O ano de 1997 foi marcado por transformações e eventos de grande impacto ao redor do mundo e no Brasil, em política, cultura, música e esporte. Globalmente, o Reino Unido viu a ascensão de Tony Blair e do New Labour, enquanto Hong Kong retornou ao domínio chinês, representando uma nova era política. No Brasil, o presidente Fernando Henrique Cardoso avançou com o Plano Real e as privatizações, buscando estabilidade econômica em meio aos desafios sociais, como o desemprego e a desigualdade.
Na música, 1997 foi o auge da música pop, com o sucesso de grupos como Spice Girls e Backstreet Boys, enquanto no Brasil o axé e o pagode lideravam as paradas com É o Tchan! e Raça Negra. No cenário do rock nacional, bandas como Raimundos e Charlie Brown Jr. despontavam, enquanto o rap dos Racionais MC's crescia com seu forte teor social.
Na cultura, o lançamento de Titanic se tornou um público de bilheteria e a publicação do primeiro Harry Potter marcou o início de uma das franquias mais populares da literatura moderna. No Brasil, a novela A Indomada e o filme O Que é Isso, Companheiro? foram sucessos, e a produção cultural nacional começou a dar sinais de retomada.
No esporte, Jacques Villeneuve conquistou a Fórmula 1, e Michael Jordan levou o Chicago Bulls ao título da NBA. O futebol europeu surpreendeu o Borussia Dortmund na Liga dos Campeões. No Brasil, a seleção brasileira conquistou a Copa América na Bolívia, com uma vez que contava com jovens promessas como Ronaldo e Rivaldo. No Campeonato Brasileiro, o Vasco da Gama foi campeão com destaque para Edmundo, o “Animal”, que viveu um dos melhores momentos de sua carreira. Em outras modalidades, Gustavo Kuerten, conhecido como Guga, emergia no tênis internacional, vencendo seu primeiro Grand Slam em Roland Garros no ano seguinte, um feito que começou a consolidar o tênis como esporte popular no Brasil.
ELENCO
O elenco do Cruzeiro Esporte Clube em 1997 era composto por jogadores de talento e experiência, formando uma equipe sólida e competitiva. Na posição de goleiro, o time contou com Dida, uma das maiores referências do futebol brasileiro, e Harlei, outro grande nome que contribuiu para a segurança da meta cruzeirense.
O elenco do Cruzeiro Esporte Clube em 1997 era composto por jogadores de talento e experiência, formando uma equipe sólida e competitiva. Na posição de goleiro, o time contou com Dida, uma das maiores referências do futebol brasileiro, e Harlei, outro grande nome que contribuiu para a segurança da meta cruzeirense.
A defesa era composta por uma variedade de zagueiros experientes e promissores, incluindo Gélson Baresi, Célio Lúcio, Marcos Teixeira, Wilson Gottardo, Odair, Rogério, João Carlos e Cléber Lima, que formavam uma linha de proteção robusta e versátil, pronta para enfrentar os desafios da temporada.
Nas laterais, o Cruzeiro tinha opções de velocidade e habilidade com jogadores como Nonato, Vítor, Ricardo, Maguinho e Alex Carvaline, que garantiram um bom apoio tanto na defesa quanto no ataque, proporcionando mobilidade e jogadas pelas alas.
O meio-campo era uma peça-chave do time, com volantes e meias que combinavam técnica e visão de jogo. Nos volantes, Fabinho, Donizete Amorim, Ricardinho e Donizete Oliveira trazem força defensiva e equilíbrio ao setor. Já os meias Cleisson, Palhinha, Gustavo, Reginaldo, Geovanni, Léo Mineiro, Tico, Caio, Macalé, Alexandre, Palácios e Luís Fernando Flores eram responsáveis pela criação das jogadas, fornecimento de assistência e controle de bola ao ataque.
O setor ofensivo do Cruzeiro foi reforçado por aventureiros de qualidade, como Elivélton, Alex Mineiro, Marcelo Ramos, Da Silva, Reinaldo Rosa, Aílton, Fábio Júnior, Roberto Gaúcho e Dé, que davam ao time diversos para o ataque, com habilidade em finalizações e transferências para romper defesas adversárias.
Essa formação de 1997 mostrou-se capaz de enfrentar grandes adversários e alcançar feitos expressivos, refletindo um time bem estruturado e com peças em todas as posições para brilhar em competições importantes daquele ano.
CAMPEONATO MINEIRO 1997
O Campeonato Mineiro de 1997 marcou a 83ª edição do principal torneio de futebol de Minas Gerais, contando com a participação de 12 equipes de várias regiões do estado. Entre os clubes participantes eram tradicionais da capital, como o América, o Atlético e o próprio Cruzeiro, além de outras equipes de cidades mineiras: Caldense (Poços de Caldas), Democrata (Governador Valadares), Mamoré (Patos de Minas), Guarani (Divinópolis), Montes Claros (Montes Claros), Social (Coronel Fabriciano), Uberlândia (Uberlândia), Valeriodoce (Itabira) e Villa Nova (Nova Lima). Montes Claros e Social foram promovidos do Módulo II no ano anterior e integraram a elite estadual em 1997.
O Campeonato Mineiro de 1997 marcou a 83ª edição do principal torneio de futebol de Minas Gerais, contando com a participação de 12 equipes de várias regiões do estado. Entre os clubes participantes eram tradicionais da capital, como o América, o Atlético e o próprio Cruzeiro, além de outras equipes de cidades mineiras: Caldense (Poços de Caldas), Democrata (Governador Valadares), Mamoré (Patos de Minas), Guarani (Divinópolis), Montes Claros (Montes Claros), Social (Coronel Fabriciano), Uberlândia (Uberlândia), Valeriodoce (Itabira) e Villa Nova (Nova Lima). Montes Claros e Social foram promovidos do Módulo II no ano anterior e integraram a elite estadual em 1997.
O campeonato foi disputado em quatro fases. Na primeira fase, os 12 clubes se enfrentam em sistema de turno e returno, e os oito melhores classificados avançam para as quartas de final. Essa etapa teve formato eliminatório, onde as equipes foram distribuídas em quatro chaves de acordo com sua posição na tabela, com confrontos entre 1º e 8º, 2º e 7º, 3º e 6º, e 4º e 5º. Os clubes que se classificaram entre os quatro primeiros tiveram vantagem no empate nos dois jogos, avançando em caso de igualdade no saldo de gols.
Na fase semifinal, os quatro vencedores das quartas de final foram novamente organizados em duas chaves, enfrentados em partidas eliminatórias. A classificação geral das fases anteriores determina os confrontos entre o 1º e 4º apresentados, e o 2º e 3º. Novamente, os dois melhores classificados tiveram vantagem em caso de empates no saldo de gols.
A fase final também foi disputada em duas rodadas de mata-mata, com o primeiro colocado geral de todas as fases excluídas com a vantagem de dois resultados iguais no saldo de gols. Esse formato acirrou a competição, pois manteve o campeonato competitivo até a última fase, garantindo emoção aos torcedores que acompanhavam a disputa pelo título de melhor equipe de Minas Gerais.
Primeiro Turno
No Campeonato Mineiro de 1997, o Cruzeiro optou por escalar sua equipe reserva nas primeiras rodadas para concentrar seus titulares nas competições da Copa Libertadores e Copa do Brasil. Essa decisão foi motivada pela falta de apoio do América e do Atlético a uma proposta de redução do número de jogos no Estadual, reviravoltas no calendário dos clubes. No entanto, a eliminação precoce do Cruzeiro na Copa do Brasil fez com que o time titular entrasse no campo no Estadual a partir da 13ª rodada.
O primeiro turno começou com uma vitória apertada sobre o Montes Claros, por 1 a 0, com um gol de Reinaldo Rosa aos 34 minutos. Na segunda rodada, o Cruzeiro venceu o Mamoré por 3 a 1, com gols de Cleison, Reinaldo Rosa e Alex Mineiro. O terceiro jogo foi um empate sem gols contra o Guarani, demonstrando a dificuldade dos reservas em manter a regularidade nas partidas iniciais. Na quarta rodada, o Cruzeiro empatou em um eletrizante 4 a 4 com o Villa Nova, com destaque para Alex Mineiro e Dé, que marcaram dois gols cada um.
A equipe desafinou nas rodadas seguintes, perdendo de 3 a 0 para o América e, em seguida, por 2 a 1 para o Valeriodoce, em jogos que definiram as especificações do time reserva. No entanto, o Cruzeiro se recuperou ao vencer o Uberlândia por 2 a 0 na rodada sétima, com gols de Léo e Donizete Amorim. O empate com a Caldense por 2 a 2 veio na oitava rodada, com Da Silva e Alex Mineiro marcando para a equipe celeste.
Na nona rodada, o Cruzeiro venceu, desta vez o Democrata, por 3 a 1, com dois gols de Macalé e um de Alex Mineiro. Mas a equipe sofreu nova derrota para o Social por 2 a 0 na rodada da décima, evidenciando a inconsistência que marcou o turno inicial do Estadual.
O clássico contra o Atlético, disputado na última rodada, foi uma das partidas mais emblemáticas desse primeiro turno. Com os reservas em campo, o Cruzeiro derrotou o Atlético, que contava com uma torcida numerosa e esperançosa, além da estreia do atacante Evair. Apesar do favoritismo do Atlético, o “expressinho” cruzeirense quase surpreendeu, e o jogo terminou empatado em 1 a 1, com Reinaldo Rosa marcando pelo Cruzeiro, fazendo valer a Lei do Ex. O momento polêmico ocorreu quando o árbitro Raimundo Menezes anulou um gol legítimo de Cleisson, alegando uma falta inexistente de Reinaldo sobre o goleiro Taffarel.
Apesar de não ter alterado a pontuação final, esse clássico ficou marcado na memória do futebol mineiro e foi eternizado nas imagens do clipe da música “Uma Partida de Futebol”, do grupo Skank. As cenas desse jogo foram amplamente exibidas, fortalecendo a lembrança desse confronto e o impacto da música na cultura popular da época, reforçando o lugar do futebol no imaginário coletivo dos brasileiros.
Segundo Turno
No segundo turno do Campeonato Mineiro de 1997, o Cruzeiro entrou em campo com mais frequência utilizando seus jogadores titulares, após a eliminação precoce na Copa do Brasil. O time buscava recuperar e garantir uma vaga na fase decisiva do estadual. O início, no entanto, foi difícil: na 12ª rodada, o Cruzeiro sofreu uma derrota para o Montes Claros por 1 a 0, mas reagiu rapidamente com uma vitória em casa sobre o Mamoré por 3 a 1, em um jogo marcado pela eficiência, com gols de Alex Mineiro, Cleisson e Fabinho.
No segundo turno do Campeonato Mineiro de 1997, o Cruzeiro entrou em campo com mais frequência utilizando seus jogadores titulares, após a eliminação precoce na Copa do Brasil. O time buscava recuperar e garantir uma vaga na fase decisiva do estadual. O início, no entanto, foi difícil: na 12ª rodada, o Cruzeiro sofreu uma derrota para o Montes Claros por 1 a 0, mas reagiu rapidamente com uma vitória em casa sobre o Mamoré por 3 a 1, em um jogo marcado pela eficiência, com gols de Alex Mineiro, Cleisson e Fabinho.
Na sequência, a equipe estrelada derrotou o Guarani por 3 a 0, com uma atuação sólida e um pênalti convertido por Alex Mineiro, além dos gols de Cleisson e Reinaldo Rosa. No entanto, na 15ª rodada, o Cruzeiro derrotou o Villa Nova e acabou derrotado por 2 a 1, com o gol solitário cruzeirense saindo no final do jogo, marcado por Reinaldo Rosa.
A partir daí, o Cruzeiro teve uma série de atuações consistentes. Em um importante clássico contra o América, venceu por 2 a 1, com gols de Aílton e Da Silva, demonstrando grande disposição em um jogo decisivo para se manter entre os melhores do campeonato. Na 17ª rodada, o time empatou em 1 a 1 com o Valeriodoce, com Elivélton marcando aos 74 minutos para evitar a derrota.
O Cruzeiro venceu fora de casa o Uberlândia por 2 a 1. Da Silva abriu o placar, e Rogério garantiu o resultado ao marcar em uma bela cobrança de falta aos 75 minutos. O confronto com a Caldense, pela 19ª rodada, terminou em um empate de 1 a 1, e o gol cruzeirense saiu nos minutos finais, com Elivélton novamente garantindo o empate.
Contra o Democrata, o Cruzeiro empatou por 2 a 2, com Palhinha sendo o destaque ao conversor dois pênaltis. No jogo seguinte, venceu o Social por 2 a 1, com gols de Palhinha e Gustavo, em outra boa atuação fora de casa. Encerrando o segundo turno, o clássico contra o Atlético terminou em um empate sem gols, com as equipes se treinando em campo e sem grandes chances para os dois lados.
Ao final do segundo turno, o Cruzeiro somou 35 pontos, ocupando a terceira posição na tabela e garantindo sua classificação para as quartas de final. Com 9 vitórias, 8 empates e 5 derrotas, o time terminou o turno com um saldo positivo e em condições de brigar pelo título na fase final.
QUARTAS DE FINAL Cruzeiro x Montes Claros
Nas quartas de final do Campeonato Mineiro de 1997, o Cruzeiro enfrentou o Montes Claros.
Primeiro Jogo: Montes Claros 1-2 Cruzeiro
O primeiro confronto aconteceu no dia 18 de maio, no Estádio José Maria de Melo, em Montes Claros. Com um público pagante de 3.794 pessoas e uma renda bruta de R$ 72.890,00, o time estrelado entrou em campo com uma formação sólida, destacando jogadores experientes.
Escalação do Cruzeiro: Dida, Vitor, Wilson Gottardo, Rogério, Nonato, Reginaldo, Ricardinho, Palhinha (Luís Fernando Flores), Marcelo Ramos, (Da Silva), Cleisson, e Elivélton Técnico: Paulo Autuori
A partida começou intensa, com o Cruzeiro mostrando força agressiva. Logo aos 12 minutos, Marcelo Ramos abriu o placar para o Cruzeiro, mostrando seu faro de gol. O Montes Claros tentou equilibrar a partida, mas a defesa do Cruzeiro, com a segurança de Wilson Gottardo e Rogério, segurava as investidas adversárias. Antes do intervalo, Palhinha ampliou a vantagem aos 41 minutos e dando ao Cruzeiro uma vantagem confortável. Montes Claros ainda diminuiu a diferença, mas a partida terminou com uma vitória por 2 a 1 para o Cruzeiro, levando vantagem para o próximo confronto no Mineirão.
Segundo Jogo: Cruzeiro 2-0 Montes Claros
O segundo jogo aconteceu no dia 21 de maio, no Mineirão, em Belo Horizonte, com um público pagante de 5.705 pessoas e renda de R$ 50.637,50. O Cruzeiro veio impor a segurança a classificação e manteve a postura ofensiva.
O segundo jogo aconteceu no dia 21 de maio, no Mineirão, em Belo Horizonte, com um público pagante de 5.705 pessoas e renda de R$ 50.637,50. O Cruzeiro veio impor a segurança a classificação e manteve a postura ofensiva.
Escalada do Cruzeiro: Dida, Vitor, (Da Silva), Wilson Gottardo, Rogério, Nonato, Fabinho Silva, Reginaldo, Cleisson (Léo Mineiro), Donizete Amorim, Marcelo Ramos, Elivelton (Gustavo). Técnico: Paulo Autuori
O Cruzeiro dominou o jogo, e Marcelo Ramos foi novamente o destaque. Aos 22 minutos do primeiro tempo, ele marcou o primeiro gol, colocando o Cruzeiro à frente no placar e aumentando ainda mais a pressão sobre o Montes Claros. No segundo tempo, aos 68 minutos, Marcelo Ramos voltou a balançar as redes, fechando o placar em 2 a 0 e selando a classificação do Cruzeiro para as semifinais.
SEMIFINAIS Cruzeiro x América
Nas semifinais do Campeonato Mineiro de 1997, o Cruzeiro derrotou o América-MG em uma série de confrontos emocionantes no Mineirão. Com Paulo Autuori no comando, o time celeste entrou focado e determinado a conquistar uma vaga na final, enfrentando uma América organizada e disposta a surpreender.
Primeiro Jogo: América 2x3 Cruzeiro
O primeiro confronto aconteceu no dia 31 de maio de 1997, às 16h, no Mineirão, em Belo Horizonte, e contou com um público pagante de 20.698 pessoas, que gerou uma renda de R$ 191.280,00. O América, comandado por Givanildo de Oliveira, trouxe para o campo uma equipe equilibrada e com jogadores experientes. O Cruzeiro, por sua vez, entrou com foco em aproveitar sua força ofensiva para sair na frente.
O primeiro confronto aconteceu no dia 31 de maio de 1997, às 16h, no Mineirão, em Belo Horizonte, e contou com um público pagante de 20.698 pessoas, que gerou uma renda de R$ 191.280,00. O América, comandado por Givanildo de Oliveira, trouxe para o campo uma equipe equilibrada e com jogadores experientes. O Cruzeiro, por sua vez, entrou com foco em aproveitar sua força ofensiva para sair na frente.
América-MG: Milagres, Estevam, Junior, Ricardo, Ronaldo Luis, Taú, Boiadeiro, Irênio, Tupânzinho (Somália) Rinaldo e Celso (Sílvio) Técnico: Givanildo de Oliveira
Cruzeiro: Dida, Vitor, Wilson Gotardo, Célio Lúcio, Gustavo. Fabinho,
Ricardinho, Cleisson, Alex Mineiro, Elivelton (Reginaldo). Técnico: Paulo Autuori
Cruzeiro: Dida, Vitor, Wilson Gotardo, Célio Lúcio, Gustavo. Fabinho,
Ricardinho, Cleisson, Alex Mineiro, Elivelton (Reginaldo). Técnico: Paulo Autuori
O Cruzeiro começou impondo seu ritmo e pressionando o América. Aos 36 minutos do primeiro tempo, Palhinha abriu o placar para o Cruzeiro, colocando o time em vantagem com um gol preciso. No segundo tempo, o América reagiu e empatou aos 59 minutos com Celso, que pôde aproveitar uma oportunidade no ataque. Pouco depois, Tupanzinho marcou aos 67 minutos, virando o placar e trazendo emoção para a partida. O Cruzeiro não se intimidou e, aos 78 minutos, Palhinha empatou novamente com um gol de pênalti, mostrando sua categoria e frieza. Quando o jogo parecia caminhar para um empate, Alex Mineiro brilhou aos 88 minutos, marcando o gol da vitória e garantindo um importante 3 a 2 para o Cruzeiro.
Segundo Jogo: América 1x0 Cruzeiro
O segundo e decisivo confronto aconteceu no dia 8 de junho de 1997, novamente no Mineirão, às 17h, com um público pagante de 21.698 e renda de R$ 198.430,00. Dessa vez, o América precisou reverter o resultado para seguir vivo na competição, e o Cruzeiro entrou em campo ciente da vantagem conquistada no primeiro jogo.
Mesmo com o América buscando o ataque para tentar igualar o placar agregado, o Cruzeiro manteve uma postura sólida. A defesa celeste trabalhou intensamente para evitar maiores sustos, contando com a segurança de Wilson Gotardo e do goleiro Dida. Apesar de uma boa atuação defensiva, o América conseguiu marcar um gol, mas o resultado de 1 a 0 não foi suficiente para tirar a classificação do Cruzeiro.
Com o placar agregado favorável, o Cruzeiro avançou para a final do Campeonato Mineiro, garantindo sua vaga após uma série de jogos marcantes contra o América. A equipe cruzeirense mostrou não apenas sua habilidade, mas também sua capacidade de superar desafios, consolidando sua campanha rumo ao título estadual.
FINAIS Cruzeiro x Villa Nova
Primeiro Jogo
A primeira partida da final do Campeonato Mineiro de 1997, o Cruzeiro jogou o Villa Nova no estádio Bonfim, em Nova Lima. O confronto aconteceu no dia 15 de junho e reuniu um público pagante de 9.100 pessoas, gerando uma renda de R$ 90.500,00. O estádio estava lotado e vibrante, com os torcedores do Villa Nova e do Cruzeiro ansiosos para ver o primeiro embate pelo título.
Primeiro Jogo
A primeira partida da final do Campeonato Mineiro de 1997, o Cruzeiro jogou o Villa Nova no estádio Bonfim, em Nova Lima. O confronto aconteceu no dia 15 de junho e reuniu um público pagante de 9.100 pessoas, gerando uma renda de R$ 90.500,00. O estádio estava lotado e vibrante, com os torcedores do Villa Nova e do Cruzeiro ansiosos para ver o primeiro embate pelo título.
Aos 19 minutos do primeiro tempo, o atacante Alemão abriu o placar para o Villa Nova.
No segundo tempo, o Cruzeiro tentou equilibrar a partida, mas o Villa Nova manteve sua postura ofensiva e ampliou o placar aos 56 minutos com um gol de Milton. Com 2 a 0 no marcador, a situação parecia desfavorável para o Cruzeiro, que se viu pressionado a reagir para evitar uma derrota mais longa no jogo de ida da final.
No segundo tempo, o Cruzeiro tentou equilibrar a partida, mas o Villa Nova manteve sua postura ofensiva e ampliou o placar aos 56 minutos com um gol de Milton. Com 2 a 0 no marcador, a situação parecia desfavorável para o Cruzeiro, que se viu pressionado a reagir para evitar uma derrota mais longa no jogo de ida da final.
O técnico Paulo Autuori fez ajustes na equipe, e o Cruzeiro começou a buscar alternativas para furar a defesa do Villa Nova. Aos 80 minutos, Cleisson marcou para o Cruzeiro, fazendo a diferença e trazendo um novo ânimo ao time e à torcida cruzeirense. O gol veio em um momento crucial, mantendo o Cruzeiro ainda vivo na disputa pelo título e garantindo uma esperança para o jogo de volta.
BÍCAMPEÃO COM O MAIOR PÚBLICO DA HISTÓRIA DO MINEIRÃO
Segundo Jogo
A final do Campeonato Mineiro de 1997 teve um cenário grandioso, digno de um título histórico. No domingo, 22 de junho, o Cruzeiro derrotou o Villa Nova pela segunda partida da decisão, no Estádio Mineirão, em Belo Horizonte. O jogo não apenas desenhou o campeonato estadual, mas também marcou um recorde de público que até hoje permanece na memória dos mineiros.
Segundo Jogo
A final do Campeonato Mineiro de 1997 teve um cenário grandioso, digno de um título histórico. No domingo, 22 de junho, o Cruzeiro derrotou o Villa Nova pela segunda partida da decisão, no Estádio Mineirão, em Belo Horizonte. O jogo não apenas desenhou o campeonato estadual, mas também marcou um recorde de público que até hoje permanece na memória dos mineiros.
O Mineirão, com sua imensa capacidade, estava superlotado. O público pagante foi de 74.857 torcedores, mas o número total de presentes ultrapassou as expectativas, chegando a 132.834 pessoas, um recorde absoluto para o estádio na época. O Mineirão, que tinha sua capacidade oficial de 120 mil espectadores, foi palco de um espetáculo de emoção e paixão. A torcida do Cruzeiro em azul e branco, tomou conta das arquibancadas, criando uma atmosfera única. Muitas pessoas, incluindo mulheres e crianças que não precisaram pagar ingresso, ficaram do lado de fora, tentando entrar ou acompanhando a partida nas proximidades. O recorde de público se tornou um marco que eternizou aquele momento, especialmente em um dia tão importante para o clube.
O Cruzeiro, que precisava da vitória para conquistar o bicampeonato mineiro, entrou em campo determinado a reverter o placar da partida anterior, onde havia perdido para o Villa Nova por 2 a 1. O técnico Paulo Autuori escalou sua equipe com Dida no gol, Vítor, Célio Lúcio, Wilson Gottardo e Nonato na defesa, Fabinho, Ricardinho, Donizete Amorim e Palhinha no meio-campo, com Marcelo Ramos e Cleisson no ataque. O time estava disposto a jogar com intensidade e pressão desde o início, já que uma vitória simples garantiria o título.
Do outro lado, o Villa Nova, que precisou apenas de um empate para conquistar o título, veio ao Mineirão com a seguinte formação: Cláudio no gol, Wilson, Eleomar, Cláudio Roberto e Vânder na defesa, Jean, Alemão e Joca no meio-campo, com Guiba, Kao Baiano e Milton no ataque. O time treinado por Brandãozinho já havia pensado em eliminar o Atlético-MG nas quartas de final e estava confiante em conseguir segurar a vantagem.
O jogo começou com o Cruzeiro pressionado, e a torcida sentiu que o time estava com a concentração necessária para conquistar o título. Aos 9 minutos do primeiro tempo, Marcelo Ramos, que estava afastado dos gramados devido a uma lesão, fez o gol que selou o destino da partida. Ele foi acionado após um cruzamento preciso, cabeceou com força e estudou as redes, colocando o Cruzeiro na frente. A explosão de alegria da torcida foi imediata, e o estádio pareceu tremer com os gritos de comemoração.
O Villa Nova tentou reagir ao longo da partida, mas o Cruzeiro se manteve firme na defesa e controlou as ações. O goleiro Dida fez algumas defesas importantes, enquanto o time mineiro se lançou ao ataque, buscando ampliar a vantagem. Aos 40 minutos do segundo tempo, Marcelo Ramos, que estava com um condicionamento físico ainda não totalmente ideal, deixou o campo ovacionado pela torcida, sendo substituído por Alex Mineiro. O gol de Marcelo foi o único da partida, e garantiu ao Cruzeiro a vitória por 1 a 0.
A conquista do título mineiro foi celebrada de forma histórica. O Cruzeiro conquistou o Bicampeonato Mineiro, o 16º título estadual conquistado no Mineirão, e com isso, se consolidou como o maior campeão da era do estádio. A vitória garantiu também um importante "fôlego" para o clube, como ressaltou o presidente Zezé Perrela, e foi um marco para o técnico Paulo Autuori, que conquistou seu primeiro título à frente do Cruzeiro.
Após o apito final, a festa tomará as ruas de Belo Horizonte. Torcedores lotaram a Praça Sete, no centro da cidade, para comemorar a vitória histórica com buzinaços, fogos de artifício e muita cerveja. O Cruzeiro havia progredido um feito inédito e se consolidava ainda mais como o time dominante do futebol mineiro.
A TEMPORADA
Em 1997, o Cruzeiro vivia uma temporada de altos e baixos, com campanhas de destaque e outras que ficaram aquém das expectativas. O ano começou com grande expectativa para os cruzeirenses, já que o time contava com grandes nomes, como a experiência Zagueiro Gonçalves, o atacante Bebeto, e a promessa de reforços de peso. Vamos percorrer o desempenho da equipe nos principais torneios que disputaram: Campeonato Mineiro, Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil, Supercopa, Libertadores da América, Recopa e o Mundial.
Em 1997, o Cruzeiro vivia uma temporada de altos e baixos, com campanhas de destaque e outras que ficaram aquém das expectativas. O ano começou com grande expectativa para os cruzeirenses, já que o time contava com grandes nomes, como a experiência Zagueiro Gonçalves, o atacante Bebeto, e a promessa de reforços de peso. Vamos percorrer o desempenho da equipe nos principais torneios que disputaram: Campeonato Mineiro, Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil, Supercopa, Libertadores da América, Recopa e o Mundial.
Campeonato Brasileiro
O Cruzeiro teve um desempenho modesto no Campeonato Brasileiro de 1997. O time terminou a disputa em 20º lugar, com 28 pontos, o que representou um fracasso significativo. Com 6 vitórias, 10 empates e 9 derrotas, a equipe não conseguiu se importar no torneio nacional e acabou ficando longe de uma classificação para competições internacionais ou mesmo da briga por uma vaga no topo da tabela.
O Cruzeiro teve um desempenho modesto no Campeonato Brasileiro de 1997. O time terminou a disputa em 20º lugar, com 28 pontos, o que representou um fracasso significativo. Com 6 vitórias, 10 empates e 9 derrotas, a equipe não conseguiu se importar no torneio nacional e acabou ficando longe de uma classificação para competições internacionais ou mesmo da briga por uma vaga no topo da tabela.
Copa do Brasil
Na Copa do Brasil de 1997, o Cruzeiro teve uma trajetória frustrante. A equipe foi eliminada logo na primeira fase pela equipe de Santa Cruz, de Pernambuco. Após um empate de 1 a 1 no Mineirão, uma derrota por 1 a 0 no jogo de volta em Recife resultou na eliminação precoce, frustração para a torcida e mais um título que escapou das mãos da equipe.
Na Copa do Brasil de 1997, o Cruzeiro teve uma trajetória frustrante. A equipe foi eliminada logo na primeira fase pela equipe de Santa Cruz, de Pernambuco. Após um empate de 1 a 1 no Mineirão, uma derrota por 1 a 0 no jogo de volta em Recife resultou na eliminação precoce, frustração para a torcida e mais um título que escapou das mãos da equipe.
Supercopa
A participação do Cruzeiro na Supercopa Libertadores de 1997 também foi breve. O time foi eliminado na fase de grupos, em uma chave difícil com grandes equipes. No grupo 1, o Cruzeiro terminou em segundo lugar, mas não foi suficiente para garantir a classificação para a próxima fase.
O Colo-Colo do Chile liderou a chave, e o Cruzeiro terminou a disputa com 3 vitórias, 9 pontos, mas também com 3 derrotas, o que resultou na eliminação.
A participação do Cruzeiro na Supercopa Libertadores de 1997 também foi breve. O time foi eliminado na fase de grupos, em uma chave difícil com grandes equipes. No grupo 1, o Cruzeiro terminou em segundo lugar, mas não foi suficiente para garantir a classificação para a próxima fase.
O Colo-Colo do Chile liderou a chave, e o Cruzeiro terminou a disputa com 3 vitórias, 9 pontos, mas também com 3 derrotas, o que resultou na eliminação.
Libertadores da América
O grande feito de 1997 foi a conquista da Libertadores da América. Sob o comando do técnico Paulo Autuori, o Cruzeiro brilhou na competição continental, deixando para trás grandes clubes do continente e mostrando um futebol de alto nível. O Cruzeiro superou o Sporting Cristal do Peru na final e conquistou o título da Libertadores pela segunda vez.
O grande feito de 1997 foi a conquista da Libertadores da América. Sob o comando do técnico Paulo Autuori, o Cruzeiro brilhou na competição continental, deixando para trás grandes clubes do continente e mostrando um futebol de alto nível. O Cruzeiro superou o Sporting Cristal do Peru na final e conquistou o título da Libertadores pela segunda vez.
Mundial Interclubes
Como campeão da Libertadores, o Cruzeiro teve o privilégio de jogar o Mundial Interclubes, disputado no Japão, contra o Borussia Dortmund, campeão europeu da Liga dos Campeões. O Borussia Dortmund mostrou-se superior e venceu por 2 a 0, com gols de Zorc (34') e Henrick (84'). Embora a derrota tenha sido dolorosa, o Cruzeiro teve a honra de representar o futebol brasileiro e sul-americano em uma competição mundial, o que é um feito marcante na história do clube.
Como campeão da Libertadores, o Cruzeiro teve o privilégio de jogar o Mundial Interclubes, disputado no Japão, contra o Borussia Dortmund, campeão europeu da Liga dos Campeões. O Borussia Dortmund mostrou-se superior e venceu por 2 a 0, com gols de Zorc (34') e Henrick (84'). Embora a derrota tenha sido dolorosa, o Cruzeiro teve a honra de representar o futebol brasileiro e sul-americano em uma competição mundial, o que é um feito marcante na história do clube.
O ano de 1997 foi, portanto, um ano de contrastes para o Cruzeiro. Enquanto conquistou o Campeonato Mineiro e a Libertadores, não conseguiu repetir o mesmo sucesso em outras competições nacionais e internacionais. O título da Libertadores, entretanto, foi o grande ápice de uma temporada que marcou marcada na história do clube, trazendo ao Cruzeiro o reconhecimento e a prestígio internacional que ele buscava. Mesmo com algumas quedas frustrantes, como na Copa do Brasil, Supercopa e Mundial, 1997 ficará para sempre na memória dos torcedores celestes como o ano de um dos maiores feitos do clube: a conquista da América.