina. Sobre o futebol mineiro, Zoroastro garantiu que o América e o Atlético não seriam campeões, mas que o Cruzeiro seria tricampeão.
A Escolha de Carmine Furletti
Confiante nas previsões de Zoroastro, Felício Brandi pediu a Furletti que aceitasse o desafio de comandar o time até que a situação financeira melhorasse. Furletti, após alguma reflexão, foi convencido pelo presidente e aceitou a oportunidade de ser o técnico interino.
Confiante nas previsões de Zoroastro, Felício Brandi pediu a Furletti que aceitasse o desafio de comandar o time até que a situação financeira melhorasse. Furletti, após alguma reflexão, foi convencido pelo presidente e aceitou a oportunidade de ser o técnico interino.
A estreia de Carmine Furletti como treinador aconteceu numa tarde de sábado, dia 21 de outubro de 1961, no Barro Preto, contra o Renascença, em uma partida válida pela oitava rodada do Campeonato Mineiro. O Cruzeiro entrou em campo com Mussula, Nilsinho, Vavá, Zé Braz, Benito, Geraldino, Antoninho, Rossi, Nelsinho, Emerson e Nerival.
Foi uma partida muito equilibrada. O Renascença saiu na frente com um gol de Nonô aos 25 minutos do primeiro tempo. No intervalo, Furletti substituiu Zé Braz por Jairo e fez alguns ajustes na equipe. O gol de empate aconteceu aos 12 minutos da segunda etapa e, aos 28 minutos, Geraldino marcou o gol da virada e da vitória celeste.
A Mudança de Astral e a Série de Vitórias
O resultado positivo mudou o astral do time. O Cruzeiro emplacou uma série de vitórias e alcançou a liderança da tabela. O espírito de união e a motivação renovada foram essenciais para essa recuperação. A torcida voltou a apoiar com entusiasmo, e o time seguiu forte na busca pelo tricampeonato estadual.
O resultado positivo mudou o astral do time. O Cruzeiro emplacou uma série de vitórias e alcançou a liderança da tabela. O espírito de união e a motivação renovada foram essenciais para essa recuperação. A torcida voltou a apoiar com entusiasmo, e o time seguiu forte na busca pelo tricampeonato estadual.
- 29 de outubro: Siderúrgica 0x2 Cruzeiro | Gols: Emerson, Nelsinho
- 05 de novembro: Cruzeiro 1x0 Guarani | Gol: Elmo
- 12 de novembro: Cruzeiro 4x1 Bela Vista | Gols: Rossi (2), Emerson (2); Chiquinho
- 19 de novembro: Cruzeiro 2x0 Sete Setembro | Gols: Rossi, Elmo
- 05 de novembro: Cruzeiro 1x0 Guarani | Gol: Elmo
- 12 de novembro: Cruzeiro 4x1 Bela Vista | Gols: Rossi (2), Emerson (2); Chiquinho
- 19 de novembro: Cruzeiro 2x0 Sete Setembro | Gols: Rossi, Elmo
Decisão do Primeiro Turno
Antes da última rodada do primeiro turno do Campeonato Mineiro de 1961, a tabela apresentava o Cruzeiro como líder com 19 pontos, seguido pelo Atlético Mineiro com 18 pontos e o América com 15 pontos. Na última rodada, o América venceu o Sete de Setembro por 2 a 0, enquanto Cruzeiro e Atlético se enfrentaram para decidir quem terminaria na liderança da primeira fase.
O jogo decisivo aconteceu no dia 26 de novembro de 1961, às 16 horas de um domingo, no Estádio Independência, com cerca de 26 mil torcedores presentes. Carmine Furletti escalou o Cruzeiro com Massula, Clever, Vavá, Benito, Geraldinho, Jairo, Antonio, Rossi, Elmo, Nelsinho e Nerival.
O Jogo
O jogo começou e, aos 9 minutos do primeiro tempo, Noêmio, atacante do Atlético, chutou a bola que bateu na trave, no chão, e não entrou. No entanto, o árbitro Jaci Teixeira, mal posicionado, validou o gol. O assistente José Maria Gomes alertou Jaci, informando que não foi gol, mas o árbitro manteve sua decisão, anotando na súmula 1 a 0 para o Atlético. Esse placar se manteve até os 29 minutos do segundo tempo, quando Elmo empatou a partida para o Cruzeiro (1 a 1). Quatro minutos depois, Luiz Santos colocou o Atlético novamente na frente (1 a 2), garantindo o resultado que deixou o Cruzeiro em segundo lugar na decisão do primeiro turno.
O jogo começou e, aos 9 minutos do primeiro tempo, Noêmio, atacante do Atlético, chutou a bola que bateu na trave, no chão, e não entrou. No entanto, o árbitro Jaci Teixeira, mal posicionado, validou o gol. O assistente José Maria Gomes alertou Jaci, informando que não foi gol, mas o árbitro manteve sua decisão, anotando na súmula 1 a 0 para o Atlético. Esse placar se manteve até os 29 minutos do segundo tempo, quando Elmo empatou a partida para o Cruzeiro (1 a 1). Quatro minutos depois, Luiz Santos colocou o Atlético novamente na frente (1 a 2), garantindo o resultado que deixou o Cruzeiro em segundo lugar na decisão do primeiro turno.
O Segundo Turno
O segundo turno do Campeonato Mineiro foi igualmente disputado e se estendeu até o ano de 1962. As partidas continuaram intensas, com os três grandes clubes da capital – Cruzeiro, Atlético e América – brigando ponto a ponto pela liderança.
Com a motivação renovada após a mudança de treinador e a série de vitórias sob o comando de Carmine Furletti, o Cruzeiro continuou lutando pelo título. A equipe mostrou resiliência e determinação, superando adversidades dentro e fora de campo.
O segundo turno do Campeonato Mineiro foi igualmente disputado e se estendeu até o ano de 1962. As partidas continuaram intensas, com os três grandes clubes da capital – Cruzeiro, Atlético e América – brigando ponto a ponto pela liderança.
Com a motivação renovada após a mudança de treinador e a série de vitórias sob o comando de Carmine Furletti, o Cruzeiro continuou lutando pelo título. A equipe mostrou resiliência e determinação, superando adversidades dentro e fora de campo.
Reforços e Estratégias
Durante o segundo turno, Furletti e Brandi continuaram a trabalhar juntos para fortalecer o time. A contratação de jovens talentos e a manutenção de uma gestão financeira rigorosa permitiram ao Cruzeiro manter uma equipe competitiva. A torcida, que inicialmente estava cética com as mudanças, começou a apoiar ainda mais o time, vendo os resultados positivos em campo.
Durante o segundo turno, Furletti e Brandi continuaram a trabalhar juntos para fortalecer o time. A contratação de jovens talentos e a manutenção de uma gestão financeira rigorosa permitiram ao Cruzeiro manter uma equipe competitiva. A torcida, que inicialmente estava cética com as mudanças, começou a apoiar ainda mais o time, vendo os resultados positivos em campo.
A Caminho do Título
Apesar das dificuldades, o Cruzeiro seguiu firme na disputa pelo tricampeonato. As estratégias implementadas por Brandi e Furletti, junto com o talento e a dedicação dos jogadores, colocaram o time em uma posição favorável para conquistar o título estadual.
Apesar das dificuldades, o Cruzeiro seguiu firme na disputa pelo tricampeonato. As estratégias implementadas por Brandi e Furletti, junto com o talento e a dedicação dos jogadores, colocaram o time em uma posição favorável para conquistar o título estadual.
O ano de 1961 foi marcado por desafios, reviravoltas e grandes emoções para o Cruzeiro. A determinação dos dirigentes, a união do elenco e o apoio incondicional da torcida foram fundamentais para manter o clube no caminho das vitórias. Com o segundo turno ainda em andamento, a expectativa e a esperança de conquistar o tricampeonato eram maiores do que nunca, deixando todos ansiosos pelo desfecho dessa emocionante temporada.
O Cruzeiro venceu suas três primeiras partidas,
- 01 de dezembro: Cruzeiro 6x2 Pedro Leopoldo | Gols: Rossi (3), Emerson (2), Geraldino; Zico, Gilberto
- 16 de dezembro: Cruzeiro 1x0 Guarani | Gol: Elmo
- 14 de janeiro: Cruzeiro 0x1 Siderúrgica
Esta partida foi a última de Carmine Furletti no comando da equipe. A partir daí, Geninho assumiu o Esquadrão do Barro Preto. Furletti comandou o Cruzeiro em 12 partidas, venceu 10 e perdeu 2. O motivo não foi identificado, mas o América teve alguns jogos antecipados e enquanto faltavam duas rodadas para o término do campeonato, ele já havia cumprido sua tabela e somando 37 pontos.
- 16 de dezembro: Cruzeiro 1x0 Guarani | Gol: Elmo
- 14 de janeiro: Cruzeiro 0x1 Siderúrgica
Esta partida foi a última de Carmine Furletti no comando da equipe. A partir daí, Geninho assumiu o Esquadrão do Barro Preto. Furletti comandou o Cruzeiro em 12 partidas, venceu 10 e perdeu 2. O motivo não foi identificado, mas o América teve alguns jogos antecipados e enquanto faltavam duas rodadas para o término do campeonato, ele já havia cumprido sua tabela e somando 37 pontos.
- 21 de janeiro: Cruzeiro 4x3 Sete Setembro | Gols: Antoninho, Elmo, Paulo, Nelsinho; Lambari, Tarcísio, Tomazinho
- 25 de janeiro: Uberaba 0x1 Cruzeiro | Gols: Paulo
- 04 fevereiro: Cruzeiro 3x1 Valeriodoce | Gols: Elmo, Antoninho, Paulo; Sinésio
- 10 fevereiro: Cruzeiro 3x0 Meridional | Gols: Antoninho, Paulo, Elmo
- 19 fevereiro: Cruzeiro 2x1 Villa Nova | Gols: Antoninho, Nerival; Jair
- 25 fevereiro: Cruzeiro 1x2 Democrata | Gols: Paulo; Silvinho, Genuíno
- 11 de março: Cruzeiro 1x0 Renascença | Gols: Antoninho
- 18 de março: América 2x1 Cruzeiro | Gols: Amauri Horta, Paulista; Paulo
- 25 de março: Cruzeiro 2x0 Atlético | Gols: Elmo, Orlando
- 25 de janeiro: Uberaba 0x1 Cruzeiro | Gols: Paulo
- 04 fevereiro: Cruzeiro 3x1 Valeriodoce | Gols: Elmo, Antoninho, Paulo; Sinésio
- 10 fevereiro: Cruzeiro 3x0 Meridional | Gols: Antoninho, Paulo, Elmo
- 19 fevereiro: Cruzeiro 2x1 Villa Nova | Gols: Antoninho, Nerival; Jair
- 25 fevereiro: Cruzeiro 1x2 Democrata | Gols: Paulo; Silvinho, Genuíno
- 11 de março: Cruzeiro 1x0 Renascença | Gols: Antoninho
- 18 de março: América 2x1 Cruzeiro | Gols: Amauri Horta, Paulista; Paulo
- 25 de março: Cruzeiro 2x0 Atlético | Gols: Elmo, Orlando
Na penúltima rodada, o título ainda estava em aberto. O América liderava com 37 pontos e 14 vitórias, seguido pelo Cruzeiro com 35 pontos e 16 vitórias, e pelo Atlético com 33 pontos e 15 vitórias. Todos ainda tinham dois jogos para cumprir, e qualquer coisa podia acontecer.
O Clássico Decisivo
O clássico do segundo turno entre Cruzeiro e Atlético aconteceu no dia 25 de março de 1962, no Estádio Independência, com mais de 21 mil torcedores presentes. Geninho escalou o Cruzeiro com algumas mudanças em relação à formação do primeiro confronto: Mussula, Vavá, Benito, Massinha, Amauri, Geraldino, Antoninho, Elmo, Paulo, Rossi e Orlando.
Logo no início do jogo, o Cruzeiro tomou a iniciativa e, aos 15 segundos, Elmo marcou o primeiro gol. O time continuou pressionando e, aos 30 minutos do segundo tempo, Orlando fez mais um gol, selando a vitória por 2 a 0 para o Cruzeiro. A torcida estava em êxtase, pois a vitória deixou o time em uma posição excelente para conquistar o título.
Logo no início do jogo, o Cruzeiro tomou a iniciativa e, aos 15 segundos, Elmo marcou o primeiro gol. O time continuou pressionando e, aos 30 minutos do segundo tempo, Orlando fez mais um gol, selando a vitória por 2 a 0 para o Cruzeiro. A torcida estava em êxtase, pois a vitória deixou o time em uma posição excelente para conquistar o título.
Na última rodada do campeonato, no dia 1º de abril de 1962, o Cruzeiro enfrentou o Bela Vista. Com confiança e determinação, o time venceu por 3 a 0, com dois gols de Elmo e um de Orlando, confirmando a conquista do tricampeonato mineiro. O Cruzeiro terminou a campanha com 39 pontos em 26 jogos, registrando 18 vitórias, 3 empates e 5 derrotas.
A Consagração
O tricampeonato foi um marco histórico para o Cruzeiro. A equipe mostrou resiliência e competência ao longo de uma temporada cheia de desafios. As decisões estratégicas de Felício Brandi, a liderança de Carmine Furletti e Geninho, e o talento dos jogadores foram fundamentais para o sucesso.
1961 foi um ano de transformação e conquistas para o Cruzeiro. Mesmo enfrentando dificuldades financeiras e mudanças no comando técnico, o clube superou as adversidades e se consolidou como uma potência do futebol mineiro. A conquista do tricampeonato estadual foi o resultado de um trabalho árduo, dedicação e a paixão de todos os envolvidos com o clube.
Essa vitória não só trouxe alegria para a torcida, mas também estabeleceu uma base sólida para o futuro do Cruzeiro. A gestão eficiente e as estratégias de Brandi criaram um legado duradouro, garantindo que o Cruzeiro continuasse a brilhar no cenário esportivo brasileiro e sul-americano.
Fontes: rsssfbrasil, Livro Almanaque do Cruzeiro Esporte Clube, de Henrique Ribeiro.