Em 1974, o mundo vivia as tensões da Guerra Fria, com movimentos democráticos emergindo em várias partes. Nos Estados Unidos, a renúncia de Richard Nixon em agosto, devido ao escândalo de Watergate, abalou a confiança pública no governo. Na Europa, a Revolução dos Cravos em Portugal pôs fim a uma ditadura de quase 50 anos, promovendo a descolonização e inspirando outras nações a lutarem por liberdade. No Brasil, sob o regime militar de Emílio Garrastazu Médici, a repressão era intensa, e a censura controlava a cultura, mas sinais de descontentamento social começaram a surgir.
Cenário Musical
No cenário musical global, 1974 marcou o crescimento do movimento punk, que desafiava as normas da música comercial e se originava em cidades como Londres e Nova Iorque. Bandas como The Ramones e The Sex Pistols representavam essa nova onda, caracterizada por letras provocativas e uma estética "faça você mesmo". No Brasil, a música popular era dominada pela MPB, com artistas como Caetano Veloso e Chico Buarque, enfrentando as limitações impostas pela censura. Embora o punk ainda não estivesse consolidado no país, a cena underground começava a se formar, especialmente nas grandes cidades.
No cenário musical global, 1974 marcou o crescimento do movimento punk, que desafiava as normas da música comercial e se originava em cidades como Londres e Nova Iorque. Bandas como The Ramones e The Sex Pistols representavam essa nova onda, caracterizada por letras provocativas e uma estética "faça você mesmo". No Brasil, a música popular era dominada pela MPB, com artistas como Caetano Veloso e Chico Buarque, enfrentando as limitações impostas pela censura. Embora o punk ainda não estivesse consolidado no país, a cena underground começava a se formar, especialmente nas grandes cidades.
Cenário Cultural
Culturalmente, 1974 foi um ano de transformação. O cinema explorava novas narrativas, com filmes como "O Poderoso Chefão II" desafiando convenções e abordando temas sociais complexos. No Brasil, festivais de música promoviam a MPB, enquanto o teatro emergia como espaço de resistência contra a censura.
Culturalmente, 1974 foi um ano de transformação. O cinema explorava novas narrativas, com filmes como "O Poderoso Chefão II" desafiando convenções e abordando temas sociais complexos. No Brasil, festivais de música promoviam a MPB, enquanto o teatro emergia como espaço de resistência contra a censura.
Cenário Esportivo
No esporte, a Copa do Mundo de Futebol, realizada na Alemanha Ocidental, destacou-se como um dos principais eventos do ano, com a seleção local se consagrando campeã. No Brasil, o futebol continuava sendo a paixão nacional, com o Campeonato Brasileiro de 1974 apresentando disputas acirradas e clubes em ascensão como Flamengo e Palmeiras.
No esporte, a Copa do Mundo de Futebol, realizada na Alemanha Ocidental, destacou-se como um dos principais eventos do ano, com a seleção local se consagrando campeã. No Brasil, o futebol continuava sendo a paixão nacional, com o Campeonato Brasileiro de 1974 apresentando disputas acirradas e clubes em ascensão como Flamengo e Palmeiras.
Conclusão
O ano de 1974 foi um período de grandes transformações e desafios. Politicamente, a luta por liberdade e direitos humanos ganhava força. Musicalmente, o crescimento do punk sinalizava uma nova era de rebeldia e inovação. Mesmo sob repressão, a cultura buscava formas de resistência, preparando o terreno para mudanças nas décadas seguintes. Essa dinâmica é essencial para compreender o contexto em que o Cruzeiro Esporte Clube se destacou e evoluiu durante esse ano.
A TEMPORADA
Em 1974, o Cruzeiro enfrentou um cenário desafiador nas competições do Campeonato Brasileiro e Mineiro. A equipe, sob o comando do técnico Ílton Chaves, contava com uma base talentosa, incluindo jogadores como Hélio, Vitor, Nelinho, Darci, Misael, Perfumo, Procópio, Pedro Paulo, Lauro, Vanderlei, Piazza, Zé Carlos, Eduardo Amorim, Palhinha, Baiano, Roberto Batata, Dirceu Lopes, Lima, Joãozinho, Toninho, Silva, Waender e Cândido. No entanto, o clube estava lidando com uma crise financeira significativa, que afetou diretamente o desempenho da equipe.
Em 1974, o Cruzeiro enfrentou um cenário desafiador nas competições do Campeonato Brasileiro e Mineiro. A equipe, sob o comando do técnico Ílton Chaves, contava com uma base talentosa, incluindo jogadores como Hélio, Vitor, Nelinho, Darci, Misael, Perfumo, Procópio, Pedro Paulo, Lauro, Vanderlei, Piazza, Zé Carlos, Eduardo Amorim, Palhinha, Baiano, Roberto Batata, Dirceu Lopes, Lima, Joãozinho, Toninho, Silva, Waender e Cândido. No entanto, o clube estava lidando com uma crise financeira significativa, que afetou diretamente o desempenho da equipe.
Durante a disputa do Campeonato Nacional, os salários dos jogadores atrasaram em até quatro meses, e as premiações por vitórias também não eram pagas. Em contraste, outros clubes ofereciam incentivos atrativos, como 10 mil Cruzeiros para cada jogador que conquistasse o título nacional. O presidente do clube, Felício Brandi, revelou em uma entrevista ao Jornal Estado de Minas que não sabia como quitar os salários atrasados e que não tinha condições de oferecer premiações.
Além disso, alguns contratos importantes estavam vencidos. O goleiro Raul, por exemplo, estava há nove meses sem um novo acordo, assim como jogadores chave como Roberto Batata, Vanderlei, Darci e Palhinha, que jogava sob a condição de um seguro. Esse clima de incerteza e instabilidade financeira tornou o ano de 1974 um período crítico para o Cruzeiro, impactando suas aspirações nas competições estaduais e nacionais.
Além disso, alguns contratos importantes estavam vencidos. O goleiro Raul, por exemplo, estava há nove meses sem um novo acordo, assim como jogadores chave como Roberto Batata, Vanderlei, Darci e Palhinha, que jogava sob a condição de um seguro. Esse clima de incerteza e instabilidade financeira tornou o ano de 1974 um período crítico para o Cruzeiro, impactando suas aspirações nas competições estaduais e nacionais.
CAMPEONATO BRASILEIRO
Em 1974, o Campeonato Brasileiro chegou à sua quarta edição em um ano marcado pela Copa do Mundo. Com a atenção voltada para a seleção brasileira, o debate sobre a expansão do número de clubes na competição foi deixado de lado, mantendo-se 40 equipes na disputa. Um critério inovador foi introduzido para desempate: a maior renda de bilheteria, o que acabou beneficiando o Nacional/AM e o Fluminense, que garantiram vagas para a segunda fase com base nesse fator.
A fórmula de disputa do campeonato consistia em três fases. Na primeira, os 40 clubes foram divididos em dois grupos de 20, jogando entre si em turno único. Os 10 melhores de cada grupo avançavam automaticamente, junto com mais dois times pelos pontos e outros dois que tivessem a maior arrecadação.
Na segunda fase, os 24 times classificados foram divididos em quatro grupos de seis, jogando também em turno único. Somente o campeão de cada grupo passava para a terceira e última fase.
A terceira fase consistia em um quadrangular final, onde as quatro equipes se enfrentavam, e o campeão era aquele que fizesse a melhor campanha.
Esse foi o cenário que o Cruzeiro enfrentou em 1974, em meio a um campeonato disputado e com grandes clubes na briga pelo título, em um formato que exigia regularidade e, muitas vezes, sorte nos critérios de classificação.
Na primeira fase,
o Cruzeiro teve uma campanha de altos e baixos, mas conseguiu garantir a classificação para a fase seguinte, terminando em segundo lugar no Grupo B com 24 pontos.
A equipe começou com um empate em 0 a 0 contra o Guarani, seguido por uma vitória de 1 a 0 sobre o Náutico, com gol de Procópio. Na terceira partida, o Cruzeiro venceu o Santa Cruz por 3 a 1, com dois gols de Cândido e um de Dirceu Lopes, fora de casa. Porém, a sequência foi interrompida com um empate sem gols contra o Sport e uma derrota por 2 a 1 para o Atlético-MG, em um clássico disputado. O gol do Cruzeiro foi marcado por Lima.
Após esse revés, o Cruzeiro empatou em 0 a 0 com o Rio Negro, mas voltou a vencer com uma goleada de 3 a 0 sobre o Nacional, com Perfumo marcando dois gols e Joãozinho completando o placar. No jogo seguinte, o time empatou em 1 a 1 com a Portuguesa, com Zé Carlos marcando para o Cruzeiro. Depois, veio uma derrota por 1 a 0 contra o Santos.
O Cruzeiro reagiu com uma vitória por 1 a 0 sobre o Goiás, com Dirceu Lopes marcando o gol da partida. Em seguida, o time venceu o CEUB por 1 a 0, com Palhinha balançando as redes. Na sequência, o Cruzeiro conquistou importantes vitórias fora de casa, vencendo o Corinthians por 1 a 0 com gol de Dirceu Lopes e o CSA pelo mesmo placar, com Darci Meneses fazendo o gol decisivo.
No clássico mineiro contra o América-MG, o Cruzeiro empatou em 2 a 2, com Dirceu Lopes e Palhinha marcando para o time celeste. Seguiram-se dois empates sem gols, contra o Operário/CG e o Palmeiras.
Nos últimos jogos da fase, o Cruzeiro venceu o Fortaleza por 2 a 0, com gols de Palhinha e Dirceu Lopes, mas empatou em 1 a 1 com o Ceará, com Palhinha novamente marcando. A equipe encerrou a primeira fase com uma derrota por 1 a 0 para o São Paulo, com Zé Carlos marcando contra.
Ao final da primeira fase, o Cruzeiro se classificou em segundo lugar no Grupo B, com 8 vitórias, 8 empates e 3 derrotas, marcando 18 gols e sofrendo 9.
o Cruzeiro teve uma campanha de altos e baixos, mas conseguiu garantir a classificação para a fase seguinte, terminando em segundo lugar no Grupo B com 24 pontos.
A equipe começou com um empate em 0 a 0 contra o Guarani, seguido por uma vitória de 1 a 0 sobre o Náutico, com gol de Procópio. Na terceira partida, o Cruzeiro venceu o Santa Cruz por 3 a 1, com dois gols de Cândido e um de Dirceu Lopes, fora de casa. Porém, a sequência foi interrompida com um empate sem gols contra o Sport e uma derrota por 2 a 1 para o Atlético-MG, em um clássico disputado. O gol do Cruzeiro foi marcado por Lima.
Após esse revés, o Cruzeiro empatou em 0 a 0 com o Rio Negro, mas voltou a vencer com uma goleada de 3 a 0 sobre o Nacional, com Perfumo marcando dois gols e Joãozinho completando o placar. No jogo seguinte, o time empatou em 1 a 1 com a Portuguesa, com Zé Carlos marcando para o Cruzeiro. Depois, veio uma derrota por 1 a 0 contra o Santos.
O Cruzeiro reagiu com uma vitória por 1 a 0 sobre o Goiás, com Dirceu Lopes marcando o gol da partida. Em seguida, o time venceu o CEUB por 1 a 0, com Palhinha balançando as redes. Na sequência, o Cruzeiro conquistou importantes vitórias fora de casa, vencendo o Corinthians por 1 a 0 com gol de Dirceu Lopes e o CSA pelo mesmo placar, com Darci Meneses fazendo o gol decisivo.
No clássico mineiro contra o América-MG, o Cruzeiro empatou em 2 a 2, com Dirceu Lopes e Palhinha marcando para o time celeste. Seguiram-se dois empates sem gols, contra o Operário/CG e o Palmeiras.
Nos últimos jogos da fase, o Cruzeiro venceu o Fortaleza por 2 a 0, com gols de Palhinha e Dirceu Lopes, mas empatou em 1 a 1 com o Ceará, com Palhinha novamente marcando. A equipe encerrou a primeira fase com uma derrota por 1 a 0 para o São Paulo, com Zé Carlos marcando contra.
Ao final da primeira fase, o Cruzeiro se classificou em segundo lugar no Grupo B, com 8 vitórias, 8 empates e 3 derrotas, marcando 18 gols e sofrendo 9.
Na segunda fase,
o Cruzeiro manteve um desempenho impecável, vencendo todas as partidas do seu grupo e garantindo a classificação para a próxima etapa. Mesmo desfalcado de três de seus principais jogadores — Nelinho e Piazza, convocados pela Seleção Brasileira para a Copa do Mundo, e Perfumo, que defendia a Argentina —, o time mostrou sua força em campo.
A campanha começou com uma vitória contundente por 4 a 1 sobre o Paysandu no Mineirão, com Waender marcando dois gols, além de Roberto Batata e Joãozinho, enquanto Patrulheiro fez o gol de honra para os visitantes. Três dias depois, o Cruzeiro venceu o Guarani por 1 a 0, com Dirceu Lopes anotando o único gol da partida.
No confronto seguinte, o Cruzeiro foi até o Maracanã e superou o Flamengo por 3 a 1. Roberto Batata, Eduardo e Palhinha marcaram para o time mineiro, enquanto Rui Rei descontou para os cariocas. Em seguida, o Cruzeiro enfrentou o Bahia fora de casa e venceu por 1 a 0, com Nelinho, que havia retornado após a Copa do Mundo, marcando o gol da vitória.
O último jogo do grupo foi uma vitória de 2 a 1 sobre o Palmeiras, novamente no Mineirão. Joãozinho e Roberto Batata balançaram as redes para o Cruzeiro, e Toninho fez o gol dos paulistas. Com essa vitória, o Cruzeiro fechou a fase com cinco vitórias em cinco jogos, marcando 11 gols e sofrendo apenas 3, terminando na liderança do Grupo 1 com 10 pontos.
Essa campanha invicta consolidou o Cruzeiro como um dos favoritos ao título, mostrando que, mesmo com desfalques importantes, o time tinha qualidade e elenco para enfrentar qualquer desafio.
o Cruzeiro manteve um desempenho impecável, vencendo todas as partidas do seu grupo e garantindo a classificação para a próxima etapa. Mesmo desfalcado de três de seus principais jogadores — Nelinho e Piazza, convocados pela Seleção Brasileira para a Copa do Mundo, e Perfumo, que defendia a Argentina —, o time mostrou sua força em campo.
A campanha começou com uma vitória contundente por 4 a 1 sobre o Paysandu no Mineirão, com Waender marcando dois gols, além de Roberto Batata e Joãozinho, enquanto Patrulheiro fez o gol de honra para os visitantes. Três dias depois, o Cruzeiro venceu o Guarani por 1 a 0, com Dirceu Lopes anotando o único gol da partida.
No confronto seguinte, o Cruzeiro foi até o Maracanã e superou o Flamengo por 3 a 1. Roberto Batata, Eduardo e Palhinha marcaram para o time mineiro, enquanto Rui Rei descontou para os cariocas. Em seguida, o Cruzeiro enfrentou o Bahia fora de casa e venceu por 1 a 0, com Nelinho, que havia retornado após a Copa do Mundo, marcando o gol da vitória.
O último jogo do grupo foi uma vitória de 2 a 1 sobre o Palmeiras, novamente no Mineirão. Joãozinho e Roberto Batata balançaram as redes para o Cruzeiro, e Toninho fez o gol dos paulistas. Com essa vitória, o Cruzeiro fechou a fase com cinco vitórias em cinco jogos, marcando 11 gols e sofrendo apenas 3, terminando na liderança do Grupo 1 com 10 pontos.
Essa campanha invicta consolidou o Cruzeiro como um dos favoritos ao título, mostrando que, mesmo com desfalques importantes, o time tinha qualidade e elenco para enfrentar qualquer desafio.
Na terceira fase,
O Cruzeiro manteve sua consistência, enfrentando grandes adversários no quadrangular final. A equipe começou a fase com um empate fora de casa contra o Internacional, em Porto Alegre, no dia 21 de julho. O jogo terminou em 1 a 1, com Roberto Batata marcando para o Cruzeiro e Valdomiro para o Internacional.
Na segunda rodada, no Mineirão, o Cruzeiro empatou novamente, desta vez por 1 a 1 com o Vasco da Gama. Zé Carlos abriu o placar para o Cruzeiro, mas Alfinete empatou para o Vasco. O jogo foi marcado por um incidente polêmico no final, quando o árbitro Sebastião Rufino não marcou um pênalti claro de Alcir em Palhinha nos minutos finais da partida. Após o apito final, houve muita revolta entre os jogadores e a comissão técnica do Cruzeiro, que cercaram o árbitro, interrompendo a partida por cinco minutos. A situação gerou uma confusão à beira do gramado, com troca de socos entre o auxiliar Gilson Cordeiro e o técnico cruzeirense Ilton Chaves, além da insatisfação do vice-presidente Furletti. O episódio ficou conhecido como "as rufinadas do Sebastião", um termo criado pelo cronista Roberto Drummond, fazendo alusão às decisões controversas do árbitro.
No último jogo da fase, o Cruzeiro precisava da vitória e a conseguiu de forma convincente. Enfrentando o Santos na Vila Belmiro, a equipe mineira venceu por 3 a 1, com gols de Palhinha, Nelinho e Dirceu Lopes, enquanto Nenê marcou para o Santos. Com essa vitória, o Cruzeiro garantiu sua vaga na final do campeonato, terminando invicto no quadrangular final, com uma vitória e dois empates.
Essa fase destacou a capacidade de superação do Cruzeiro, que enfrentou grandes adversários e superou obstáculos dentro e fora de campo para alcançar a tão sonhada vaga na decisão.
O Cruzeiro manteve sua consistência, enfrentando grandes adversários no quadrangular final. A equipe começou a fase com um empate fora de casa contra o Internacional, em Porto Alegre, no dia 21 de julho. O jogo terminou em 1 a 1, com Roberto Batata marcando para o Cruzeiro e Valdomiro para o Internacional.
Na segunda rodada, no Mineirão, o Cruzeiro empatou novamente, desta vez por 1 a 1 com o Vasco da Gama. Zé Carlos abriu o placar para o Cruzeiro, mas Alfinete empatou para o Vasco. O jogo foi marcado por um incidente polêmico no final, quando o árbitro Sebastião Rufino não marcou um pênalti claro de Alcir em Palhinha nos minutos finais da partida. Após o apito final, houve muita revolta entre os jogadores e a comissão técnica do Cruzeiro, que cercaram o árbitro, interrompendo a partida por cinco minutos. A situação gerou uma confusão à beira do gramado, com troca de socos entre o auxiliar Gilson Cordeiro e o técnico cruzeirense Ilton Chaves, além da insatisfação do vice-presidente Furletti. O episódio ficou conhecido como "as rufinadas do Sebastião", um termo criado pelo cronista Roberto Drummond, fazendo alusão às decisões controversas do árbitro.
No último jogo da fase, o Cruzeiro precisava da vitória e a conseguiu de forma convincente. Enfrentando o Santos na Vila Belmiro, a equipe mineira venceu por 3 a 1, com gols de Palhinha, Nelinho e Dirceu Lopes, enquanto Nenê marcou para o Santos. Com essa vitória, o Cruzeiro garantiu sua vaga na final do campeonato, terminando invicto no quadrangular final, com uma vitória e dois empates.
Essa fase destacou a capacidade de superação do Cruzeiro, que enfrentou grandes adversários e superou obstáculos dentro e fora de campo para alcançar a tão sonhada vaga na decisão.
A decisão do Campeonato Brasileiro de 1974
entre Cruzeiro e Vasco da Gama foi marcada por grande polêmica. Após a vitória do Cruzeiro sobre o Santos e o empate do Vasco contra o Internacional no quadrangular final, ambos os times terminaram empatados em pontos, o que forçou um jogo de desempate. Pelo regulamento, o jogo deveria ser disputado no Mineirão, devido ao Cruzeiro ter acumulado mais pontos ao longo do campeonato. No entanto, o Vasco entrou com um recurso pedindo a inversão do mando de campo para o Maracanã, alegando uma invasão de campo na partida anterior entre as duas equipes, quando houve uma confusão envolvendo o vice-presidente Furletti, o técnico Ilton Chaves e o auxiliar Gilson Cordeiro. O Cruzeiro, para evitar prolongar a decisão nos tribunais, aceitou jogar no Maracanã, onde a renda seria maior devido à capacidade do estádio.
A grande final foi disputada no dia 1º de agosto de 1974, no Maracanã, com 112.933 torcedores presentes.
O Cruzeiro jogou com: Vítor, Nelinho, Perfumo, Darci, Vanderlei; Piazza, Zé Carlos, Dirceu Lopes; Roberto Batata, Palhinha (Joãozinho), Eduardo (Baiano). Técnico: Ilton Chaves
E o Vasco da Gama foi escalado com: Andrada, Fidélis, Miguel, Moisés, Alfinete; Alcir, Jorginho Carvoeiro, Zanata; Ademir, Roberto Dinamite e Luís Carlos. Técnico: Mário Travaglini.
O Vasco abriu o placar aos 14 minutos com Ademir, mas o Cruzeiro respondeu rapidamente e, aos 19 minutos, Nelinho empatou a partida com um gol de falta. O jogo seguiu equilibrado, e ambas as equipes tiveram chances. No segundo tempo, o Vasco conseguiu o gol da vitória com Jorginho Carvoeiro, aos 33 minutos.
O momento mais polêmico do jogo aconteceu no final, quando Zé Carlos marcou de cabeça, mas o árbitro Armando Marques anulou o gol de forma inexplicável. Esse erro foi determinante, já que o empate daria o título ao Cruzeiro. Em 2012, em entrevista ao Superesportes, o árbitro não soube explicar os motivos para a anulação do gol e minimizou as críticas que recebeu.
"Já apitei mais de mil partidas. Você acha que eu vou lembrar de um jogo em 1974? (...) Eles (os críticos) falam o que eles querem. Estão por cima da carne-seca. Eu fico com a minha consciência. Eu não dou bola para eles", disse Armando Marques em uma de suas últimas entrevistas (Superesportes) antes de seu falecimento, em 18 de julho de 2014.
Com o resultado de 2 a 1, o Vasco conquistou seu primeiro título brasileiro, enquanto o Cruzeiro ficou com o vice-campeonato, sentindo-se prejudicado por decisões da arbitragem. A partida ficou marcada na história do clube, não apenas pelo que aconteceu em campo, mas também pelas circunstâncias controversas que envolveram o jogo decisivo.
TAÇA RONDON PACHECO
A Taça Governador Rondon Pacheco foi um torneio amistoso disputado em setembro de 1974, em comemoração ao aniversário de 9 anos do Mineirão. Quatro equipes participaram do torneio: Cruzeiro e Atlético, representando os times da capital mineira, e Benfica e Sporting, tradicionais equipes de Portugal.
A Taça Governador Rondon Pacheco foi um torneio amistoso disputado em setembro de 1974, em comemoração ao aniversário de 9 anos do Mineirão. Quatro equipes participaram do torneio: Cruzeiro e Atlético, representando os times da capital mineira, e Benfica e Sporting, tradicionais equipes de Portugal.
O Cruzeiro estreou contra o Benfica, em um reencontro entre as equipes após terem se enfrentado no Torneio João Havelange, em Los Angeles, apenas 20 dias antes. Apesar de uma atuação competitiva, o Cruzeiro foi derrotado por 2 a 1. O Benfica abriu o placar com Vítor Batista aos 15 minutos do primeiro tempo e ampliou com Nenê aos 25’. No segundo tempo, o Cruzeiro descontou com Dirceu Lopes, mas não conseguiu o empate. A partida marcou o confronto de duas lendas do futebol: Eusébio, pelo Benfica, e Dirceu Lopes, pelo Cruzeiro, mas foi o time português que saiu vitorioso.
Na segunda partida do torneio, o Cruzeiro enfrentou o Sporting, comandado por Alfredo Di Stéfano, uma das maiores lendas do futebol mundial. Dessa vez, a equipe celeste mostrou sua força e aplicou uma goleada histórica de 6 a 0. Eduardo abriu o placar aos 4 minutos, seguido por Zé Carlos, Joãozinho, Palhinha e Piazza, todos no primeiro tempo. No segundo tempo, Roberto Batata marcou o último gol, fechando o placar. A atuação do Cruzeiro foi avassaladora, e o time dominou completamente o Sporting.
Na última rodada, o Cruzeiro enfrentou o Atlético em um clássico mineiro. O jogo terminou empatado em 1 a 1, garantindo ao Cruzeiro o vice-campeonato da Taça Governador Rondon Pacheco. O Benfica, que venceu o Atlético por 1 a 0, conquistou o título do torneio.
Mesmo sem levar o título, a participação do Cruzeiro foi marcante, com destaque para a goleada sobre o Sporting e o confronto contra grandes jogadores do futebol mundial, como Eusébio e Alfredo Di Stéfano.
TRICAMPEÃO MINEIRO 1974
O Campeonato Mineiro de 1974 foi a 60ª edição do torneio estadual e contou com a participação de 14 clubes de diferentes regiões de Minas Gerais. Dividido em três fases, o campeonato começou com os times organizados em dois grupos, dos quais os quatro melhores se classificavam para a fase seguinte. A campanha do Cruzeiro na primeira fase foi marcada por um desempenho sólido e vitórias consistentes.
No Grupo B, o Cruzeiro estreou em 21 de agosto com um empate sem gols contra o Villa Nova, em um jogo disputado que terminou sem balançar as redes. Apenas três dias depois, o time celeste se recuperou rapidamente e venceu o Valeriodoce por 1 a 0, com um gol de Eduardo, mostrando sua força jogando fora de casa.
O time comandado por Ílton Chaves seguiu com uma grande vitória em Uberaba no dia 25 de agosto, derrotando o Uberaba Sport Club por 3 a 0, com dois gols de Roberto Batata e um de Joãozinho, consolidando uma atuação ofensiva de destaque. O Cruzeiro continuou seu embalo no início de setembro, goleando o ESAB por 4 a 1 no Mineirão, com gols de Palhinha, Joãozinho, Zé Carlos e Evaldo, dominando a partida do início ao fim.
No dia 14 de setembro, o Cruzeiro registrou uma das suas maiores vitórias da fase, aplicando uma goleada de 5 a 0 sobre o Atlético de Três Corações. Os gols foram marcados por Dirceu Lopes, Joãozinho, Palhinha, Roberto Batata e Zé Carlos, demonstrando a força do ataque cruzeirense. Para encerrar a primeira fase com chave de ouro, o Cruzeiro venceu o Uberlândia por 1 a 0 no dia 22 de setembro, com Palhinha marcando o gol da vitória.
Com esse desempenho brilhante, o Cruzeiro garantiu a sua classificação para a segunda fase do campeonato, confirmando sua condição de um dos grandes favoritos ao título mineiro de 1974.
O Campeonato Mineiro de 1974 foi a 60ª edição do torneio estadual e contou com a participação de 14 clubes de diferentes regiões de Minas Gerais. Dividido em três fases, o campeonato começou com os times organizados em dois grupos, dos quais os quatro melhores se classificavam para a fase seguinte. A campanha do Cruzeiro na primeira fase foi marcada por um desempenho sólido e vitórias consistentes.
No Grupo B, o Cruzeiro estreou em 21 de agosto com um empate sem gols contra o Villa Nova, em um jogo disputado que terminou sem balançar as redes. Apenas três dias depois, o time celeste se recuperou rapidamente e venceu o Valeriodoce por 1 a 0, com um gol de Eduardo, mostrando sua força jogando fora de casa.
O time comandado por Ílton Chaves seguiu com uma grande vitória em Uberaba no dia 25 de agosto, derrotando o Uberaba Sport Club por 3 a 0, com dois gols de Roberto Batata e um de Joãozinho, consolidando uma atuação ofensiva de destaque. O Cruzeiro continuou seu embalo no início de setembro, goleando o ESAB por 4 a 1 no Mineirão, com gols de Palhinha, Joãozinho, Zé Carlos e Evaldo, dominando a partida do início ao fim.
No dia 14 de setembro, o Cruzeiro registrou uma das suas maiores vitórias da fase, aplicando uma goleada de 5 a 0 sobre o Atlético de Três Corações. Os gols foram marcados por Dirceu Lopes, Joãozinho, Palhinha, Roberto Batata e Zé Carlos, demonstrando a força do ataque cruzeirense. Para encerrar a primeira fase com chave de ouro, o Cruzeiro venceu o Uberlândia por 1 a 0 no dia 22 de setembro, com Palhinha marcando o gol da vitória.
Com esse desempenho brilhante, o Cruzeiro garantiu a sua classificação para a segunda fase do campeonato, confirmando sua condição de um dos grandes favoritos ao título mineiro de 1974.
Na segunda fase do Campeonato
o Cruzeiro manteve sua superioridade ao enfrentar os times do Grupo A, continuando a trilhar seu caminho rumo ao título. Logo na estreia, em 25 de setembro, o Cruzeiro aplicou uma goleada de 4 a 0 no Valeriodoce, com uma exibição de gala de Joãozinho, que marcou três gols, além de Roberto Batata completar o placar.
Quatro dias depois, o clássico contra o Atlético Mineiro foi decidido com um gol de falta de Nelinho, garantindo a vitória celeste por 1 a 0 e confirmando a força defensiva e o talento do lateral-direito.
Em 2 de outubro, o Cruzeiro voltou a campo e novamente dominou seu adversário, vencendo o Nacional de Muriaé por 4 a 0, com dois gols de Palhinha, outro de Nelinho e mais um de Roberto Batata, consolidando uma sequência impressionante de vitórias sem sofrer gols.
O confronto contra o América, em 6 de outubro, terminou com mais um triunfo cruzeirense. Eduardo e Palhinha marcaram os gols que garantiram a vitória por 2 a 0, mantendo o time no topo da competição.
No dia 10 de outubro, o Cruzeiro seguiu imparável, vencendo o Uberaba por 3 a 0 fora de casa, com dois gols de Roberto Batata e um de Waender. Essa vitória sacramentou a liderança celeste na fase.
Entretanto, no dia 13 de outubro, a Caldense surpreendeu o Cruzeiro e impôs a única derrota da equipe na fase, vencendo por 1 a 0 com um gol de Cafuringa. Mesmo com o resultado adverso, o Cruzeiro seguiu firme na busca pela classificação.
Encerrando a segunda fase, o Cruzeiro enfrentou o Villa Nova em 16 de outubro e empatou em 2 a 2. Roberto Batata e Misael marcaram para o Cruzeiro, mas Jurandí e Stélio empataram para o Villa Nova.
Com um desempenho dominante, o Cruzeiro se classificou em primeiro lugar, garantindo sua vaga na terceira fase, com 11 pontos conquistados em sete partidas, 16 gols marcados e apenas 3 sofridos. Mesmo com algumas polêmicas envolvendo o Valeriodoce, que divulgou receitas falsas, o Cruzeiro seguiu forte para as fases decisivas do Campeonato Mineiro de 1974.
o Cruzeiro manteve sua superioridade ao enfrentar os times do Grupo A, continuando a trilhar seu caminho rumo ao título. Logo na estreia, em 25 de setembro, o Cruzeiro aplicou uma goleada de 4 a 0 no Valeriodoce, com uma exibição de gala de Joãozinho, que marcou três gols, além de Roberto Batata completar o placar.
Quatro dias depois, o clássico contra o Atlético Mineiro foi decidido com um gol de falta de Nelinho, garantindo a vitória celeste por 1 a 0 e confirmando a força defensiva e o talento do lateral-direito.
Em 2 de outubro, o Cruzeiro voltou a campo e novamente dominou seu adversário, vencendo o Nacional de Muriaé por 4 a 0, com dois gols de Palhinha, outro de Nelinho e mais um de Roberto Batata, consolidando uma sequência impressionante de vitórias sem sofrer gols.
O confronto contra o América, em 6 de outubro, terminou com mais um triunfo cruzeirense. Eduardo e Palhinha marcaram os gols que garantiram a vitória por 2 a 0, mantendo o time no topo da competição.
No dia 10 de outubro, o Cruzeiro seguiu imparável, vencendo o Uberaba por 3 a 0 fora de casa, com dois gols de Roberto Batata e um de Waender. Essa vitória sacramentou a liderança celeste na fase.
Entretanto, no dia 13 de outubro, a Caldense surpreendeu o Cruzeiro e impôs a única derrota da equipe na fase, vencendo por 1 a 0 com um gol de Cafuringa. Mesmo com o resultado adverso, o Cruzeiro seguiu firme na busca pela classificação.
Encerrando a segunda fase, o Cruzeiro enfrentou o Villa Nova em 16 de outubro e empatou em 2 a 2. Roberto Batata e Misael marcaram para o Cruzeiro, mas Jurandí e Stélio empataram para o Villa Nova.
Com um desempenho dominante, o Cruzeiro se classificou em primeiro lugar, garantindo sua vaga na terceira fase, com 11 pontos conquistados em sete partidas, 16 gols marcados e apenas 3 sofridos. Mesmo com algumas polêmicas envolvendo o Valeriodoce, que divulgou receitas falsas, o Cruzeiro seguiu forte para as fases decisivas do Campeonato Mineiro de 1974.
Na terceira fase do Campeonato,
O Cruzeiro continuou a demonstrar sua força, impondo seu estilo de jogo dominante em cada partida. Desde o início, a equipe celeste mostrou que estava focada em conquistar o tricampeonato estadual.
A estreia na fase foi em 20 de outubro, com uma vitória tranquila por 3 a 0 sobre o Valeriodoce, com gols de Dirceu Lopes, Roberto Batata e Zé Carlos. Apenas três dias depois, o Cruzeiro voltou a campo para enfrentar o Nacional de Muriaé no Mineirão e venceu novamente por 3 a 0, com Dirceu Lopes mais uma vez liderando o ataque, seguido por Nelinho e Toninho Almeida.
No dia 27 de outubro, o Cruzeiro teve uma partida mais equilibrada contra a Caldense, mas conseguiu sair vitorioso com um gol solitário de Roberto Batata, garantindo mais três pontos. No confronto seguinte, no dia 30 de outubro, o empate em 1 a 1 contra o Villa Nova representou um pequeno tropeço, com Roberto Batata marcando mais uma vez para o Cruzeiro.
Recuperando-se rapidamente, o Cruzeiro goleou o América por 3 a 0 em 3 de novembro, com Dirceu Lopes, Nelinho e um gol contra de Lucio contribuindo para a vitória. No dia 6 de novembro, o Cruzeiro enfrentou o Uberaba e empatou em 1 a 1, com Zé Carlos marcando para os celestes.
O clássico contra o Atlético Mineiro, disputado em 10 de novembro, terminou sem gols, em um jogo muito disputado, deixando a decisão do campeonato em aberto.
Após o clássico, o Cruzeiro voltou a dominar seus adversários. Em 17 de novembro, goleou o Nacional de Muriaé por 4 a 1, com dois gols de Roberto Batata, Palhinha e um gol contra de Luiz Carlos. Três dias depois, em 20 de novembro, o Cruzeiro venceu o Villa Nova por 3 a 0, com gols de Darci Menezes, Nelinho e Roberto Batata.
O time celeste seguiu sua campanha avassaladora com uma goleada de 6 a 0 sobre a Caldense em 24 de novembro. Roberto Batata foi o destaque com três gols, enquanto Dirceu Lopes, Nelinho e Palhinha completaram o placar.
No dia 1º de dezembro, o Cruzeiro superou novamente o América, desta vez por 3 a 0, com dois gols de Palhinha e um de Roberto Batata. Quatro dias depois, o time celeste venceu o Uberaba por 5 a 1, com dois gols de Dirceu Lopes, além de Joãozinho, Palhinha e Roberto Batata.
Em 7 de dezembro, na penúltima partida antes da grande decisão, o Cruzeiro goleou o Valeriodoce por 4 a 0, com gols de Dirceu Lopes, Moraes, Palhinha e Roberto Batata.
Com uma campanha praticamente impecável até esse ponto, o Cruzeiro chegou à última rodada com a confiança em alta, prestes a enfrentar o Atlético Mineiro na partida decisiva que definiria o campeão mineiro de 1974.
O Cruzeiro continuou a demonstrar sua força, impondo seu estilo de jogo dominante em cada partida. Desde o início, a equipe celeste mostrou que estava focada em conquistar o tricampeonato estadual.
A estreia na fase foi em 20 de outubro, com uma vitória tranquila por 3 a 0 sobre o Valeriodoce, com gols de Dirceu Lopes, Roberto Batata e Zé Carlos. Apenas três dias depois, o Cruzeiro voltou a campo para enfrentar o Nacional de Muriaé no Mineirão e venceu novamente por 3 a 0, com Dirceu Lopes mais uma vez liderando o ataque, seguido por Nelinho e Toninho Almeida.
No dia 27 de outubro, o Cruzeiro teve uma partida mais equilibrada contra a Caldense, mas conseguiu sair vitorioso com um gol solitário de Roberto Batata, garantindo mais três pontos. No confronto seguinte, no dia 30 de outubro, o empate em 1 a 1 contra o Villa Nova representou um pequeno tropeço, com Roberto Batata marcando mais uma vez para o Cruzeiro.
Recuperando-se rapidamente, o Cruzeiro goleou o América por 3 a 0 em 3 de novembro, com Dirceu Lopes, Nelinho e um gol contra de Lucio contribuindo para a vitória. No dia 6 de novembro, o Cruzeiro enfrentou o Uberaba e empatou em 1 a 1, com Zé Carlos marcando para os celestes.
O clássico contra o Atlético Mineiro, disputado em 10 de novembro, terminou sem gols, em um jogo muito disputado, deixando a decisão do campeonato em aberto.
Após o clássico, o Cruzeiro voltou a dominar seus adversários. Em 17 de novembro, goleou o Nacional de Muriaé por 4 a 1, com dois gols de Roberto Batata, Palhinha e um gol contra de Luiz Carlos. Três dias depois, em 20 de novembro, o Cruzeiro venceu o Villa Nova por 3 a 0, com gols de Darci Menezes, Nelinho e Roberto Batata.
O time celeste seguiu sua campanha avassaladora com uma goleada de 6 a 0 sobre a Caldense em 24 de novembro. Roberto Batata foi o destaque com três gols, enquanto Dirceu Lopes, Nelinho e Palhinha completaram o placar.
No dia 1º de dezembro, o Cruzeiro superou novamente o América, desta vez por 3 a 0, com dois gols de Palhinha e um de Roberto Batata. Quatro dias depois, o time celeste venceu o Uberaba por 5 a 1, com dois gols de Dirceu Lopes, além de Joãozinho, Palhinha e Roberto Batata.
Em 7 de dezembro, na penúltima partida antes da grande decisão, o Cruzeiro goleou o Valeriodoce por 4 a 0, com gols de Dirceu Lopes, Moraes, Palhinha e Roberto Batata.
Com uma campanha praticamente impecável até esse ponto, o Cruzeiro chegou à última rodada com a confiança em alta, prestes a enfrentar o Atlético Mineiro na partida decisiva que definiria o campeão mineiro de 1974.
A PARTIDA DECISIVA
do Campeonato Mineiro de 1974 foi realizada no dia 15 de dezembro, no Mineirão, diante de 109.363 torcedores. Cruzeiro e Atlético chegaram à última rodada com o mesmo número de pontos, o que fazia desse confronto um verdadeiro "jogo de título". Para o Cruzeiro, o tricampeonato consecutivo e o oitavo título na Era Mineirão estavam em jogo. Já o Atlético, sob o comando de Telê Santana, buscava seu segundo troféu no Gigante da Pampulha, com um elenco que mesclava experiência e promessas, como Dario, Vanderlei Paiva e o jovem Toninho Cerezo.
O Cruzeiro, dirigido por Hilton Chaves, contava com uma equipe extremamente talentosa, com jogadores como Raul, Nelinho, Dirceu Lopes, Palhinha e o ponta Joãozinho, que seria o protagonista daquela tarde. Logo aos 14 minutos de jogo, Joãozinho abriu o placar em uma jogada individual, levando os torcedores cruzeirenses ao delírio. O Atlético tentava reagir, mas a defesa celeste, liderada por Morais e Darcy Menezes, se mostrava sólida.
Aos 29 minutos, o Cruzeiro ampliou o placar. Joãozinho, novamente brilhante, fez uma grande jogada pela esquerda e serviu o lateral-esquerdo Vanderlei, que marcou o segundo gol do time celeste. O Atlético, por sua vez, encontrava dificuldades para furar a defesa cruzeirense, e, para piorar sua situação, teve o zagueiro Flávio expulso no decorrer da partida, o que dificultou ainda mais sua busca pelo empate.
O Cruzeiro ainda teve dois gols anulados, em lances que geraram muitas reclamações da equipe e da torcida. O clube estava em um momento de tensão com a Federação Mineira de Futebol (FMF), pois a arbitragem para o clássico havia sido escalada com árbitros vetados pelo Cruzeiro. Mesmo assim, a equipe celeste manteve o controle da partida.
Já perto do final, aos 83 minutos, o Atlético conseguiu diminuir o placar com um gol de Vanderlei Paiva, reacendendo a esperança dos atleticanos. No entanto, o Cruzeiro manteve a calma nos minutos restantes e segurou o resultado. A vitória por 2 a 1 garantiu o tricampeonato mineiro para o Cruzeiro, coroando uma campanha brilhante e consolidando a hegemonia celeste na década.
Aquele título foi mais uma prova da força do Cruzeiro na Era Mineirão, um time que soube se impor tanto no futebol quanto na história do campeonato estadual.
Fontes: Estado de Minas, Hoje em Dia, Rsssfbrasil, Livro Almanaque do Cruzeiro Esporte Clube, de Henrique Ribeiro.